"A liberdade é um luxo a que nem todos se podem permitir." (Otto Bismark)

"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons." (M. Luther King)

"Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente." (Jiddu Krishnamurti)

"Ninguém está obrigado a cooperar em sua própria perda ou em sua própria escravatura, a Desobediência Civil é um direito imprescindível de todo o cidadão!" (Mahatma Ghandi)

"Alguns homens vêem as coisas como são e dizem "Porquê?". Eu sonho com as coisas que nunca foram e digo "Porque não?" (George Bernard Shaw)

“Não há covardia mais torpe que a covardia da inteligência, a burrice voluntária, a recusa de juntar os pontos e enxergar o sentido geral dos factos.” [Olavo de Carvalho]

Neste Nosso Portugal©2009

Nota:

Este blog não obedece nem obedecerá a qualquer acordo ortográfico que seja um atentado à identidade do País

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Mais um passo de gigante para a exiguidade nacional

O velho sistema das presidências semestrais rotativas da União Europeia (UE) assumidas desde 1958 pelos seus Estados-membros chega amanhã ao fim para ser substituído por um novo tipo de liderança mais centralizado, mas potencialmente mais complicado.

Fredrik Reinfeldt, primeiro-ministro da Suécia, vai ficar na história como o último chefe de Governo que presidiu plenamente à UE, cedendo na sexta-feira as suas responsabilidades ao belga Herman Van Rompuy - o primeiro presidente permanente do Conselho Europeu - e à Espanha.

Reinfeldt, de 44 anos, cessa funções com um balanço mais que honrado de uma presidência dedicada sobretudo à eliminação dos últimos obstáculos à entrada em vigor do Tratado de Lisboa a 1 de Dezembro, incluindo a escolha de Van Rompuy, e da britânica Catherine Ashton para chefe da diplomacia da UE. Estocolmo conseguiu ainda alguns acordos emblemáticos entre os Vinte e Sete, como o financiamento do combate às alterações climáticas nos países mais pobres do mundo ou o novo sistema de regulação e supervisão de bancos, seguros e mercados financeiros.

Com o tratado em vigor, 2010 será sobretudo um ano de transição e consolidação do novo sistema institucional que, apesar de ter sido concebido para simplificar o funcionamento da UE, "não é menos complexo do que o anterior", reconhece António Missiroli, director do European Policy Centre, um centro de reflexão em Bruxelas. Pôr o novo sistema a funcionar "não vai ser fácil", defende, considerando que "vai ser preciso algum tempo para que a nova arquitectura institucional esteja a funcionar plenamente, e ainda mais para conseguir um novo equilíbrio", prognostica, considerando que, se tudo correr bem, o novo sistema poderá estar estabilizado em 2012.

A principal dificuldade tem a ver com a nova presidência "bicéfala" criada por Lisboa. Por um lado, o novo presidente permanente, Van Rompuy, passará a liderar as reuniões do Conselho Europeu (as cimeiras de líderes da UE), assumindo o tradicional papel dos primeiros-ministros dos países na presidência rotativa. Só que, por outro lado, o tratado mantém este mesmo sistema de presidências rotativas para todas as outras reuniões dos Conselhos de Ministros sectoriais (Assuntos Gerais, Finanças, Agricultura ...), sendo a excepção as reuniões dos Conselhos de Política Externa, que serão presididas por Ashton.

Cabe à Espanha a difícil responsabilidade de inaugurar o novo regime de presidências rotativas em formato reduzido. Como era de esperar, os seus responsáveis têm dado abundantes sinais de dificuldade de adaptação. Por pressão de Madrid, as cimeiras entre a UE e alguns parceiros externos - sobretudo os Estados Unidos e os países do Mediterrâneo e da América Latina - terão lugar em Espanha, em vez de Bruxelas. O seu primeiro-ministro, José Luis Rodriguez Zapatero, faz igualmente questão de assumir uma espécie de co-presidência destes encontros, ao lado de Van Rompuy, apesar de o tratado não prever qualquer papel para os chefes dos Governos dos países da presidência. Consciente das susceptibilidades que estão em jogo, Van Rompuy aceitou que este primeiro semestre será uma espécie de transição, que chegará ao fim a 1 de Julho com a presidência belga da UE. Em qualquer dos casos, o novo sistema institucional requer uma boa dose de habilidade e espírito de compromisso para evitar choques sobre a repartição dos papéis.

Outra inovação que requer um grande esforço de adaptação prende-se com os poderes reforçados do Parlamento Europeu, que passará a ter um poder de co-decisão (com o Conselho de Ministros dos Vinte e Sete) em quase todas as políticas comunitárias.

Não menos complexa será a instalação do novo serviço diplomático da UE (mais conhecido por Serviço Europeu de Acção Externa, ou SEAE), composto pelos serviços de política externa da Comissão Europeia, do Conselho de Ministros, e de diplomatas nacionais. Como era de esperar, as tentativas de controle deste novo e poderoso serviço estão a provocar um braço-de-ferro entre instituições europeias e governos nacionais. Para complicar as coisas, os Vinte e Sete querem imperativamente tornar o novo serviço plenamente operacional até ao fim de Abril, antes da previsível chegada ao poder dos conservadores eurocépticos no Reino Unido, sabendo que, a partir daí, o risco de bloqueio das decisões comunitárias, pelo menos numa primeira fase, é real.

Em paralelo com a consolidação de Lisboa, a grande prioridade da UE em 2010 será a definição de uma estratégia de crescimento económico e de redução dos défices orçamentais abissais cavados pela crise económica.

O novo ano arrancará, no entanto, de forma relativamente lenta, devido ao processo de instalação da nova Comissão Europeia de Durão Barroso, a 1 de Fevereiro. Os seus membros vão ser submetidos em Janeiro a audições no Parlamento Europeu sobre as suas competências, antes do voto de investidura da totalidade da equipa no fim de Janeiro. Uma das missões mais importantes e urgentes da nova Comissão será lançar o debate sobre a revisão do orçamento comunitário, que vai ocupar a UE pelo menos até 2012.

in http://www.publico.pt/Mundo/ue-encerra-modelo-institucional-com-52-anos-e-inaugura-outro-tao-ou-mais-complexo_1415887

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

O palhaço (Artigo de Mário Crespo no JN em 14.12.2009)

Possivelmente, Mário Crespo deixará de escrever mais artigos.

O palhaço compra empresas de alta tecnologia em Puerto Rico por milhões, vende-as em Marrocos por uma caixa de robalos e fica com o troco. E diz que não fez nada. O palhaço compra acções não cotadas e num ano consegue que rendam 147,5 por cento. E acha bem.

O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso. O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaço é absoluto. O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar em branco. Ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços. O palhaço coloca notícias nos jornais. O palhaço torna-nos descrentes. Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si. O palhaço mete medo. Porque está em todo o lado. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas de agricultores de milho transgénico seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo. Seja a instaurar processos. Seja a arquivar processos. Porque o palhaço é só ruído de fundo. Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos. E ele vende-se por isso. Por qualquer preço. O palhaço é cobarde. É um cobarde impiedoso. É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca agricultores. Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa. O palhaço não tem vergonha. O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. E esconde-se atrás dos outros vociferando insultos. O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas. O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais. Também. O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém. Por isso pode casar com qualquer género. E fingir que tem género. Ou que não o tem. O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre. E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada.

Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver.

O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal. Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria. E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer. Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar.

E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha. O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político. Este é o país do palhaço. Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples.

Ou nós, ou o palhaço.

(JN, 14.12.2009)

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A Justiça foi o pior da década

O sociólogo António Barreto faz o balanço da década e as perspectivas para os próximos dez anos. O estado da justiça merece duras críticas, sendo considerado o pior da década .

O balanço da década e as perspectivas para os próximos dez anos na análise de António Barreto. O estado da justiça merece duras críticas, responsabilizando, por isso, os agentes do sector e a classe política. Foi o pior da década, diz, em entrevista ao Negócios.

(Jornal de Negócios, 17.12.2009)

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Economia - Ex-ministros socialistas deixam alertas para o futuro do país - RTP Noticias, Vídeo

Economia - Ex-ministros socialistas deixam alertas para o futuro do país - RTP Noticias, Vídeo

Subir impostos..???

E porque não reduzir reformas dos politicos,
E porque não reduzir o nº de chulos na assembleia da republica,
E porque não aumentar impostos à banca em vez de reduzi-los,
E porque não reduzir ou acabar com o dinheiro dado aos partidos politicos,

Não chegaria para ajudar a ultrapassar a crise?

Mas não... o povinho é que tem que pagar...


Sinceramente, ou esta palhaçada muda de vez... ou então há revolução na certa!!!

Limpeza mais útil do que a Banca

Estudo britânico sobre produtividade

As empregadas de limpeza dos hospitais são muito mais úteis à sociedade do que, por exemplo, os banqueiros ou gestores, e por isso deveriam ter salários equiparados aos benefícios que trazem, afirma um estudo elaborado pela New Economics Foundation no Reino Unido. As funcionárias de limpeza criam uma riqueza de 11 euros por cada euro que ganham, ao passo que os banqueiros destroem 7,7 euros por cada euro que ganham.
(CM, 15.12.2009)

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Alteração ao IRS 2009

IRS 2009 - Atenção à actualização da relação dos seus dependentes!
Actualize a sua lista de dependentes na DECLARAÇÃO ANUAL DE RENDIMENTOS –IRS
(Por definição, são seus dependentes, todos aqueles que você é OBRIGADO, POR LEI, A SUSTENTAR)

Assim, são SEUS DEPENDENTES:
- Ciganos;
- Vagabundos;
- Presidência da República e assessores;
- Governo e assessores (até mesmo os familiares nomeados por clientelismo político);
- Câmara Municipal e assessores (idem);
- Águas de … (consumos mínimos e estimado);
- EDP (consumos mínimos e consumo estimado);
- TELECOM; VODAPHONE; OPTIMUS; etc.
- Gás de Portugal (consumos mínimos e estimado);
- Beneficiárias da taxa de saneamento básico (recolha de lixo, etc);
- Centros de inspecção de veículos;
- Companhias seguradoras (seguro automóvel obrigatório);
- BRISA
- Portagens;
- Concessionárias de parques e estacionamento automóvel;
- Concessionárias de terminais aeroportuárias e rodoviários;
- Instituições financeiras
- Taxas de administração e manutenção de contas correntes, renovação anual de cartões, requisição de cheque etc.;
- Mais de 230 deputados da Assembleia da República, com os respectivos ESQUEMAS de apoio.
- BCP, BPN, BPP e demais esquemas de enriquecimento fácil de administradores e gestores cleptomaníacos a que o estado entrega os impostos que pago, para evitar o alarme social e financeiro e, agora, também, a BES, BPI, ..., CGD......
Para o ano é provável que tenha ainda MAIS!!!

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Mais uma..???

A Sovenco, criada em 1990, era uma Sociedade de Venda de Combustíveis.

A sua constituição: Armando Vara, Fátima Felgueiras, José Sócrates, Virgílio de Sousa.

 

Armando Vara - condenado a 4 anos de prisão (pena suspensa).

Fátima Felgueiras - condenada a 3 anos e três meses de prisão (pena suspensa).

Virgílio de Sousa - condenado a prisão por um processo de corrupção no Centro de Exames de Condução de Tábua (Blog Sonhos perdidos 11.02.05).

Armando Vara, quando era secretário de Estado adjunto do ministro da Administração Interna, recorreu ao director-geral do GEPI (Gabinete de Estudos e Planeamento de Instalações do MAI) e a engenheiros que dele dependiam para projectar a moradia que construiu perto de Montemor-o-Novo.

Para fazer as obras serviu-se de uma empresa e de um grupo ao qual o GEPI adjudicava muitos dos seus concursos públicos.

Com 3500 contos (17.500 euros) o actual administrador da Caixa Geral de Depósitos e licenciado pela Universidade Independente tornou-se dono, em 1998, de 13.700 m2 situados junto a Fazendas de Cortiços, a três quilómetros de Montemor-o-Novo. Em Março de 1999 requereu à câmara o licenciamento da ampliação e alteração da velha casa ali existente.

Onde a história perde a banalidade é quando se vê quem projectou e construiu a moradia. O projecto de arquitectura tem o nome de Ana Morais.

O alvará da empresa que fez a casa diz que a mesma dá pelo nome de Constrope. A arquitecta Ana Morais era, à época, casada com António José Morais, o então director do GEPI, que fora assessor de Armando Vara entre Novembro de 1995 e Março de 1996. Nessa altura, recorde-se, foi nomeado director do GEPI por Armando Vara - cargo em que se manteve até Junho de 2002 - e era professor de quatro das cinco disciplinas que deram a José Sócrates o título de licenciado em Engenharia pela UnI.

A Constrope era uma firma de construção civil sediada em Belmonte, que também trabalhava para o GEPI e tinha entre os seus responsáveis um empresário da Covilhã, Carlos Manuel Santos Silva, então administrador da Conegil - uma empresa do grupo HLC que veio a falir e à qual o GEPI adjudicou dezenas de obras no tempo de Morais.

 

(Publico 20.04.07)

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Dossiê Sócrates: O Livro

A investigação do percurso académico do primeiro-ministro José Sócrates, com factos novos. Por António Balbino Caldeira
Download gratuito: clique aqui
Fonte: http://doportugalprofundo.blogspot.com/

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A Taxa do Roubo

«VOTO EM BRANCO» A ARMA DO POVO QUE MAIS AFLIGE O
«BLOCO CENTRAL DE INTERESSES»
Os técnicos do Instituto Nacional de Estatística têm que criar mais um índice. A Taxa de Roubo. Um indicador destes devia ser periodicamente elaborado e divulgado em conjunto com os níveis de desemprego, de inflação ou do Produto Interno Bruto. Com uma Taxa de Roubo incluída no conjunto das funções estatísticas que já compilamos, teríamos uma imagem muito mais clara do Estado da Nação. Se houvesse Taxa de Roubo, os noticiários da semana passada, para além dos números do PIB e do Desemprego, teriam incluído que no primeiro trimestre a Taxa de Roubo em Portugal se tinha mantido entre as mais elevadas do mundo industrializado. Os analistas podiam depois ir à TV para nos desagregar a Taxa de Roubo (TR) nos seus componentes mais expressivos, o NSP (Nível de Sonegação Pura), que inclui tudo o que seja trocas em dinheiro vivo em malas, e o GDC (Grau de Desfalque Contabilizável), que descrimina os montantes em off-shore e os activos já transformados (quintas, apartamentos, carros, barcos e acções não cotadas na Bolsa que valorizem mais de um centena de pontos em recompra). Assim, ao sabermos que já temos mais de meio milhão de desempregados e que a economia nacional continua a soluçar em níveis anémicos, ficaríamos a saber também que o grau de gatunagem nacional continua intocado e que, apesar da crise, de facto, a nacional roubalheira subiu em termos homólogos quando comparada com trimestres passados. Ficaríamos a saber que a volumetria do roubo em Portugal é das mais imponentes na Zona do Euro e que, contrariando o pessimismo de Pedro Ferraz da Costa quando disse ao Expresso que Portugal não tinha dimensão para se roubar tanto, há perspectivas para a Taxa de Roubo continuar crescer. A insistência do Partido Socialista nos mega-projectos que, antes de começar já assinalam derrapagens indiciadoras de que a componente PPF (Pagamentos a Partidos e Figurões) vai crescer muito, é uma garantia de uma Taxa de Roubo que rivaliza com qualquer democracia africana ou sultanato levantino. No PSD, a presença de candidatos com historial em posições elegíveis e em ternurenta proximidade com a líder, sugere que as boas práticas que têm sustentado a Taxa de Roubo vão continuar nos eventuais Ministérios de Ferreira Leite. Neste ambiente de bagunça ideal, em que se juntam as possibilidades de grandes obras públicas com o frenesim eleitoral, os corretores podem mesmo, à semelhança do que se passa no mercado de capitais, criar valor com Futuros baseados nos potenciais de subida da Taxa de Roubo Portuguesa. Por exemplo a inclusão de António Preto nas listas do PSD funciona como uma espécie de colateral de garantia de que os fluxos de dinheiros partidários continuam com todas as perspectivas de crescimento. Mudam as malas, mas continua tudo na mesma. Pode-se pois criar à confiança um produto derivado colateralizado de alto rendimento e risco relativo, porque os dois grandes partidos obviamente confiam que a ingenuidade do eleitor português se mantenha. Julgo que, tal como Ferraz da Costa, também Henrique Medina Carreira foi excessivamente prudente ao comparar o Portugal político a um "grande BPN". Acho que com TGV, auto-estradas, Freeport e acções não cotadas da Sociedade Lusa de Negócios a render lucros de centena e meia de pontos, Portugal é uma holding de rapinagem que faz o que se passou no BPN parecer a contabilidade de uma igreja mórmon.
Mario Crespo

sábado, 8 de agosto de 2009

Novo movimento defende voto nulo nas eleições

06.08.2009 - 09h27 Clara Viana
"A pista está no zero e no que representa na filosofia mística. "Não é o nada. É a possibilidade de outra coisa", diz ao PÚBLICO o antropólogo Manuel João Ramos, que há dois meses era vereador da Câmara de Lisboa e hoje é um dos promotores de um novo movimento em defesa do voto nulo nos próximos actos eleitorais.O que ele, o escritor Rui Zink e o responsável pelo Fórum Cidadania Lisboa, Pedro Policarpo, entre outros, têm a propor não é a criação de mais um partido, embora o seu movimento se chame Partido Nulo, mas sim dar voz a um voto que está a crescer e fazê-lo crescer mais. A inspiração mais recente veio do México. "Naturalmente somos a favor da democracia, mas não achamos que seja justo para os portugueses terem de votar sempre nas mesmas pessoas e nos mesmos programas. Até porque eles são maus", diz Policarpo. O que se pretende é "uma renovação, que terá de ser protagonizada pelos próprios partidos políticos", acrescenta Manuel João. O que pode ser tentado através de um susto. É que, ao contrário da abstenção, o voto nulo implica uma alteração da proporcionalidade, recorda. Manuel João Ramos admite que para esta decisão a favor do nulo "contribuiu muito" a sua experiência como eleito na autarquia da capital - renunciou em Junho. Foi eleito pelo Movimento Cidadãos por Lisboa, de Helena Roseta, que agora vai concorrer na lista de António Costa. É um acordo em que não se revê e que também traduz, segundo ele, a "extrema dificuldade que o sistema coloca a candidaturas não-partidárias". Aconteceu o mesmo no seu exercício de funções: "Todas as propostas que fiz foram aprovadas, mas ficaram na gaveta". Em contraponto, foi assistindo a uma "excessiva concentração de poderes" num presidente, António Costa, que só foi eleito "por um em cada dez eleitores". E deu-se conta de "um espartilho" que, segundo ele, é transversal aos principais partidos e candidatos: "A excessiva dependência entre partidos políticos, promotores e grupos financeiros".O novo movimento não vai ter sede, nem direcção, nem militantes, nem deverá ter registo no Tribunal Constitucional."

sexta-feira, 31 de julho de 2009

TC declara inconstitucional o estatuto dos AÇores

Fiscalização da constitucionalidade requerida pelo PSD e provedor de Justiça
Estatuto dos Açores: Tribunal Constitucional dá razão a Cavaco Silva

30.07.2009 - 18h07 PÚBLICO

O Tribunal Constitucional deu hoje razão ao Presidente da República, ao considerar inconstitucionais algumas normas do polémico documento que chegou a ser vetado por Cavaco Silva mas que foi novamente aprovado no Parlamento. Os pedidos de fiscalização sucessiva foram feitos pelo PSD e pelo provedor de Justiça.No acórdão os juízes deram razão a Cavaco Silva nas objecções quanto à audição dos órgãos de governo regional em caso de dissolução da Assembleia Legislativa Regional e marcação de datas de eleições e referendo regionais.Outra das dúvidas do Presidente era quanto à impossibilidade de a revisão do estatuto ser feita pela Assembleia da República e apenas por proposta do Parlamento Regional. Recorde-se que o PSD entregou em Fevereiro ao Tribunal Constitucional o pedido de fiscalização sucessiva do Estatuto dos Açores, acompanhado de um pedido de aceleração do julgamento que permitiu reduzir o prazo para menos de seis meses, quando em situações normais podia demorar mais de ano e meio. O pedido foi feito depois da polémica que envolveu a aprovação do Estatuto dos Açores, com um braço-de-ferro entre o Parlamento e o Presidente da República que se arrastou por mais de seis meses.Dado tratar-se de uma fiscalização sucessiva e como o estatuto já está em vigor, a decisão do TC tem como efeito eliminar os artigos considerados inconstitucionais. Os partidos – ao contrário da fiscalização preventiva - não são obrigados a actuar e a alterar o diploma. “É como se fossem apagados com uma borracha, como se nunca tivessem sido aprovados”, na opinião do constitucionalista e ex-deputado do PSD Jorge Bacelar Gouveia.
in Público
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De vez em quando ha uns flash`s de dignidade neste país. Vamos ver como reagirá o PS Açoriano com fortes influencias do PSOE.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Já é primeira pagina no "El País"

El 40% de los portugueses apoya una unión política con España
La mitad de los portugueses encuestados se muestra de acuerdo en que la enseñanza del español debe ser obligatoria en primaria y secundaria
La unión política entre España y Portugal es una idea que divide a los portugueses y causa indiferencia en España. El 39,9% de los ciudadanos del país vecino es partidario de integrarse con España en una federación, mientras que la mayoría de los españoles expresan su desinterés cuando se les plantea la propuesta, según una encuesta de la Universidad de Salamanca que fue presentada este martes en la sede de la Secretaría General Iberoamericana en Madrid. El 30,3% de los españoles apoyaría la creación de una unión ibérica.
El Barómetro de Opinión Hispano-Luso (BOHL), dirigido por el Centro de Análisis Sociales de la Universidad de Salamanca, es el primer estudio conocido sobre lo que piensan los ciudadanos a uno y otro lado de la frontera sobre sus vecinos. Al no existir un sondeo similar con carácter periódico es difícil saber con precisión si la propuesta de federación política gana o pierde adeptos, aunque existe el precedente de la encuesta que publicó en 2006 el semanario lisboeta Sol por la que el 28% de los portugueses estaría dispuesto "a formar un solo país con España".
El sondeo publicado este martes muestra que los portugueses ponen aun menos cortapisas al aprendizaje del español en sus escuelas. El 50% considera que su enseñanza debe ser obligatoria en primaria y secundaria. El consenso es aún mayor si se plantea el estudio del español como lengua optativa, reforma que encuentra la aprobación del 85,1% de los encuestados. Por el contrario, la propuesta del estudio obligatorio del portugués en las escuelas españolas fue rechazada por el 76,2% de los españoles entrevistados.
Los portugueses también se muestran mucho más partidarios de incrementar la cooperación política entre ambos países. Propuestas de gran calado como un sistema fiscal conjunto o la supresión de todas las restricciones a la movilidad y asentamiento de profesionales, trabajadores y empresas reciben el apoyo del 59% y del 72% respectivamente, mientras que sólo el 37,1% y el 63,2% de los españoles es favorableme a estas reformas. Incluso una iniciativa con alto valor simbólico como es la presentación de candidaturas conjuntas para eventos internacionales como campeonatos de fútbol, juegos olímpicos y ferias de muestras, encuentra el apoyo de tres de cada cuatro portugueses. Por el contrario, uno de cada dos españoles está a favor. Lo cierto es que la candidatura ibérica para organizar el mundial de fútbol de 2018 es un proyecto en marcha que debe ser resuelto por la FIFA en diciembre de 2010.
La unión política entre España y Portugal es un asunto polémico que aparece con intermitencia en el debate político luso, pero al que la mayoría de los españoles permanece ajeno. Es la motivación económica la causa del mayor interés del país vecino, como quedó probado en el sondeo del diario Sol. En aquella ocasión el 97% respondió que Portugal se desarrollaría más si se uniera a España. Sin embargo, el BOHL revela que el 34,1% de los encuestados portugueses rechaza esta opción.
"Los portugueses tienen una relación de amor-odio con respecto a España , algo similar a lo que nos pasa a los españoles con los franceses", según el responsable del estudio, Mariano Fernández Enguita, catedrático de Sociología de la Universidad de Salamanca, quien establece el paralelismo con base en la posición geográfica y el diferente grado de desarrollo económico.
España y Portugal tienen una historia paralela pero distante. Portugal se convirtió en un reino autónomo de la Corona de Castilla en 1143 y posteriormente, con la excepción de los sesenta años en que Portugal pasó a formar parte de la Monarquía Española (1580-1640), ambos países han seguido rumbos distintos. Mientras que Portugal ha tenido tradicionalmente como referencia exterior a Inglaterra, España puso sus miras en el vecino francés.
El iberismo, una corriente política promovida por burgueses e intelectuales peninsulares en el siglo XIX, y que abogaba por la unión política peninsular no encontró continuidad histórica. "La federación ibérica es una idea que actualmente sigue sin ser considerada seriamente ni a uno ni a otro lado de la frontera y sigue pareciendo una propuesta pretendidamente ingeniosa pero destinada a impresionar".
La hipotética unión de España y Portugal resultaría en el país con mayor extensión de la Unión Europea y el quinto en población con más de 57 millones de habitantes, por detrás de Alemania, Reino Unido, Francia e Italia. La suma del Producto Interior Bruto a precios corrientes de los dos países ibéricos daría como resultado la quinta economía de la Unión Europea.
La encuesta, que se llevó a cabo entre abril y mayo mediante entrevistas telefónicas a 876 personas, muestra que no hay ningún asunto de fricción en las relaciones entre España y Portugal y la mayoría de los ciudadanos de ambos países considera que las relaciones bilaterales son buenas o muy buenas. Es destacable el hecho de que mientras que el 51% de los españoles condisera que las relaciones se han mantenido más o menos igual en los últimos años, los portugueses crean en su mayor parte (53,9%) que han mejorado.
El problema principal para los portugueses lo representa el aprovechamiento del agua de los ríos compartidos, que es considerado muy problemático por el 25,3% de los entrevistados, aunque en la sociedad lusa domina la disparidad de opiniones sobre este asunto. La mayor preocupación de los españoles la constituye, sin embargo, el uso del territorio del país vecino como refugio de terroristas y delincuentes. El 51,3% lo considera en alguna medida problemático. Por ello la gran mayoría de la sociedad española reclama un aumento de la cooperación policial, militar y judicial.
Los españoles conceden especial importancia a la comunicación por carretera y ferrocarril (20,7%), aunque según los responsables del sondeo "se trata de una preocupación que probablemente coincidiría con la demanda que existe para mejorar las comunicaciones con cualquier otro punto del territorio peninsular".
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Pois é meus caros, tudo isto representa apenas o inicio de uma nova fase. Estou para ver qual a reacção do nosso Governo, será que vai haver algum tipo de protesto diplomático por se noticiarem questões que afectam o bom nome de Portugal e dos Portugueses? Será que vai ser requerida a ficha técnica da referida "sondagem" que justifique tal absurdo de números? Dúviso, afinal de contas são os "nossos melhores amigos"! Ainda para mais no El País, conhecido titulo castelhano com ligaçoes fortes a grupos iberistas e nacionalistas espanhóis!!! São estes os melhores amigos do Sócrates?!
È preciso acordar! È preciso vigiar piemente e combater a elite corrupta que ocupou o Estado, que se vende e vende o país a troco de uns cargos cimeiros em grandes empresas do outro lado da fronteira, é a estes que devemos ter mais cuidado, são estes os individuos mais perigosos para o pais... Tempos contrubados se avizinham...

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Jardim compara Teixeira dos Santos a ministro de Saddam Hussein

O presidente do Governo Regional da Madeira comparou o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, ao ministro da Informação de Saddam Hussein, devido às declarações sobre a actual crise financeira.

"O homem [Teixeira dos Santos] fez-me lembrar aquele ministro da Informação de Saddam, quando tinha os americanos dentro de Bagdad e dizia que o Iraque estava a ganhar a guerra", afirmou Alberto João Jardim citado pela Lusa.

O presidente do Governo madeirense falava a propósito das declarações de Teixeira dos Santos, que segunda-feira argumentou que a melhoria dos indicadores de confiança dos empresários e dos consumidores "são sinais francamente positivos", afirmando que Portugal pode estar a chegar ao fim da crise.

Jardim considera que esta atitude contraria as posições adoptadas até a nível internacional e acrescentou que "o problema de Portugal é que se dizem as coisas para manipular para fins eleitorais".

Alberto João Jardim falava no âmbito da inauguração de um caminho municipal na Freguesia do Campanário, no Concelho da Ribeira Brava.

O dirigente madeirense disse ainda "acreditar" nas afirmações do ministro das Finanças, sobretudo "depois das coisas que fez à Madeira". Considerou que "as pessoas sabem quem fala a verdade e quem faz promessas que se revelam mentiras".

Diário Económico, 01.07.2009

sábado, 13 de junho de 2009

Fraude de 132 milhões com desemprego

A Segurança Social atribuiu de forma irregular 132 milhões de euros em subsídios de desemprego. A fraude, detectada por uma auditoria da Inspecção-Geral de Finanças (IGF) à gestão das prestações sociais de desemprego concluída em 2008, é uma consequência das insuficiências que ainda permanecem no funcionamento do sistema.

CM, 13.06.2009

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Mário Crespo, "Continuemos a Fazer de Conta"

Façamos de conta que e o que passou no BPN e na SLN não é mesmo uma enorme "roubalheira". Façamos de conta que há outro termo para descrever correctamente o saque de dois mil milhões de dinheiro dos portugueses.

Façamos de conta que a mais-valia de 147 por cento do investimento de Aníbal Cavaco Silva e família não aparece nos dois mil milhões de prejuízos do BPN nacionalizado. Façamos de conta que não é o contribuinte português quem está a pagar esses dois mil milhões. Façamos de conta que é normal conseguir valorizar um investimento 147,5 por cento em menos de dois anos. Tudo isto fora do controlo das entidades fiscalizadoras e reguladoras do mercado de capitais. Façamos de conta que um conglomerado de bancos e offshores que compra coisas por dezenas de milhão, que vende depois por um dólar, e que rende mais do que a Dona Branca, é normal. Façamos de conta que um negócio gerido assim faz algum sentido no mercado. Façamos de conta que é acessível ao cidadão comum um negócio destes. Façamos de conta que sabemos todas as circunstâncias da compra e da recompra das acções de tão prodigiosa mais valia, que a família Silva detinha no projecto de Dias Loureiro e Oliveira e Costa. Façamos de conta que a SLN não tem nada a ver com o BPN. Façamos de conta que o BPN e a SLN não têm um número invulgar de gente do PSD envolvido nas suas actividades. Façamos de conta que Aníbal Cavaco Silva não é a personalidade de mais influência no PSD. Façamos de conta que os termos SLN, Sociedade Lusa de Negócios ou SLN Valor aparecem no comunicado da Presidência da República de 23 de Novembro de 2008. Façamos de conta que, nesta fase de dúvidas, é aceitável uma declaração como a emitida pelo Palácio de Belém sem referências ao valioso investimento familiar no mais controverso dos projectos financeiros da história de Portugal. Quando é só esse investimento que está causa. Por ser uma aplicação num projecto de licitude duvidosa. Façamos de conta que o Chefe Executivo desse projecto não tinha sido um íntimo colaborador de Aníbal Cavaco Silva responsável por finanças públicas. Façamos de conta que entre 2001 e 2003 os negócios do BPN e da SLN decorriam de forma irrepreensível e no cumprimento integral da lei da República. Façamos de conta que não foi por escolha pessoal do Presidente da República que Dias Loureiro foi nomeado Conselheiro de Estado. Façamos de conta que, como o Presidente disse, estar Dias Loureiro no Conselho de Estado era a mesma coisa que estar António Ramalho Eanes ou Mário Soares ou Jorge Sampaio. Façamos de conta que o Presidente relatou tudo o que devia ter relatado ao País sobre os seus activos passados nos projectos de Oliveira e Costa e Dias Loureiro. Façamos de conta que não há gente presa por causa do BPN. Façamos de conta que não vai haver mais gente presa. Façamos de conta que o que se passou no BPN e na SLN não é mesmo uma enorme "roubalheira". Façamos de conta que há outro termo para descrever correctamente um saque de dois mil milhões de dinheiro dos portugueses. Façamos de conta que não conseguimos imaginar quantas escolas, quantos hospitais, quantas contas de farmácia, quantas pensões mínimas, quantas refeições decentes se podem comprar com esse dinheiro. Façamos de conta que basta, apenas, cumprir rigorosamente a Lei e ignorar o que a Lei não diz, para se ser inquestionavelmente impoluto. Façamos de conta que não sabemos o que se está a passar à nossa volta. Até onde aguenta o País continuarmos a fazer de conta que não vemos?
in Jornal de Noticias, edição de 08-06-2009

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Comissão Europeia considera Magalhães ilegal

A Comissão Europeia (CE) considera que Portugal infringiu as leis comunitárias da concorrência ao adjudicar por ajuste directo, e não por concurso público, todos os programas governamentais ligados ao Plano Tecnológico da Educação. Está em causa a distribuição gratuita ou a preços reduzidos de mais de um milhão de computadores a alunos e professores – incluindo os 500 mil ‘Magalhães’ que o Executivo de José Sócrates prometeu distribuir pelos alunos do 1.º Ciclo.

As conclusões da Comissão liderada por Durão Barroso são preliminares e fazem parte da chamada fase pré-contenciosa da acção. Esta foi instaurada por incumprimento de Portugal da directiva 2004/18/CE (norma que regula a contratação pública na UE, de forma a assegurar a livre circulação de bens e serviços no Mercado Único Europeu). O processo nasceu de uma queixa apresentada pela empresa Accer na Direcção-Geral do Mercado Interno.

Sol, 22.05.2009

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Novo Luto Nacional

Dias 22 e 23 de Maio 2009 - TODOS DE LUTO CONTRA A VERGONHA,
seremos de início dez, depois cem… mil… um milhão... vista algo de cor preta... pendure algo desta cor na janela de sua casa... vamos conseguir!...

Sabemos que sair às ruas é complicado devido aos compromissos diários, então estamos propondo que nos dias 22 e 23 de Maio, todos ao saírem de casa vistam camisas/blusas pretas , e se você não tem, amarre um lenço preto no pescoço ou braço MELHOR AINDA: Pendure um pano preto (em vez da bandeira como para o futebol) na sua janela em sinal de luto pela morte da dignidade dos políticos . Isto vai ser um sinal de repúdio à palhaçada que virou a política.

DEMONSTRE a sua indignação em todas as cidades! Não tenha vergonha de participar! Devemos ter vergonha de assistir à bandalheira de boca fechada e mãos atadas como um povo ignorante que não sabe como protestar!

Veja, analise e proteste!

Mais um roubo aos portugueses! Leiam até ao fim e divulguem. Isto não pode continuar!

Lista de Aposentados no ano de 2005 (Janeiro a Novembro) com pensões de luxo (mas em 2006 a lista continua imparável!): pode ser consultado em:

http://www.cga.pt/publicacoes.asp?O=3

Janeiro
Ministério da Justiça
€5380.20 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
Março
Ministério da Justiça
€7148.12 Procurador-Geral Adjunto Procuradoria-Geral República
€5380.20 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
€5484.41 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
€5498.55 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
Empresas Públicas e Sociedades Anónimas
€6082.48 Jurista 5 CTT Correios Portugal SA
Abril
Ministério da Justiça
€5498.55 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
€5498.55 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
€5338.40 Procurador-geral Adjunta Procuradoria-Geral República
Antigos Subscritores
€6193.34 Professor Auxiliar Convidado
Maio
Ministério da Justiça
€5663.51 Juiz Conselheiro Conselho Superior Magistratura
€5498.55 Procurador-Geral Adjunto Procuradoria-Geral República
€5460.37 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
€5663.51 Juiz Conselheiro Conselho Superior Magistratura
€5338.40 Procuradora-Geral Adjunta Procuradoria-Geral República
€5663.51 Juiz Conselheiro Conselho Superior Magistratura
Junho
Ministério da Justiça
€5663.51 Juiz Conselheiro Supremo Tribunal Administrativo
€5498.55 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
€5498.55 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
€5663.51 Juiz Conselheiro Conselho Superior Magistratura
Julho
Ministério da Justiça
€5182.91 Juiz Direito Conselho Superior Magistratura
€5182.91 Procurador República Procuradoria-Geral República
€5307.63 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
€5498.55 Procurador-Geral Adjunto Procuradoria-Geral República
Agosto
Ministério da Justiça
€5173.46 Conservador Direcção Geral Registos Notariado
€5173.46 Conservadora Direcção Geral Registos Notariado
€5173.46 Conservador Direcção Geral Registos Notariado
€5173.46 Notário Direcção Geral Registos Notariado
€5173.46 Conservador Direcção Geral Registos Notariado
€5663.51 Juiz Conselheiro Conselho Superior Magistratura
€5663.51 Juiz Conselheiro Conselho Superior Magistratura
€5498.55 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
€5043.12 Notária Direcção Geral Registos Notariado
€5173.46 Conservador 1ª Classe Direcção Geral Registos Notariado
€5498.55 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
€5498.55 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
€5027.65 Conservador Direcção Geral Registos Notariado
€5663.51 Juiz Conselheiro Conselho Superior Magistratura
€5498.55 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
€5173.46 Conservador Direcção Geral Registos Notariado
€5498.55 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
€5173.46 Notário Direcção Geral Registos Notariado
€5498.55 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
€5498.55 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
€5159.57 Conservador Direcção Geral Registos Notariado
€5173.46 Notária Direcção Geral Registos Notariado
€5173.46 Ajudante Principal Direcção Geral Registos Notariado
€5498.55 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
€ 5173.46 Notário 1ª Classe Direcção Geral Registos Notariado
€5173.46 Notária Direcção Geral Registos Notariado
Setembro
Ministério dos Negócios Estrangeiros
€7284.78 Vice-Cônsul Principal Secretaria-Geral (Quadro Externo)
€6758.68 Vice-Cônsul mdash; Secretaria-Geral (Quadro Externo)
Ministério da Justiça
€5663.51 Juiz Conselheiro mdash; Conselho Superior Magistratura
€5498.55 Juiz Desembargador mdash; Conselho Superior Magistratura
€5498.55 Juiz Desembargador mdash; Conselho Superior Magistratura
Ministério da Educação
€5103.95 Presidente Conselho Nacional Educação
Outubro
Ministério da Justiça
€5498.55 Procurador-Geral Adjunto Procuradoria-Geral República
Novembro
Ministério dos Negócios Estrangeiros
€7327.27 Técnica Especialista Secretaria-Geral (Quadro Externo)
Tribunal de Contas
€5663.51 Presidente
Ministério da Justiça
€5498.55 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
€5663.51 Juiz Conselheiro Conselho Superior Magistratura
€5498.55 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
€5498.55 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
€5498.55 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
€5015.16 Professor Coordenador Inst Superior Engenharia Lisboa

Boas Vidas!!!

Mas nem tudo vai mal nesta nossa República (Pelo menos para alguns).
Com as eleições legislativas de 20/Fevereiro, metade dos 230 deputados não foram reeleitos . Os que saíram regressaram às suas anteriores actividades. Sem, contudo saírem tristes ou cabisbaixos. Quando terminam as funções, os deputados e governantes têm o direito, por Lei (feita e aprovada por eles) a um subsídio que dizem de reintegração:
- um mês de salário (3.449 euros) por cada seis meses de Assembleia ou governo.

Desta maneira um deputado que tenha desempenhado as suas funções durante uma Legislatura recebe seis salários (20.694 euros). Se o tiver sido durante 10 anos, recebe vinte salários ( 68.980 euros). Feitas as contas aos deputados que saíram, o Erário Público desembolsou mais de 2.500.000 euros.
No entanto, há ainda aqueles que têm direito a subvenções vitalícias ou pensões de reforma (mesmo que não tenham 60 anos). Estas são atribuídas aos titulares de cargos políticos com mais de 12 anos.

Entre os ilustres reformados do Parlamento encontramos figuras como:
Almeida Santos.......................... 4.400, euros;
Medeiros Ferreira....................... 2.800, euros;
Manuela Aguiar.......................... 2.800, euros;
Pedro Roseta............................ .2.800, euros;
Helena Roseta........................... 2.800, euros;
Narana Coissoró……………….. 2.800, euros;
Álvaro Barreto............................ 3.500, euros;
Vieira de Castro......................... 2.800, euros;
Leonor Beleza………………….. 2.200, euros;
Isabel Castro............................. 2.200, euros;
José Leitão................................ 2.400, euros;
Artur Penedos............................ 1.800, euros;
Bagão Félix................................ 1.800, euros.

Quanto aos ilustres reintegrados , encontramos, por exemplo, os seguintes ex-deputados:
Luís Filipe Pereira . 26.890, euros / 9 anos de serviço;
Paulo Pedroso ........48.000, euros / 7 anos e meio de serviço
David Justino ..........38.000, euros / 5 anos e meio de serviço;
Mª Carmo Romão ... 62.000, euros / 9 anos de serviço;
Luís Nobre Guedes . 62.000, euros / 9 anos e meio de serviço.
A maioria dos outros deputados que não regressaram estiveram lá somente na última legislatura, isto é, 3 anos , foi o suficiente para terem recebido cerca de 20.000, euros cada .

É ESTA A CLASSE POLÍTICA QUE TEM A LATA DE PEDIR SACRIFÍCIOS AOS PORTUGUESES PARA DEBELAR A CRISE!...

MAS... HÁ MAIS !!!

Apesar de ter apenas 50 anos de idade e de gozar de plena saúde, o socialista Vasco Franco, número dois do PS na Câmara de Lisboa durante as presidências de Jorge Sampaio e de João Soares, está já reformado. A pensão mensal que lhe foi atribuída ascende a 3.035 euros (608 contos), um valor bastante acima do seu vencimento como vereador.
A generosidade estatal decorre da categoria com que foi aposentado – técnico superior de 1ª classe, segundo o «Diário da República» - apesar de as suas habilitações literárias se ficarem pelo antigo Curso Geral do Comércio, equivalente ao actual 9º ano de escolaridade. A contagem do tempo de serviço de Vasco Franco é outro privilégio raro, num país que pondera elevar a idade de reforma para os 68 anos, para evitar a ruptura da Segurança Social.
O dirigente socialista entrou para os quadros do Ministério da Administração Interna em 1972, e dos 30 anos passados só ali cumpriu sete de dedicação exclusiva; três foram para o serviço militar e os restantes 20 na vereação da Câmara de Lisboa, doze dos quais a tempo inteiro. Vasco Franco diz que é tudo legal e que a lei o autoriza a contar a dobrar 10 dos 12 anos como vereador a tempo inteiro.
Triplicar o salário. Já depois de ter entregue o pedido de reforma, Vasco Franco foi convidado para administrador da Sanest, com um ordenado líquido de 4000 euros mensais (800 contos). Trata-se de uma sociedade de capitais públicos, comparticipada pelas Câmaras da Amadora, Cascais, Oeiras e Sintra e pela empresa Águas de Portugal, que gere o sistema de saneamento da Costa do Estoril. O convite partiu do reeleito presidente da Câmara da Amadora, Joaquim Raposo, cuja mulher é secretária de Vasco Franco na Câmara de Lisboa. O contrato, iniciado em Abril, vigora por um período de 18 meses.
A acumulação de vencimentos foi autorizada pelo Governo mas, nos termos do acordo, o salário de administrador é reduzido em 50% - para 2000 euros - a partir de Julho, mês em que se inicia a reforma, disse ao EXPRESSO Vasco Franco.
Não se ficam, no entanto, por aqui os contributos da fazenda pública para o bolo salarial do dirigente socialista reformado. A somar aos mais de 5000 euros da reforma e do lugar de administrador, Vasco Franco recebe ainda mais 900 euros de outra reforma, por ter sido ferido em combate (!?) em Moçambique já depois do 25 de Abril (????????), e cerca de 250 euros em senhas de presença pela actuação como vereador sem pelouro.
Contas feitas, o novo reformado triplicou o salário que auferia no activo, ganhando agora mais de 1200 contos limpos. Além de carro, motorista, secretária, assessores e telemóvel.

É BOM QUE TODOS SAIBAM COMO SE GOVERNA QUEM NOS GOVERNA.
MAS HÁ MUITO MAIS...

Vamos dar um basta e reagir como gente grande dizendo um grande

BASTA!
Não se esqueça:

dias 22 e 23 de Maio BLUSA /CAMISA PRETA E PANO PRETO NA JANELA!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Joseph Stiglitz critica neo-liberalismo


” (…) Os defensores do fundamentalismo de mercado querem agora que os erros do mercado sejam vistos como erros de governo. Um delegado do governo chinês colocou o dedo na ferida: os EUA deviam ter feito mais para ajudar os norte-americanos com rendimentos mais baixos a gerir melhor o problema do crédito hipotecário à habitação. Estou plenamente de acordo, mas isso não altera os factos: os bancos norte-americanos geriram especialmente mal o risco e essa má gestão tem consequências globais. Mas a injustiça é ainda maior quando se sabe que, apesar dos erros, os gestores dessas instituições saíram airosamente e com indemnizações milionárias.
Actualmente, existe uma grande disparidade entre os retornos sociais e os retornos privados. Se não forem alinhados, o sistema de mercado nunca poderá funcionar bem. O neo-liberalismo foi sempre uma doutrina política ao serviço de certos interesses e nunca se fundamentou em teorias económicas. Tal como, sabemo-lo hoje, não é fundamentado em experiências históricas. Se aprendermos esta lição, talvez se faça luz ao fundo do túnel.”

by Joseph Stiglitz, Prémio Nobel de Economia 2001
_______

Prémio Nobel mostra cepticismo em Lisboa
Joseph Stiglitz considera um mau investimento o plano Obama para o sector financeiro

O economista norte-americano Joseph Stiglitz, Prémio Nobel da Economia em 2001, disse hoje em Lisboa que o programa da Administração de Barack Obama de auxílio ao sistema financeiro através de um sistema de parceiras público-privadas é um exemplo de “mau investimento público”.Stiglitz, que falava numa Conferência promovida pelo Ministério da Economia sobre Economia e Energia e que foi apresentado pelo ministro Manuel Pinho como “um dos economistas mais influentes do mundo”, mostrou-se aliás muito céptico quanto ao que o Governo americano está a fazer no sector financeiro e realçou que “as pessoas que aplicaram a desregulamentação” que levou à crise financeira com epicentro nos EUA “são as mesmas que estão no Departamento do Tesouro”, o equivalente ao Ministério das Finanças português.Em relação ao programa do Presidente dos Estados Unidos para a banca, Stiglitz critica que o Estado ponha “92 por cento do dinheiro” nas parcerias e que se houver lucro ele vá “quase todo para o sector privado”, mas “se houver prejuízo vai todo para o Estado”.Mas o problema da actuação das autoridades junto do sector financeiro vem logo do plano inicial da Administração Bush parra o socorrer, que foi apresentado ao Congresso em moldes que não davam qualquer garantia ao Estado e contribuintes. “Se tivesse sido submetido por um país em desenvolvimento ao Banco Mundial teria sido liminarmente rejeitado”, disse Stiglitz, que foi vice-presidente e economista-chefe daquela instituição e é conhecido por ser muito crítico da actuação do FMI e das autoridades financeiras do seu país e da sua promiscuidade de interesses com o sector financeiro.“O dinheiro que puseram nos bancos e na AIG foi um mau investimento e provavelmente nunca será recuperado”, disse Jospeh Stiglitz, professor na Universidade de Colúmbia em Nova Iorque, foi presidente do Comité de Conselheiros Económicos do Presidente Bill Clinton na década de 90.Joseph Stiglitz criticou também os testes de stress (ou testes de resistência) às 19 principais instituições financeiras dos EUA por trabalharam com um cenário de desemprego apenas pouco acima de dez por cento, quando muitos observadores prevêem que atinja os dez por cento ainda este ano. “Não são testes de stress. Seriam testes de stress com cenários de desemprego de 12 ou 13 por cento”, afirmou.A conferência, que durou mais de uma hora, acabou por versar apenas sobre a crise económica, quer nas suas causas (atribuídas no em última instância a uma corrupção institucional ao estilo americano) quer nas perspectivas de futuro.

in Público; por 08.05.2009 - 20h42
Por Paulo Miguel Madeira

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Lei do Financiamento dos Partidos

Aumenta 55 vezes o limite
Financiamento: Partidos podem receber mais de um milhão de euros em dinheiro vivo

A nova lei do financiamento dos partidos políticos, das campanhas eleitorais e dos grupos parlamentares, ontem aprovada na especialidade em tempo recorde, sobe em mais de um milhão de euros — de 22.500 para 1.257.660 euros — o limite das entradas em dinheiro vivo nos partidos.Um aumento de mais de 55 vezes em relação ao tecto actual e que se aplica às quotas e contribuições dos militantes e ao produto das actividades de angariação de fundos.É uma das maiores alterações à lei dos financiamentos políticos e que não constava do projecto de lei conjunto do PS e do PSD, aprovado na generalidade a 13 de Dezembro. Quatro meses e meio depois, a discussão na especialidade foi toda feita ontem de manhã, em grupo de trabalho à porta fechada, onde também se realizou a votação indiciária, depois repetida em menos de 20 minutos na comissão a pedido do deputado do MPT, Quartin Graça, eleito nas listas do PSD. O texto final foi aprovado, na esmagadora maioria dos artigos, por unanimidade, o que prenuncia o consenso que hoje deve ser conseguido no plenário em votação final global.Aquela alteração foi introduzida como aproximação à proposta do PCP, que pretendia alcançar 1,8 milhões de euros como tecto para a entrada de dinheiro vivo nos partidos e assim cobrir as quotas dos militantes sem conta bancária e grande parte das receitas obtidas na Festa do Avante!. Mas não é uma cedência absoluta: o próprio Governo já tinha deixado perceber a intenção de permitir a entrada de dinheiro vivo nos partidos ao introduzir, na lei do Orçamento do Estado, uma alínea que lhe abria a porta. Essa norma acabou por não passar na altura, por recusa da bancada socialista, que agora deu o seu aval às pretensões comunistas.Foi também pela necessidade de regularizar as contas da Festa do Avante! que o PCP propôs ainda o aumento do tecto das angariações de fundo, através de iniciativas com oferta de bens e serviços, para 1,8 milhões de euros, o equivalente a 4000 IAS (Índice de Apoio Social, valor de referência para as subvenções públicas em substituição do salário mínimo nacional). Mais uma vez este valor foi revisto em baixa e fixado em 1,257 milhões de euros (3000 IAS), mesmo assim o dobro do actual limite de 675 mil euros (1500 SMN).Mesmo assim, Bernardino Soares, líder parlamentar do PCP, não ficou totalmente satisfeito: “O problema da Festa do Avante! foi um pouco mitigado”, comentou, salientando que estas alterações não põem em causa a fiscalização à contabilidade dos partidos, pois “continua a haver regras muito firmes”.Outra originalidade desta lei é permitir os donativos de pessoas singulares às campanhas para as legislativas e europeias, algo que até agora só estava previsto para as presidenciais e movimentos de cidadãos nas autárquicas. Neste caso, o limite é de 25 mil euros por doador, obrigatoriamente tituladas por cheque ou meio bancário que permita a identificação do valor e da origem. Uma norma que se aplicará assim que a lei entrar em vigor, o que os partidos esperam que aconteça antes das eleições de 7 de Junho.A nova lei aumenta ainda praticamente para o dobro (de 2500 SMN para 5000 IAS, quase um milhão de euros a mais) o limite máximo de despesas realizadas na segunda volta das eleições presidenciais. E reduz a metade o número de votos que um pequeno partido tem que obter para ter direito a receber subvenções públicas: em vez de 50 mil votos, basta-lhes conseguir 25 mil.Importante foi também a alteração exigida pelo Bloco de Esquerda à proposta inicial do PS e PSD, que atribuía em exclusivo aos mandatários financeiros das campanhas e ao cabeça de lista a responsabilidade pelas ilegalidades cometidas nas contas. O BE fez depender o seu voto a favor nesta lei da reposição do que vigora na lei actual e impôs que sejam solidariamente responsáveis os candidatos presidenciais, os partidos e as coligações em causa.No final da votação-relâmpago, onde não houve tempo para apreciação das propostas, todos os partidos usaram a palavra “transparência” para qualificar a nova versão de uma lei que, durante meses, apenas foi discutida nos gabinetes dos partidos. “O processo foi sempre monitorizado pelo PS e PSD, houve abertura a algumas propostas do PCP e dos partidos sem assento parlamentar, mas só hoje nos reunimos para discutir o assunto”, afirmou o líder parlamentar do BE, Luís Fazenda, ao PÚBLICO. Aliás, ele próprio só conheceu as últimas propostas de alteração “meia hora antes” da reunião do grupo de trabalho, criado ontem mesmo para o efeito.
in Público
Muito mau augurio se apróxima. Pegunto-me como é possivel isto ser aprovado assim???

terça-feira, 28 de abril de 2009

Abril inacabado

Passado Sábado 25 de Abril, jantava em familia, enquanto a televisão sintonizada na RTP1, passava no ar o programa "As Vozes que Abril Abriu". Nesse tempo pensava para comigo mesmo, passados 35 anos da Revolução dos Cravos já não era tempo de fazer uma retrospectiva profunda, analisar o que foi feito e o que devia ter sido feito, o que mudou para melhor o que se manteve inalterado e o que retrocedeu a partir dessa data tão importante para o povo português. 35 anos, não é tão pouco tempo quanto isso, e mesmo tendo nascido após Abril de 74, não vislumbro a mundança essencial que devia ter sido feita, a verdadeira revolução (além da alteração do sistema politico-social), aquela que é feita dentro da consciencia do Homem enquanto ser.
Ora pois, a conclusão que retiro é que o 25 de Abril é ainda um assunto tabú, as pessoas aceitam as coisas tal como lhes são apresentadas e não refeltem por si mesmas. Em lugar da comunicação social rodar programas sempre iguais nesta data que a ninguem ja interessam desprovidos de conteúdo já, porque não promover este debate? Até porque, é um se não o mais importante legado do 25 de Abril, o debate aberto no seio da sociedade. Se não vejamos, tal como antes de 25 de Abril a corrupção continua impune e alastra... o sistema de justiça não funciona e não é acessivel as classes baixas (sem sistema de justiça não ha democracia)... o sistema de educação é podre (sem educação as pessoas não podem usufruir da democracia)... um serviço nacional de saúde para alguns... quem ocupa o poder politico são sempre os mesmos...
Desde ja peço desculpa pelo meu "português corridinho", todavia com este desabafo a minha pretenssão é que se discuta este tema, ouvindo-se varias vozes, favoraveis ou contrárias por forma a melhor ficarmos cientes do que realmente mudou nestes 35 anos.

PS usou em tempo de antena imagens de crianças com o Magalhães pedidas pelo Ministério da Educação

Pais pedem explicações

O Ministério da Educação pediu a uma escola do primeiro ciclo de Castelo de Vide autorização para filmar crianças a utilizar o Magalhães. Mas, segundo conta hoje o Rádio Clube e o jornal “24 Horas”, as imagens acabaram por passar num tempo de antena do Partido Socialista, na RTP, no passado dia 22.

Os pais pediram já uma reunião na escola, a exigir uma explicação e a escola por sua vez, pediu explicações ao ministério, como adiantou ao Rádio Clube Ana Travassos, presidente do Conselho Executivo do agrupamento de escolas de Castelo de Vide.

“Não foi feito pelo Partido Socialista não. Nós tivemos um contacto da tutela, dos representantes do Ministério da Educação aqui no Distrito de Portalegre e na região de Évora, que é onde está a Direcção Regional, com a intenção de consultar crianças e pais”, disse a responsável.

Mas o produto final da consulta acabou por ser emitido num tempo de antena do PS na RTP, na passada quarta-feira. Os encarregados de educação já pediram explicações à escola.

Ao Rádio Clube, o gabinete de imprensa do PS explicou, através de um comunicado, que tudo foi autorizado, sem contudo esclarecer de onde partiu o pedido, se do ministério, se do partido.

Em reacção, O PSD considera a situação grave. Cristovão Crespo, presidente da distrital do PSD de Portalegre, exige também explicações ao Ministério da Educação e ao PS.

Ao PÚBLICO, Joaquim Vieira, provedor do leitor do PÚBLICO, comentou o uso de crianças em campanhas políticas, frisando que é comum recorrer à imagem de menores, com consentimento dos pais ou responsáveis, especialmente recorrendo a filhos de filiados dos partidos, mas que a utilização de imagem sem um consentimento informado e claro, é de recriminar.

"Se foi assim como se diz é altamente condenável. Trata-se de enganar as pessoas e usar a imagem de crianças para propaganda política. A propaganda política não tem limites e o PS tem usado frequentemente imagens de crianças em campanha. Mas os pais das crianças têm de saber o fim das imagens. De forma enviezada não".
in 28.04.2009 - 09h35 PÚBLICO
Sem comentarios...

segunda-feira, 27 de abril de 2009

A nossa classe politica



È o que da vontade de ir para a rua gritar bem alto!!!

Humor – Novas Oportunidades

PSP impõe número de detenções mínimo por esquadra

Direcção diz que objectivo é baixar criminalidade
Há muitas esquadras no país que têm tabelas com números mínimos de detenções a efectuar até ao final deste ano, noticia o “Jornal de Notícias” na sua edição de hoje. A medida está a gerar mal-estar entre os polícias, que dizem não querer trabalhar para as estatísticas. Contudo, a direcção da PSP diz que o objectivo é prevenir e reduzir os números da criminalidade.“Maior actividade operacional. Objectivo: 250 detenções”, lê-se num papel, citado pelo JN, afixado da 2ª Esquadra de Investigação Criminal da PSP do Porto. O documento, datado de Fevereiro, estabelece as metas a cumprir nos restantes dez meses de 2009.Uma medida que deixa os profissionais preocupados, por acharem que se está a apostar na “repressão” e não num policiamento de “prevenção”. Por outro lado, têm medo de, se não cumprirem os objectivos traçados, sofrerem consequências na avaliação e progressão na carreira.No caso da referida esquadra do Porto, as "missões" são distribuídas por brigadas: a do Património (investiga sobretudo furtos e roubos) e a da Droga estão incumbidas de fazer, cada uma, quatro detenções por mês, ou seja, 40 no total, entre Março e o fim do ano. Há também um total de 14 detenções/mês (140 no total) atribuídas às designadas brigadas de prevenção criminal, que estão direccionadas para situações de flagrante delito, e três detenções mensais às unidades que investigam crimes contra pessoas e financeiros. Além disso, são também determinadas equipas diárias e mensais de actividade operacional. Ainda de acordo com o mesmo jornal, a Direcção Nacional da PSP admite que há "objectivos", mas no bom sentido . "No limite, o objectivo estratégico da PSP é diminuir a criminalidade na sua área de jurisdição, logo é expectável que os responsáveis policiais encontrem mecanismos localmente para prevenir o aumento da criminalidade", argumentou o comissário Paulo Flor, porta-voz da PSP.
in 27.04.2009 - 10h21 PÚBLICO
È ASSIM QUE SE VAI COMBATER A CRIMINALIDADE NESTE PAIS?????

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Saída da crise: Tudo ao contrário?


João Cantiga Esteves, Professor de Finanças do ISEG-Instituto Superior de Economia e Gestão:

Após as medidas iniciais de combate à Crise, instala-se a convicção de que a solução passa por políticas diametralmente opostas às adoptadas, no que respeita à taxa de juro e inflação.

Governos e Bancos Centrais decidiram combater a Crise através da descida abrupta das taxas de juro e, consequentemente, da inflação, criando até o espectro da deflação.

Ora, é perfeitamente consensual de que o grande problema, talvez o maior, da Crise é a falta de liquidez no Sistema Financeiro, em geral, e no Bancário, em particular.

Aqui convém lembrar que o Sistema Financeiro, em geral, e o Bancário, em particular, são compostos por duas grandes funções. De um lado, o Sistema (os bancos) capta dinheiros (poupanças) através de todo o tipo de depósitos e, do outro lado, com esses dinheiros, concede empréstimos (créditos) aos agentes económicos (empresas e famílias).

A ordem das duas funções não é arbitrária, isto é, primeiro o Sistema precisa de captar os depósitos e só depois é que pode conceder empréstimos.

O que verificamos é que Bancos Centrais e Governos baixaram a taxa de juro, de forma rápida, mas assistimos às queixas continuadas de que os Bancos não disponibilizam créditos às empresas e, quando concedem esses empréstimos, fazem-no de forma cara, a taxas muito elevadas.

Contraditório? Nem por isso. Os Bancos não emprestam porque não têm dinheiro e, quando emprestam, dado que o dinheiro é escasso, a procura por parte das empresas e famílias é fortíssima e o risco presente nas empresas e na economia real é muito elevado e crescente, aplicando taxas cada vez mais altas. Óbvio!

A terapia actual não funciona! E não funciona porque não se está a resolver o problema original da falta de liquidez. É preciso começar por "trazer" liquidez para os Sistemas Financeiro e Bancário e a liquidez só se atrai, só se consegue captando dinheiros com a subida das taxas de juro. Sem isso, o Sistema não recomeça a funcionar e, sem ele, não há solução. Governos e Bancos Centrais pensaram que, através das suas injecções de dinheiro no sistema, a situação se resolvia. Errado! Por muitíssimo dinheiro que Bancos Centrais e Governos criem e injectem no Sistema, não deixará de ser sempre uma "gota de água" no enorme Oceano que representa hoje o mercado financeiro actual, mesmo em crise.

Observa-se que os Bancos não emprestam uns aos outros e, muito menos, aos agentes da economia real (empresas e famílias). Ora, a descida das taxas de juro só piorou, isto é, os Bancos não emprestavam quando as taxas de juro estavam a 4 e 5% e vão emprestar agora com as taxas a 1 e 2%? Absurdo! Claro que não.

E assistimos a malabarismos perigosos. A taxa do BCE baixou abruptamente e, neste momento, a taxa EURIBOR também acompanha essa descida rápida, o que é uma má notícia pois isso acontece porque o mercado interbancário não está a funcionar. A EURIBOR desce porque o actual mercado se limita ao BCE a "falar sozinho", ou com as instituições bancárias, porque entre estas continua a não haver transacções e, quando existem, aplicam-se "spreads" bem elevados, como os bancos portugueses bem têm sentido.

Conclui-se que a taxa EURIBOR passou a ser uma taxa "fantasma" determinada por Bancos Centrais e Governos e não pelo mercado interbancário na sua plenitude, actualmente inexistente, limitando-se a vincar a política deliberada de descida da taxa de juro formulada pelos Bancos Centrais e Governos, sendo depois contrariada, na prática, com a sua subida através do aumento dos "spreads", por parte dos bancos!

Novamente, sem o mercado interbancário a funcionar, não há solução. E este só voltará a funcionar quando as taxas de juro forem atractivas.

Assim, passando a solução da Crise pela subida das taxas de juro, o problema será o do ressurgimento da inflação. Sendo verdade, importa dizer que, face à dimensão da Crise e da gravidade e profundidade dos diversos problemas, impõe-se definir prioridades e, neste momento, uma subida de inflação, que possa ir até aos 5-6%, será, seguramente, o mal menor que o mundo pode enfrentar.

Aqui, importa relembrar outro factor determinante da actual Crise, que se encontra por resolver, os elevados e insustentáveis preços do imobiliário, um pouco por todo o mundo e que precisam de ser corrigidos. Repare-se que os designados activos financeiros clássicos já fizeram um ajustamento substancial dos seus preços, em 2008, com as Bolsas, incluindo a Portuguesa, a cairem cerca de 50%. Ora, no imobiliário nada semelhante aconteceu e, possivelmente, não pode acontecer mas um ajustamento significativo tem de ser feito. A história económica das Crises mostra-nos a solução. Como é insuportável para famílias, empresas e bancos a descida substancial dos preços do imobiliário, o aparecimento de inflação será a forma menos dolorosa para todos de fazer depreciar o valor real dos activos imobiliários, sem o recurso à queda abrupta dos preços que poderá ter de acontecer, caso não haja inflação.

Claro que, para as empresas e famílias, a subida do custo do dinheiro não é uma boa notícia porém, neste momento, a opção não é, infelizmente, entre ter acesso a dinheiro mais caro ou mais barato, mas entre ter ou não acesso a dinheiro!

in Expresso ; acedido em 20-04-2009

terça-feira, 31 de março de 2009

Magistrados do caso Freeport querem queixar-se a Cavaco

Pinto Monteiro pronuncia-se hoje sobre as alegadas pressões políticas denunciadas pelos magistrados. Sindicato vai pedir apoio ao Presidente.

Depois de três dias de graves denúncias públicas sobre pressões políticas à investigação do caso Freeport, o Sindicato de Magistrados do Ministério Público (SMMP) não vai deixar cair as suas preocupações e já pediu uma audiência urgente ao Presidente da República. Enquanto se aguarda por uma resposta de Cavaco, hoje, o Procurador-Geral da República (PGR) vai pronunciar-se sobre a investigação que se arrasta desde Outubro de 2004.

(Diário Económico, 31.03.2009)

segunda-feira, 30 de março de 2009

Portugal espiado por rede internacional

O relatório de quatro investigadores canadianos, do Centro Munk de Estudos Internacionais da Universidade de Toronto, divulgado ontem, mostra que entre Junho de 2008 e Março deste ano uma grande operação de espionagem electrónica invadiu computadores e roubou documentos de centenas de escritórios privados e governamentais em todo o Mundo.
(CM, 30.03.2009)

domingo, 29 de março de 2009

Magistrados pressionados para arquivar

O arquivamento do processo Freeport, no todo ou em parte, está a ser discutido pela hierarquia do Ministério Público, e os magistrados que lideram a investigação têm sido pressionados para fechar o caso. A palavra final vai pertencer a Cândida Almeida, coordenadora do DCIAP, e a Pinto Monteiro, procurador-geral da República.

(CM, 29.03.2009)

sexta-feira, 27 de março de 2009

Parenteses Histórico

Espanha quis invadir Portugal em 1975
Apoio norte-americano foi solicitado por Madrid

O jornal iberista espanhol «El Pais» controlado pelo grupo PRISA [1] afirmou neste fim de semana que durante o Verão-quente de 1975 a Espanha tinha planos para ocupar Portugal e que pediu a colaboração passiva dos Estados Unidos na invasão.Segundo a mesma fonte o então chefe do governo, o dirigente espanhol Carlos Árias Navarro, amigo pessoal do ditador Francisco Franco [2] terá contactado o governo de Washington após o falhado golpe de estado de 11 de Março de 1975 em Portugal, levado a cabo por António de Spínola.António de Spínola, um general conservador que tinha sido empossado Presidente da República, na sequência da revolução de 25 de Abril de 1974, demitiu-se do cargo por discordar radicalmente da evolução da situação política portuguesa nomeadamente da entrega apressada e descontrolada das colónias a movimentos apoiados pela União Soviética.A influência do Partido Comunista Português em várias das estruturas do exército,. Levou Spínola a acreditar que se preparava um golpe comunista apoiado pela União Soviética, o qual passaria pelo assassínio de várias personalidades contrárias a Moscovo, entre as quais estava ele próprio.Essa operação ficou conhecida como «Matança da Páscoa», e é por ter acreditado nela, que Spínola tenta um golpe mal preparado e mal organizado em 11 de Março de 1975.A tentativa de golpe, resultou numa radicalização da situação e no controlo do poder em Lisboa por grupos de pessoas ligados ao Partido Comunista Português e à União Soviética, interessada especialmente em imobilizar o exército português em África, de forma a que as suas tropas [3] tomassem posições em Angola.Spínola foge para Espanha no próprio dia 11 de Março de 1975 e segundo documentos já publicados há alguns anos, numa investigação do semanário Expresso, solicitou a intervenção do exército espanhol, invadindo Portugal para evitar que o Partido Comunista instalasse em Lisboa um regime de inspiração soviética.Árias Navarro, terá discutido a situação portuguesa com o subsecretário de estado norte-americano Robert Ingersol, poucos dias depois de Spínola ter contactado o governo espanhol, ainda nesse mês de Março, logo após ter fugido de Portugal e ter pedido a intervenção espanhola.O dirigente espanhol, terá sondado o diplomata norte-americano sobre que posição os Estados Unidos tomariam no caso de a Espanha invadir Portugal.O argumento do governo espanhol, era o de que Portugal era uma potencial ameaça para Espanha, perante a possibilidade de um governo pró soviético se instalar em Lisboa e deliberadamente começar a desestabilizar Espanha.Árias Navarro afirmou que temia que Portugal pudesse obter apoio exterior para desestabilizar Espanha, apoio que só poderia ser apoio soviético [4].O governo espanhol voltou a contactar políticos norte-americanos de visita à capital espanhola alguns dias depois, a 7 de Abril de 1975 continuou a insistir junto de Washington, explicando a posição espanhola e os argumentos justificativos da invasão.O embaixador norte-americano em Madrid Wells Stabler, enviou em 28 de Maio de 1974 um relatório para Washington afirmando que os militares consideravam que Espanha teria dificuldades em proteger-se de alegadas acções subversivas portuguesas.Segundo o embaixador norte-americano em Madrid, o dirigente espanhol parecia transmitir aos seus pares europeus que a situação em Portugal não podia continuar como estava e que a Espanha tinha que invadir Portugal para regularizar a situação. O embaixador achava no entanto que Madrid não sabia como Washington reagiria à intervenção espanhola em Portugal.Já em Outubro, o dirigente Espanhol terá voltado a mostrar preocupação com o evoluir da situação portuguesa e com o facto de o Partido Comunista estar a controlar completamente o país.A relação entre os dois países atingiu um nível crítico quando em Setembro de 1975 a embaixada espanhola em Lisboa foi assaltado por elementos de extrema esquerda. A acção é vista por vários sectores como uma tentativa de provocar uma reacção espanhola, conseguindo assim o apoio popular para a esquerda portuguesa que depois das eleições de 25 de Abril de 1975 tinha obtido uma representação inferior a 20% dos votos e precisava de apoio popular para garantir a continuação do processo revolucionário.A acção de 25 de Novembro de 1975, removeu os elementos radicais e o Partido Comunista do poder em Portugal. A União Soviética não estava interessada em tomar posições no país e naquela altura já estava assegurado o seu objectivo principal: a instalação de regimes comunistas nas antigas colónias portuguesas.A morte de Franco, a transição para a democracia em Espanha, e a consolidação da democracia em Portugal, terão arquivado aquele que terá sido o terceiro plano em um século para invasão de Portugal por parte da Espanha.

[1] – Normalmente associado ao movimento republicano federalista, que defende o desaparecimento de Portugal e a sua inclusão numa república federal ibérica de cariz e cultura castelhana.
[2] – Franco tinha ascendido ao poder em Espanha em 1936 com o apoio directo das tropas de Adolf Hitler e tinha o regime Nazista alemão como modelo a seguir em Espanha. A derrota Nazi na guerra forçou o ditador espanhol a iniciar um processo de metamorfose, onde manteve internamente um sistema de repressão brutal, cópia fiel da Alemanha Nazi tentando criar uma imagem externa de conservador católico, tendo para o efeito contado com a colaboração e apoio activo da Igreja Católica de Espanha.
[3] – A intervenção soviética em Angola foi feita através do «aluguer» de soldados cubanos, pelos quais Fidel Castro recebia uma quantia por peça.A título de curiosidade há que referir que o sistema de aluguer de cidadãos continua até hoje. Cuba aluga presentemente médicos e enfermeiros que são colocados no estrangeiro contra o pagamento de quantias ao governo cubano. Os médicos e enfermeiros não recebem qualquer bónus adicional.
[4] - O argumento do «medo», invadindo Portugal para evitar a «contaminação» era curiosamente o mesmo que tinha sido utilizado por Afonso XIII depois da implantação da República Portuguesa em 1910. Também o ditador hitleriano Francisco Franco tinha considerado a possibilidade de invasão em 1940-1941, considerando exactamente o mesmo argumento: Atacar Portugal para evitar eventuais ataques portugueses contra Espanha.

in http://www.areamilitar.net/noticias/noticias.aspx?nrnot=683 ; acedido em 27-03-08 às 19h40m

Parece-me opurtuno divulgar este artigo uma vez que, este, como tantos outros episódios da nossa história e história internacional, não são referenciados nas nossas escolas nem na sociedade, vá-se la saber porque...
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