Bem Vindo, Neste Nosso Portugal pretende ser um sítio de reflexão e análise sobre o que nós portugueses realmente queremos para o nosso futuro. Não sei o que as gerações mais novas pensam sobre isso, certamente nada mas, se continuam assim caminhamos para o fim. Já faltou mais!
"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons." (M. Luther King)
"Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente." (Jiddu Krishnamurti)
"Ninguém está obrigado a cooperar em sua própria perda ou em sua própria escravatura, a Desobediência Civil é um direito imprescindível de todo o cidadão!" (Mahatma Ghandi)
"Alguns homens vêem as coisas como são e dizem "Porquê?". Eu sonho com as coisas que nunca foram e digo "Porque não?" (George Bernard Shaw)
“Não há covardia mais torpe que a covardia da inteligência, a burrice voluntária, a recusa de juntar os pontos e enxergar o sentido geral dos factos.” [Olavo de Carvalho]
Nota:
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Vergonha ou Obscenidade?
Chama-se "Agora é que conta", passa na TVI" e é apresentado por Fátima Lopes. O programa começa com dezenas de pessoas a agitar uns papéis. Os papéis são contas por pagar. Reparações em casa, prestações do carro, contas da electricidade ou de telefone. A maioria dos concorrentes parece ter, por o que diz, muito pouca folga financeira.
E a simpática Fátima, sempre pronta a ajudar em troca de umas figuras mais ou menos patéticas para o País poder acompanhar, presta-se a pagar duzentos ou trezentos euros de dívida. "Nos tempos que correm", como diz a apresentadora - e "os tempos que correm" quer sempre dizer crise -, a coisa sabe bem. No entretenimento televisivo, o grotesco é quase sempre transvestido de boas intenções.
Os concorrentes prestam-se a dar comida à boca a familiares enquanto a cadeira onde estão sentados agita, rebolam no chão dentro de espumas enormes ou tentam apanhar bolas de ping-pong no ar. Apesar da indigência absoluta do programa, nada disto é novo. O que é realmente novo são as contas por pagar transformadas num concurso "divertido".
Ao ver aquela triste imagem e a forma como as televisões conseguem transformar a tristeza em entretenimento, não consigo deixar de sentir que esta é a "beleza" do Capitalismo:
Tudo se vende, até as pequenas desgraças quotidianas de quem não consegue comprar o que se vende.
Houve um tempo em que gente corajosa se juntava para lutar por uma vida melhor e combater quem os queria na miséria. E ainda há muitos que não desistiram. Mas a televisão conseguiu de uma forma extraordinariamente eficaz o que os séculos de repressão nem sonharam:
Pôr a maioria a entreter-se com a sua própria desgraça. E o canal ainda ganha uns cobres com isso.
Diz-se que esta caixa mudou o Mundo.
Sim: consegue pôr tudo a render. Até as consequências da maior crise em muitas décadas.
Entretanto a apresentadora recebe 40.000€ por mês. Foi este o valor da transferência da SIC para a TVI. Uma proposta irrecusável segundo palavras da própria.
A pobre da Fátima Lopes só ganha 1290 euros por dia!!!.
Brincando com miséria dos outros, pobre povo português, sem alternativas, mas miseravelmente felizes.
Este artigo de Daniel Oliveira é sobre aquilo que nunca vi na TVI, mas que se visse reagiria, também, com indignação. É algo de escabroso que se houvesse um pouco de decência já não estaria a ser transmitido. Usar os desgraçados é um abuso intolerável, é brincar com as pessoas e a sua miséria.
PAGAR AS DÍVIDAS e fazer disso um espectáculo é obsceno.
A TVI torna-se, assim, uma obscenidade !...
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Com a Verdade me enganas…
Veio publicado na 2.ª Série do Diário da República um despacho do extraordinário João Duque, através do qual Eduardo Catroga é contratado para professor catedrático, o que parece que não lhe ocupará muito tempo [“a tempo parcial 0 %”], e, já que estamos com a mão na massa, o contrato produz “efeitos a partir de 1 de Setembro de 2008”.
Expliquem-me ( ??? ) lá os efeitos deste despacho.
Se contratado para o quadro a 0% do tempo, eu diria que talvez fosse para não trabalhar, mas para ter o lugar garantido.
Agora, contratado para além do quadro a tempo parcial 0% e ainda por cima com efeitos retroactivos a 01/09/2008, desculpem mas... não " estou a lobrigar" qualquer tipo de entendimento . Vá-se lá saber das intenções…
Com certeza que Mário Crespo, quando se voltar a cruzar com João Duque no seu programa 'Plano Inclinado', não deixará de lhe pedir que explique como este despacho irá contribuir para o desenvolvimento da ciência económica em Portugal.
Ou vai assobiar para o lado ?
"É DIFÍCIL ESQUECER, DE REPENTE, UM GRANDE AMOR !!!
PS: Que bem que falou este reformado (E. Catroga) na televisão, acerca da crise e das medidas duras e necessárias para a debelar !!!
Somos iludidos pela aparência do bem : " De minimis non curat praetor !!! " ( O PRETOR NÃO SE OCUPA DE MINUDÊNCIAS !!! )