"A liberdade é um luxo a que nem todos se podem permitir." (Otto Bismark)

"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons." (M. Luther King)

"Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente." (Jiddu Krishnamurti)

"Ninguém está obrigado a cooperar em sua própria perda ou em sua própria escravatura, a Desobediência Civil é um direito imprescindível de todo o cidadão!" (Mahatma Ghandi)

"Alguns homens vêem as coisas como são e dizem "Porquê?". Eu sonho com as coisas que nunca foram e digo "Porque não?" (George Bernard Shaw)

“Não há covardia mais torpe que a covardia da inteligência, a burrice voluntária, a recusa de juntar os pontos e enxergar o sentido geral dos factos.” [Olavo de Carvalho]

Neste Nosso Portugal©2009

Nota:

Este blog não obedece nem obedecerá a qualquer acordo ortográfico que seja um atentado à identidade do País

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Em Portugal, admiramos o sucesso dos aldrabões. Assim fica tudo mais claro...

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Para aqueles que ainda tinham dúvidas, eis uma explicação que justifica a persistência dos portugueses em votarem sempre nos mesmos... continuarem a respeitar Oliveira e Costa, Dias Loureiro, Cavaco Silva e outros saqueadores do Portugal perdido.

Na Islândia por exemplo, os saques ao estilo BPN foram travados e as consequências foram atenuadas, em parte porque os cidadãos escorraçavam e envergonhavam nas ruas, os envolvidos.

Segundo o Prof Manuel Sobrinho Simões - "Admiramos o sucesso dos aldrabões." Os nossos políticos estão no habitat ideal. 

 

EXTRACTOS DE UMA ENTREVISTA REVELADORA
Manuel Sobrinho Simões, médico, investigador e professor universitário, diz que Portugal continua a ser vítima do conflito de interesses que grassa entre as conveniências dos partidos e dos políticos e as necessidades do país e dos portugueses.

O empobrecimento das famílias entristece-o. A desgovernação do país tira-o do sério.


1 - Em três semanas tivemos quatro dias de descanso extra.
Ele foi a tolerância de ponto para Lisboa, a greve geral, um feriado civil e na próxima quarta-feira teremos um religioso. Como é que avalia a nossa relação com o trabalho?

No nosso país, uma pessoa que trabalhe todos os dias e que tenha de assinar ponto é visto como um falhado. Quando me tornei professor catedrático até os meus amigos ficaram decepcionados quando perceberam que a minha vida ia continuar a fazer-se das mesmas rotinas. E mais recentemente, no Hospital de São João, a maior parte dos professores da Faculdade de Medicina foram contra a fiscalização do horário de trabalho dos médicos através da leitura da impressão digital - o dedómetro - mas eu fui a favor. É humilhante? É. Sobretudo para quem tem funções de direcção. Mas tem de ser assim, porque infelizmente muitos de nós não cumprimos.

2 - Então a diferença entre nós e o resto da Europa, sobretudo os nórdicos, não está nos genes?
Claro que não. A diferença entre nós e os nórdicos não está nos genes, é fruto da cultura e da educação, da geografia, do clima e da religião. Eles tinham frio, era-lhes difícil cultivar cereais e não tinham vinho. Para sobreviverem tiveram de estimular a inovação e a cooperação. Ao contrário de nós, que tínhamos um bom clima, uma agricultura fértil e peixe com fartura. E depois tivemos África, a seguir o Brasil e logo os emigrantes. Não precisámos de nos organizar e não precisámos de nos esforçar. Não era preciso. Não planeávamos, desenrascávamos. Continuamos assim, gostamos de resolver catástrofes.


3 - Mas todos temos na memória os subsídios que foram concedidos aos agricultores para não produzirem.

Foi terrível. E para piorar as coisas, muitos ficaram deprimidíssimos e frequentemente alcoólicos. Destruíram as vinhas, a sua âncora, que lhes dava prestígio e dignidade pessoal nas suas comunidades, e começaram a passar os dias na taberna. Isto aconteceu em todo o Minho. E no Alentejo também.

4 - Podemos dizer que o nosso super-Estado tem descurado as necessidades reais dos cidadãos e da sociedade?
Desde o tempo do Dr. Salazar que o Estado faz questão de proteger os seus (políticos e amigos) e nós temos aprovado esse amparo. Por estas e por outras, nas últimas décadas, dominado por ciclos eleitorais curtos, o Estado passou a viver acima das suas possibilidades e a substituir-se à realidade. E, de repente, a realidade caiu em cima do povo.

5 - Os portugueses têm razões para se sentirem enganados ou não quiseram ver a realidade?

As duas são verdade. Podemos ofuscar o real durante algum tempo, mas não para sempre. As imagens da Grécia, com reformas aos 55 anos ou até mais cedo para as chamadas profissões de desgaste rápido, permitiram-nos perceber que se eles tinham entrado em colapso também nós corríamos o risco de vir a acontecer-nos o mesmo. Até essa altura, creio que muitas pessoas acreditavam, lá no seu íntimo, que nem os países, nem a segurança social, nem o Serviço Nacional de Saúde (SNS), nem as câmaras municipais podiam entrar em bancarrota. Agora já perceberam que isto pode mesmo entrar em ruptura. Para já reduziram até dez por cento o ordenado dos funcionários públicos, mas no ano que vem pode vir a ser necessário chegar aos vinte por cento.

6 - Não há dinheiro para o Estado social mas tem havido para obras e infra-estruturas. O que pensa disto?
Eu não sei o suficiente para perceber quando é que é necessário um novo aeroporto em Lisboa ou em Beja. Mas como sou um prático, penso que se não é preciso no imediato e temos falta de dinheiro, então temos de investir na criação de riqueza e de emprego e não em obras que têm um retorno mais longínquo.

7 - O Estado é refém da administração pública?

O Estado deixou desenvolver, no seu seio, várias corporações, cada uma mais egoísta do que a outra - juízes, médicos, professores, militares, etc. Além disto, partidarizou a administração pública e passou a fazer concessões despudoradas aos chamados novos poderes, aos construtores, à banca, à comunicação social. Isto já não é culpa do Dr. Salazar.

8 - Sente o orgulho beliscado por ter de ser o FMI a pôr ordem na nossa casa?
(...)Nós já temos uma carga fiscal enorme, tenho assistido com muita tristeza ao empobrecimento da classe média portuguesa. Se a intervenção do FMI empobrecer ainda mais a nossa classe média e as famílias mais desfavorecidos ficarei muito triste.

 

9 - Afirmou várias vezes que o que de melhor nos aconteceu foi a entrada no euro. Foi uma oportunidade perdida?
Ainda assim, defendo que, se for preciso, devemos fazer o pino para nos mantermos no euro. Prefiro ficar sob o domínio da Europa do que ficar apenas entregue aos jogos políticos portugueses. Estamos na pontinha da Europa, se isso acontecesse, connosco sozinhos e em roda livre, seria mortal.

10 - Acha que os países europeus mais fortes, nomeadamente a Alemanha, vão continuar a tolerar os nossos esquemas?
Não. Vão ser implacáveis porque é a Europa e o projecto União Europeia que estão em causa. Este ano, só a Índia vai pôr no mercado mais engenheiros do que todos os 27 países da Europa. O que é que a França ou a Alemanha representam na competição com a Índia? As pessoas não têm consciência da nossa dimensão.
Eu dou aulas na China, em Chengchow, uma cidade que ninguém conhece a sul do rio Amarelo, na província de Henan, onde fica o templo de Shaolin. Só esta província tem cem milhões de habitantes e a cidade de Chengchow tem sete milhões. É outra escala. O campus universitário de Chengchow, onde estão sempre uns guardas de metralhadora em riste, é simplesmente enorme. Os hospitais não são apenas maiores, são melhores do que o São João, aqui no Porto, ou o Santa Maria, em Lisboa. Não estamos a falar de Xangai, de Hong Kong ou de Pequim, essas são cidades extraordinárias. Estamos a falar de uma cidade de que não se ouve falar mas que tem uma universidade que é uma coisa de um mundo que já não é o nosso. Isto para dizer que a Europa ou se enxerga ou desaparece.

11 - Se fosse governante o que é que mudava?
Melhorava a educação, mas fazia-o com seriedade. Temos os miúdos na escola, e bem, mas não acautelámos a qualidade do ensino. Vejam-se os resultados dos estudos PISA, onde os nossos alunos, comparados com outros da mesma idade e de outros países da OCDE, revelam competências muito baixas nos conhecimentos da língua materna, da matemática e das ciências, três instrumentos básicos. Isto é um problema gravíssimo.

12 - Defraudámos as expectativas das famílias?
Completamente. Há muitas famílias cujos pais fizeram sacrifícios enormes para custear os estudos dos filhos, inscritos em universidades privadas e em cursos que não têm saída. As pessoas não entendem. Disseram-lhes que o diploma era importante. Por outro lado, não faz sentido que tenhamos 28 cursos de arquitectura em Portugal. E outros tantos de tecnologias da saúde. Aqui no Porto, em instituições privadas, os enfermeiros estão a ganhar cerca de quatro euros por hora.

13 - Os portugueses são condescendentes?

Pior, nós admiramos o sucesso do aldrabão. Em Portugal não há censura social para a esperteza saloia nem para a corrupção a que passámos a chamar informalidade. Pelo contrário, admiramos os esquemas, os expedientes. Vivemos deles.

14 - Mas depois queixamo-nos.
A nossa tragédia é que somos um povo pré-moderno. Não perguntamos, não responsabilizamos, não exigimos nem prestamos contas. Não temos a literacia nem a numeracia necessárias. Outro problema é a falta de transparência, a opacidade. Olhe o que se passou com o BPP e com o BPN, histórias tão mal contadas.

15 - A evasão e a fraude fiscal são duas das grandes marcas nacionais. A corrupção é outro crime sem castigo.
Quem tem muito poder económico pode recorrer a expedientes e a mecanismos dilatórios que são usados de maneira desproporcionada. Quem não tem esse poder é totalmente vulnerável. Somos demasiado tolerantes, somos condescendentes, no mau sentido, aderimos mais ao tipo que viola a lei do que ao polícia. Temos afecto pelo fulano que faz umas pequenas aldrabices,
admiramos secretamente os grandes aldrabões, não punimos os prevaricadores. Na verdade somos contra a autoridade.

in: http://apodrecetuga.blogspot.com/

Discursos, mentiras e pura demagogia escondem a verdade e a vergonha dos donos de Portugal.

253417_10150638273990296_483035515295_18900470_6066575_n Para aqueles que se deixaram embriagar nas demagogias dos que nos saqueiam.

Aqueles que teimam fazer eco e acreditar nas palavras dos governantes, assumindo como certo que a crise é culpa do povo "que viveu à grande"...

Demagogias que nos querem fazer crer que a culpa é da Europa, do Euro ... do Mundo. 

A culpa é do terrorismo... 

A culpa é do Sócrates. 

A culpa da crise é dos portugueses que pagam poucos impostos.  

A culpa é do FMI ou da Troika... ou até mesmo das alterações do clima.

Desenganem-se...

Desperdícios, roubos, incompetências, desvios, um rol de misérias que já há muito deveriam ser conhecidas de todos, inclusive da justiça. 

Por isso decidi divulgar este artigo, porque corrobora aquilo que eu defendo e acredito.

A crise, o despesismo, os cortes, a decadência dos serviços públicos, as ameaças crescentes de ruptura no SNS, na CGA, etc etc  tem como causa mais directa e clara, a delinquência dos que nos governam e a inércia da justiça e do povo. 

Paulo Morais, Medina Carreira, Marinho e Pinto, e agora a Dr.ª Maria José Morgado têm ajudado na luta contra a corrupção, destacando-se pela ousadia.
Mas estranhamente passam despercebidos, como se estivessem a falar de roubar feijões, ou outras insignificâncias. Fica por compreender o porquê deste desinteresse quase senil, dos portugueses, por assuntos tão vitais para a saúde do país e do povo.  

Nem por isso me deixarei contagiar pela inércia, ou deixarei de continuar a divulgar os crimes a que tenha acesso, apesar do desinteresse dos portugueses. 

Aqui fica mais um contributo precioso que, supostamente, deveria acordar muitos portugueses da inércia que nos soterra.

 

«SERMÃO DO BOM LADRÃO
A voracidade incontrolável do sector empresarial do Estado tem sido fonte de corrupção e miséria.
Espantoso é descobrir a denúncia destas espertezas lusas no “Sermão do Bom Ladrão”, do Padre António Vieira. “BASTA SENHOR QUE EU PORQUE ROUBO EM UMA BARCA SOU LADRÃO E VÓS PORQUE ROUBAIS EM UMA ARMADA, SOIS IMPERADOR? ASSIM É”.
Pois a armada agora será o sector empresarial do Estado guiado pelo lema do sorvedouro dos dinheiros públicos. Alguns pequenos exemplos, segundo um especialista.

HÁ 14.000 ENTIDADES, 900 FUNDAÇÕES, 100 EMPRESAS DO ESTADO CENTRAL E LOCAL COM DUPLICAÇÃO DE FUNÇÕES, DE DESPESAS E DESPERDÍCIOS ABSURDOS ALIMENTADAS POR DINHEIROS PÚBLICOS E TUTELADOS PELO GOVERNO. FUNCIONAM EM REGIME DE APAGÃO ORÇAMENTAL.

Outra particularidade lusa é A DE SERMOS O LÍDER EUROPEU DAS PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS EM PERCENTAGENS DO PIB. Os encargos assumidos nestes contratos entre o sector público e os consórcios de empresas privadas nas infra-estruturas rodoviárias, ferroviárias e da saúde correspondiam, em 2009, a cerca de 50 MIL MILHÕES DE EUROS. Os vultuosos encargos da REFER e a Estradas de Portugal também não eram sujeitos a prestação de contas.

Os fins públicos visados nalguns destes grandes negócios são curiosos: traduzem-se numa rede de transações entre o Estado e particulares, intermediadas por empresas-veículo das quais o Estado também faz parte, com SOBREFATURAÇÃO AO CONTRIBUINTE, numa original competitividade. A proteção do concessionário privado tornou-se normalmente ruinosa para o Estado.

Outro mistério é o fenómeno da derrapagem nas obras públicas.
A Casa da Música apresentou uma derrapagem de 300%. Não é excepção. A metodologia das derrapagens parece essencial. OS ESTÁDIOS DO EURO-2004 SÃO UM ENCARGO DE MAIS DE MIL MILHÕES DE EUROS A SUPORTAR EM 20 ANOS.
É O CAMPO DE ALTO RISCO DAS DECISÕES SOBRE MERCADOS PÚBLICOS, OBRAS, EMPREITADAS,SUBSÍDIOS.SEM PRESTAÇÃO DE CONTAS. SEM GESTÃO DE RISCOS. O ESTADO TEM ASSUMIDO QUASE SEMPRE OS ENCARGOS COM PROTECÇÃO EXAGERADA DAS EMPRESAS PRIVADAS, COMO SE OS DECISORES PÚBLICOS NÃO ESTIVESSEM VINCULADOS POR DEVERES DE EFICIÊNCIA NO BOM USO DOS DINHEIROS DOS CONTRIBUINTES. Neste húmus de más práticas foi como se o ESTADO ENTREGASSE A CHAVE DO GALINHEIRO À RAPOSA.
A CRÓNICA MÁ GESTÃO DOS DINHEIROS PÚBLICOS ALIADA AO CONCUBINATO ENTRE CERTAS EMPRESAS E O ESTADO DESTRUÍRAM A ECONOMIA E A CAPACIDADE DE PRODUZIR RIQUEZA.
Foi o resvalar da incompetência e do desleixo para formas de corrupção sistemática com o descontrolado endividamento público.
O sistema económico da livre iniciativa foi substituído pelo sistema da planificação central das comissões.


A INOPERÂNCIA DA JUSTIÇA NESTA ÁREA AGRAVOU A PATOLOGIA. NINGUÉM RESPONDEU FINANCEIRAMENTE POR NADA. Consagrou-se um espaço de actuação sem risco. O resultado está à vista: empobrecimento do país, enriquecimento ilícito e imoralidade pública.
O Ministério Público, a polícia, os tribunais devem assumir a sua quota-parte de responsabilidade na mudança da parábola do bom ladrão. “ROUBAR POUCO É CULPA, ROUBAR MUITO É GRANDEZA”. Até quando?»
(Dr.ª Maria José Morgado, directora do DIAP, in Expresso)

in: http://apodrecetuga.blogspot.com/

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