"A liberdade é um luxo a que nem todos se podem permitir." (Otto Bismark)

"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons." (M. Luther King)

"Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente." (Jiddu Krishnamurti)

"Ninguém está obrigado a cooperar em sua própria perda ou em sua própria escravatura, a Desobediência Civil é um direito imprescindível de todo o cidadão!" (Mahatma Ghandi)

"Alguns homens vêem as coisas como são e dizem "Porquê?". Eu sonho com as coisas que nunca foram e digo "Porque não?" (George Bernard Shaw)

“Não há covardia mais torpe que a covardia da inteligência, a burrice voluntária, a recusa de juntar os pontos e enxergar o sentido geral dos factos.” [Olavo de Carvalho]

Neste Nosso Portugal©2009

Nota:

Este blog não obedece nem obedecerá a qualquer acordo ortográfico que seja um atentado à identidade do País

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Vergonha ou Obscenidade?

(10)Chama-se "Agora é que conta", passa na TVI" e é apresentado por Fátima Lopes. O programa começa com dezenas de pessoas a agitar uns papéis. Os papéis são contas por pagar. Reparações em casa, prestações do carro, contas da electricidade ou de telefone. A maioria dos concorrentes parece ter, por o que diz, muito pouca folga financeira.

E a simpática Fátima, sempre pronta a ajudar em troca de umas figuras mais ou menos patéticas para o País poder acompanhar, presta-se a pagar duzentos ou trezentos euros de dívida. "Nos tempos que correm", como diz a apresentadora - e "os tempos que correm" quer sempre dizer crise -, a coisa sabe bem. No entretenimento televisivo, o grotesco é quase sempre transvestido de boas intenções.

Os concorrentes prestam-se a dar comida à boca a familiares enquanto a cadeira onde estão sentados agita, rebolam no chão dentro de espumas enormes ou tentam apanhar bolas de ping-pong no ar. Apesar da indigência absoluta do programa, nada disto é novo. O que é realmente novo são as contas por pagar transformadas num concurso "divertido".

Ao ver aquela triste imagem e a forma como as televisões conseguem transformar a tristeza em entretenimento, não consigo deixar de sentir que esta é a "beleza" do Capitalismo:

Tudo se vende, até as pequenas desgraças quotidianas de quem não consegue comprar o que se vende.

Houve um tempo em que gente corajosa se juntava para lutar por uma vida melhor e combater quem os queria na miséria. E ainda há muitos que não desistiram. Mas a televisão conseguiu de uma forma extraordinariamente eficaz o que os séculos de repressão nem sonharam:

Pôr a maioria a entreter-se com a sua própria desgraça. E o canal ainda ganha uns cobres com isso.

Diz-se que esta caixa mudou o Mundo.

Sim: consegue pôr tudo a render. Até as consequências da maior crise em muitas décadas.

Entretanto a apresentadora recebe 40.000€ por mês. Foi este o valor da transferência da SIC para a TVI. Uma proposta irrecusável segundo palavras da própria.

A pobre da Fátima Lopes só ganha 1290 euros por dia!!!.

Brincando com miséria dos outros, pobre povo português, sem alternativas, mas miseravelmente felizes.

Este artigo de Daniel Oliveira é sobre aquilo que nunca vi na TVI, mas que se visse reagiria, também, com indignação. É algo de escabroso que se houvesse um pouco de decência já não estaria a ser transmitido. Usar os desgraçados é um abuso intolerável, é brincar com as pessoas e a sua miséria.
PAGAR AS DÍVIDAS e fazer disso um espectáculo é obsceno.
A TVI torna-se, assim, uma obscenidade !...

in http://democraciaemportugal.blogspot.com/

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Com a Verdade me enganas…


eduardocatroga
Veio publicado na 2.ª Série do Diário da República um despacho do extraordinário João Duque, através do qual Eduardo Catroga é contratado para professor catedrático, o que parece que não lhe ocupará muito tempo [“a tempo parcial 0 %”], e, já que estamos com a mão na massa, o contrato produz “efeitos a partir de 1 de Setembro de 2008”.

Expliquem-me ( ??? ) lá os efeitos deste despacho.

Se contratado para o quadro a 0% do tempo, eu diria que talvez fosse para não trabalhar, mas para ter o lugar garantido.

Agora,  contratado para além do quadro a tempo parcial 0% e ainda por cima com efeitos retroactivos a 01/09/2008, desculpem mas...  não " estou a lobrigar" qualquer tipo de entendimento . Vá-se lá saber das intenções…

Com certeza que Mário Crespo, quando se voltar a cruzar com João Duque no seu programa 'Plano Inclinado', não deixará de lhe pedir que explique como este despacho irá contribuir para o desenvolvimento da ciência económica em Portugal.

Ou vai assobiar para o lado ?


"É DIFÍCIL ESQUECER, DE REPENTE, UM GRANDE AMOR !!!  
   
PS: Que bem que falou este reformado (E. Catroga) na televisão, acerca da crise e das medidas duras e necessárias para a debelar !!! 


Somos iludidos pela aparência do bem : " De minimis non curat praetor !!! " (  O  PRETOR NÃO SE OCUPA DE MINUDÊNCIAS !!! )

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Jiddu Krishnamurti

"Dizíamos, o quão importante é trazer à luz da mente humana, a revolução radical. A crise é uma crise que não pode continuar a aceitar as velhas normas, os antigos padrões, as tradições antigas e considerando o que o mundo é neste momento, com toda a miséria, conflito, brutalidade destrutiva e por aí fora. O homem é ainda, como já o era, brutal, violento, agressivo, acumulador, competitivo. E... construiu uma sociedade nestes termos."

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O verdadeiro Mário Soares

        Agora que todos devemos pensar um pouco na escolha dos que nos devem governar, vai sendo tempo de ler e meditar sobre quem já nos governou, GOVERNANDO-SE.

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*Mário Soares*

Outra faceta distingue a candidatura de Mário Soares a Belém das anteriores,
surge após a edição de Contos Proibidos - Memórias de um PS desconhecido,

do seu ex-companheiro de partido Rui Mateus.
O livro, que noutra democracia europeia daria escândalo e inquérito judicial veio a público nos últimos meses do segundo mandato presidencial de Soares e foi ignorado pelos poderes da República.

 

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Em síntese, que diz Mateus ? Que, após ganhar as primeiras presidenciais, 1986, Soares fundou com alguns amigos políticos um grupo empresarial destinado a usar os fundos financeiros remanescentes da campanha. Que a esse grupo competia canalizar apoios monetários antes dirigidos ao PS, tanto mais que Soares detestava quem lhe sucedeu no partido, Vítor Constâncio (um anti-soarista),e procurava uma dócil alternativa a essa liderança.

Que um dos objectivos da recolha de dinheiros era para financiar a reeleição de Soares.

Que, não podendo presidir ao grupo por razões óbvias, Soares colocou os amigos como testas-de-ferro, embora reunisse amiúde com eles para orientar a estratégia das empresas, tanto em Belém como nas suas residências particulares.

 

Que, no exercício do seu "magistério de influência" (palavras suas noutro contexto), convocou alguns magnatas internacionais - Rupert Murdoch, Sílvio Berlusconi, Robert Maxwell e Stanley Ho - para o visitarem na Presidência da República e se associarem ao grupo, a troco de avultadas quantias que pagariam para facilitação dos seus investimentos em Portugal.

Note-se que o "Presidente de todos os portugueses" não convidou os empresários a investir na economia nacional, mas apenas no seu grupo, apesar dos contribuintes suportarem despesas de estada.

Que moral tem um país para criticar Avelino Ferreira Torres, Isaltino Morais, Valentim Loureiro ou Fátima Felgueiras se acha normal uma candidatura presidencial manchada por estas revelações ?

E que foi feito dos negócios do Presidente Soares ?

Pela relevância do tema, ficará para próximo desenvolvimento.

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*Parte 2*

publicado a 10 de Setembro de 2005, na Grande Reportagem nº 244

A rede de negócios que Soares dirigiu enquanto Presidente foi sedeada na empresa Emaudio, agrupando um núcleo de próximos seus, dos quais António Almeida Santos eterna ponte entre política e vida económica, Carlos Melancia seu ex-ministro, e o próprio filho, João.

A figura central era Rui Mateus, que detinha 60 mil acções da Fundação de Relações Internacionais (subtraída por Soares à influência do PS após abandonar a sua liderança), as quais eram do Presidente mas de que fizera o outro fiel depositário na sua permanência em Belém, relata Mateus em Contos Proibidos.

Soares controlaria assim a Emaudio pelo seu principal testa-de-ferro no grupo empresarial. Diz Mateus que o Presidente queria investir nos média: daí o convite inicial para Sílvio Berlusconi (o grande senhor da TV italiana, mas ainda longe de conquistar o governo) visitar Belém. Acordou-se a sua entrada com 40% numa empresa em que o grupo de Soares reteria o resto, mas tudo se gorou por divergências no investimento. Soares tentou então a sorte com Rupert Murdoch, que chegou a Lisboa munido de um memorando interno sobre a associação a "amigos íntimos e apoiantes do Presidente Soares", com vista a "garantir o controlo de interesses nos média favoráveis ao Presidente Soares e, assumimos, apoiar a sua reeleição".

Interpôs-se porém outro magnata, Robert Maxwell, arqui-rival de Murdoch, que invocou em Belém credenciais socialistas. Soares daria ordem para se fazer o negócio com este. O empresário inglês passou a enviar à Emaudio 30 mil euros mensais.

Apesar de os projectos tardarem, a equipa de Soares garantira o seu "mensalão". Só há quatro anos foi criminalizado o tráfico de influências em Portugal, com a adesão à Convenção Penal Europeia contra a Corrupção. Mas a ética política é um valor permanente, e as suas violações não prescrevem. Daí a actualidade destes factos, com a recandidatura de Soares.

O então Presidente ficaria aliás nervoso com a entrada em cena das autoridades judiciais, episódio a merecer análise própria.

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*Parte 3*

publicado a 17 de Setembro de 2005, na Grande Reportagem nº 245

A empresa Emaudio, dirigida na sombra pelo Presidente Soares, arrancou pouco após a sua eleição e, segundo Rui Mateus em Contos Proibidos, contava "com muitas dezenas de milhares de contos "oferecidos" por (Robert) Maxwell (...) consideráveis valores oriundos do "ex-MASP" e uma importante contribuição de uma empresa próxima de Almeida Santos." Ao nomear governador de Macau um homem da Emaudio, Carlos Melancia, Soares permite juntar no território administração pública e negócios privados. Acena-se a Maxwell a entrega da estação pública de TV local, com a promessa de fabulosas receitas publicitárias. Mas, face a dificuldades técnicas, o inglês, tido por Mateus como "um dos grandes vigaristas internacionais", recua.  O esquema vem a público, e Soares acusa os gestores da Emaudio de lhe causarem perda de popularidade, anuncia-lhes alterações ao projecto e exige a Mateus as acções de que é depositário e permitem controlar a empresa.

O testa-de-ferro, fiel soarista, será cilindrado - tal como há semanas sucedeu noutro contexto a Manuel Alegre.
Mas antes resiste, recusando devolver as acções e esperando a reformulação do negócio. E, quando uma empresa reclama por não ter contrapartida dos 50 mil contos (250 mil euros) pagos para obter um contrato na construção do novo aeroporto de Macau, Mateus propõe o envio do fax a Melancia exigindo a devolução da verba.

O Governador cala-se. Almeida Santos leva a mensagem a Soares, que também se cala. Então Mateus dá o documento a 'O Independente, daqui nascendo o escândalo do fax de Macau". Em plena visita de Estado a Marrocos, ao saber que o Ministério Público está a revistar a sede da Emaudio, o Presidente envia de urgência a Lisboa Almeida Santos (membro da sua comitiva) para minimizar os estragos. Mas o processo é inevitável. Se Melancia acaba absolvido, Mateus e colegas são condenados como corruptores. Uma das revelações mais curiosas do seu livro é que o suborno (sob o eufemismo de dádiva pública") não se destinou de facto a Melancia mas "à Emaudio ou a quem o Presidente da República decidisse".

 

Quem afinal devia ser réu ?

Os factos nem parecem muito difíceis de confirmar, ou desmentir, e no entanto é mais fácil, mais confortável, ignorá-los, não se confia na justiça ou porque não se acredita que funcione em tempo útil, ou por que se tem medo que funcione, em vida, e as dúvidas, os boatos, os rumores, a 'fama  persistem. E é assim, passo a passo, que lentamente se vai destruindo de vez a confiança dos portugueses nas instituições.
Por incúria, por medo, por desleixo, até por arrogância, porventura de fantasmas e até... da própria sombra.

N.A. Como adenda, e perdoem-me o sarcasmo que é preciso por as coisas no seu devido lugar, talvez conviesse meditar no generoso silêncio dedicado ao conteúdo destes artigos de Vieira, e ao livro de Mateus, por parte de alguns dos e (ste) ticistas do regime quando comparado com a, também ela generosa, campanha em curso contra alguns 'antros' 'anônimos de pensamento livre e desalinhado...

Ou, será que as coisas já evoluíram tanto, tanto, que agora só existem depois de serem tratadas em blog ?

É que a Grande Reportagem tem uma tiragem superior a 100000 exemplares, nós ainda não...
Entretanto, por essas e por outras, do Brasil até gozam...

Como adenda suplementar convém frisar que o problema não é novo, ou sequer isolado, antes é estrutural e crónico.

Atente-se na GALP e nas maravilhas que por lá se passa (ra) m. No mínimo, os factos - 'estranhos - mereceriam uma investigação apurada, judicial e jornalística, no entanto...

 

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*O Polvo, Parte 4*

publicado a 24 de Setembro de 2005, na Grande Reportagem nº 246.

por Joaquim Vieira.

Ao investigar o caso de corrupção na base do "fax de Macau", o Ministério Público entreviu a dimensão da rede dos negócios então dirigidos pelo Presidente Soares desde Belém.

A investigação foi encabeçada por António Rodrigues Maximiano, Procurador-geral adjunto da República, que a dada altura se confrontou com a eventualidade de inquirir o próprio Soares.


Questão demasiado sensível, que Maximiano colocou ao então Procurador-geral da República, Narciso da Cunha Rodrigues. Dar esse passo era abrir a Caixa de Pandora, implicando uma investigação ao financiamento dos partidos políticos, não só do PS mas também do PSD - há quase uma década repartindo os governos entre si.

A previsão era catastrófica: operação "mãos limpas" à italiana, colapso do regime, república dos Juízes.
Cunha Rodrigues, envolvido em conciliábulos com Soares em Belém, optou pela versão mínima: deixar de fora o Presidente e limitar o caso a apurar se o governador de Macau, Carlos Melancia, recebera um suborno de 250 mil euros.

Entretanto, já Robert Maxwel abandonara a parceria com o grupo empresarial de Soares, explicando a decisão em carta ao próprio Presidente.

Mas logo a seguir surge Stanley Ho a querer associar-se ao grupo soarista, intenção que segundo relata Rui Mateus em Contos Proibidos, o magnata dos casinos de Macau lhe comunica "após consulta ao Presidente da República, que ele sintomaticamente apelida de boss.

Só que Mateus cai em desgraça, e Ho negociará o seu apoio com o próprio Soares, durante uma "presidência aberta" que este efectua na Guarda.

Acrescenta Mateus no livro que o grupo de Soares queria ligar-se a Ho e à Interfina (uma empresa portuguesa arregimentada por Almeida Santos) no gigantesco projecto de assoreamento e desenvolvimento urbanístico da baía da Praia Grande, em Macau, lançado ainda por Melancia, e onde estavam previstos lucros de milhões de contos".

Com estas operações, esclarece ainda Mateus, o Presidente fortalecia uma nova instituição:

a Fundação Mário Soares. Inverosímil?

Nada foi desmentido pelos envolvidos, nem nunca será.

 

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*O Polvo, Parte 5, conclusão*

publicado a 1 de Outubro de 2005, na Grande Reportagem nº 247
Por Joaquim Vieira.


As revelações de Rui Mateus sobre os negócios do Presidente Soares, em Contos Proibidos, tiveram impacto político nulo e nenhuns efeitos.

Em vez de investigar práticas porventura ilícitas de um Chefe de Estado, os jornalistas preferiram crucificar o autor pela "traição" a Soares (uma tese académica elaborada por Estrela Serrano, ex-assessora de imprensa em Belém,
revelou as estratégias de sedução do Presidente sobre uma comunicação social que sempre o tratou com indulgência.)


Da parte dos soaristas, imperou a lei do silêncio: comentar o tema era dar o flanco a uma fragilidade imprevisível. Quando o livro saiu, a RTP procurou um dos visados para um frente-a-frente com Mateus - todos recusaram. A omertá mantém-se: o desejo dos apoiantes de Soares é varrer para debaixo do tapete esta história (i) moral da III República, e o próprio, se interrogado sobre o assunto, dirá que não fala sobre minudências, mas sobre os grandes problemas da Nação. Com a questão esquecida, Soares terminou em glória uma histórica carreira política, mas o anúncio da sua recandidatura veio acordar velhos fantasmas.

O mandatário, Vasco Vieira de Almeida, foi o autor do acordo entre a Emaudio e Robert Maxwell. Na cerimónia do Altis, viram-se figuras centrais dos negócios soaristas, como Almeida Santos ou Ilídio Pinho, que o Presidente fizera aliar a Maxwell.

Dos notáveis próximos da candidatura do "pai da pátria", há também homens da administração de Macau sob a tutela de Soares, como António Vitorino e Jorge Coelho, actuais eminências pardas do PS, ou Carlos Monjardino, conselheiro para a gestão dos fundos soaristas e presidente de uma fundação formada com os dinheiros de Stanley Ho.

Outros ex-"macaenses" influentes são o ministro da Justiça Alberto Costa, que, como director do Gabinete da Justiça do território, interveio para minorar os estragos entre o soarismo e a Emaudio, ou o presidente da CGD por nomeação de Sócrates, que o Governador Melancia pôs à frente das obras do aeroporto de Macau.

Será o Polvo apenas uma teoria de conspiração ?


E depois, Macau, sempre Macau...

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2005-10-27 - 02:45:00 Joaquim Vieira, despedido

Joaquim Vieira, director da 'Grande Reportagem', detida pelo grupo Controlinveste, foi despedido.

O jornalista foi igualmente informado de que a revista será fechada.
As razões de tais medidas são desconhecidas.
Recorde-se que Vieira tem vindo a escrever sobre o polémico livro de Rui Mateus, onde se aludia a ligações do PS de Soares ao caso Emáudio.

Portugal marca presença em Timor, durante uma cerimónia oficial... a dormir!

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Portugal no seu melhor! É uma vergonha!
A personagem que dorme profundamente, durante uma cerimónia oficial, é o Excelentíssimo Embaixador de Portugal em Timor.
Quem aproveitou a ocasião para tirar uma fotografia, foi o Presidente da República de Timor, Ramos Horta.
Uma verdadeira pérola, esta série de duas fotografias. 
Espero bem que cheguem ambas ao conhecimento do Ministro de Negócios Estrangeiros de Portugal, para demitir o Embaixador, o qual não sabe exercer as suas funções, com a devida compostura.

E os restantes elementos riem da figurinha...

Devem-me dinheiro!

Sábado, Novembro 27, 2010

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José Sócrates em 2001 prometeu que não ia aumentar os impostos. E aumentou. Deve-me dinheiro. António Mexia da EDP comprou uma sinecura para Manuel Pinho em Nova Iorque. Deve-me o dinheiro da sinecura de Pinho. E dos três milhões de bónus que recebeu. E da taxa da RTP na conta da luz. Deve-me a mim e a Francisco C. que perdeu este mês um dos quatro empregos de uma loja de ferragens na Ajuda onde eu ia e que fechou. E perderam-se quatro empregos. Por causa dos bónus de Mexia. E da sinecura de Pinho. E das taxas da RTP. Aníbal Cavaco Silva e a família devem-me dinheiro. Pelas acções da SLN que tiveram um lucro pago pelo BPN de 147,5 %. Num ano. Manuel Dias Loureiro deve-me dinheiro. Porque comprou por milhões coisas que desapareceram na SLN e o BPN pagou depois. E eu pago pelo BPN agora. Logo, eu pago as compras de Dias Loureiro. E pago pelos 147,5 das acções dos Silva. Cavaco Silva deve-me muito dinheiro. Por ter acabado com a minha frota pesqueira em Peniche e Sesimbra e Lagos e Tavira e Viana do Castelo. Antes, à noite, viam-se milhares de luzes de traineiras. Agora, no escuro, eu como a Pescanova que chega de Vigo. Por isso Cavaco deve-me mais robalos do que Godinho alguma vez deu a Vara. Deve-me por ter vendido a ponte que Salazar me deixou e que eu agora pago à Mota Engil. António Guterres deve-me dinheiro porque vendeu a EDP. E agora a EDP compra cursos em Nova Iorque para Manuel Pinho. E cobra a electricidade mais cara da Europa. Porque inclui a taxa da RTP para os ordenados e bónus da RTP. E para o bónus de Mexia. A PT deve-me dinheiro. Porque não paga impostos sobre tudo o que ganha. E eu pago. Eu e a D. Isabel que vive na Cova da Moura e limpa três escritórios pelo mínimo dos ordenados. E paga Impostos sobre tudo o que ganha. E ficou sem abonos de família. E a PT não paga os impostos que deve e tenta comprar a estação de TV que diz mal do Primeiro-ministro. Rui Pedro Soares da PT deve-me o dinheiro que usou para pagar a Figo o ménage com Sócrates nas eleições. E o que gastou a comprar a TVI. Mário Lino deve-me pelos lixos e robalos de Godinho. E pelo que pagou pelos estudos de aeroportos onde não se vai voar. E de comboios em que não se vai andar. E pelas pontes que projectou e que nunca ligarão nada. Teixeira dos Santos deve-me dinheiro porque em 2008 me disse que as contas do Estado estavam sãs. E estavam doentes. Muito. E não há cura para as contas deste Estado. Os jornalistas que têm casas da Câmara devem-me o dinheiro das rendas. E os arquitectos também. E os médicos e todos aqueles que deviam pagar rendas e prestações e vivem em casas da Câmara, devem-me dinheiro. Os que construíram dez estádios de futebol devem-me o custo de dez estádios de futebol. Os que não trabalham porque não querem e recebem subsídios porque querem, devem-me dinheiro. Devem-me tanto como os que não pagam renda de casa e deviam pagar. Jornalistas, médicos, economistas, advogados e arquitectos deviam ter vergonha na cara e pagar rendas de casa. Porque o resto do país paga. E eles não pagam. E não têm vergonha de me dever dinheiro. Nem eles nem Pedro Silva Pereira que deve dinheiro à natureza pela alteração da Zona de Protecção Especial de Alcochete. Porque o Freeport foi feito à custa de robalos e matou flamingos. E agora para pagar o que devem aos flamingos e ao país vão vendendo Portugal aos chineses. Mas eles não nos dão robalos suficientes apesar de nos termos esquecido de Tien Amen e da Birmânia e do Prémio Nobel e do Google censurado. Apesar de censurarmos, também, a manifestação da Amnistia, não nos dão robalos. Ensinam-nos a pescar dando-nos dinheiro a conta gotas para ir a uma loja chinesa comprar canas de pesca e isco de plástico e tentar a sorte com tainhas. À borda do Tejo. Mas pesca-se pouca tainha porque o Tejo vem sujo. De Alcochete. Por isso devem-me dinheiro. A mim e aos 600 mil que ficaram desempregados e aos 600 mil que ainda vão ficar sem trabalho. E à D. Isabel que vai a esta hora da noite ou do dia na limpeza de mais um escritório. Normalmente limpa três. E duas vezes por semana vai ao Banco Alimentar. E se está perto vai a um refeitório das Misericórdias. À Sexta come muito. Porque Sábado e Domingo estão fechados. E quando está doente vai para o centro de saúde às 4 da manhã. E limpa menos um escritório. E nessa altura ganha menos que o ordenado mínimo. Por isso devem-nos muito dinheiro. E não adianta contratar o Cobrador do Fraque. Eles não têm vergonha nenhuma. Vai ser preciso mais para pagarem. Muito mais. Já.

Mário Crespo

terça-feira, 16 de novembro de 2010

A mamã do Primeiro-Ministro

A mamã Adelaide e a misteriosa pensão superior a 3000 euros

Divorciada nos anos 60 de Fernando Pinto de Sousa, "viveu modestamente em Cascais como empregada doméstica, tricotando
  botinhas e cachecóis...". (24 H)

Admitamos que, na sequência do divórcio ficou com o chalet (r/c e 1º andar).

Admitamos ainda, que em 1998, altura em que comprou o apartamento na Rua Braamcamp, o fez com o produto da venda da vivenda referida,   feita nesse mesmo ano.

Neste mesmo ano, declarou às Finanças um rendimento anual inferior a 250 €. (CM), o que pressupõe não ter qualquer pensão de valor  superior, nem da Segurança Social nem da CGA.

Entretanto morre o pai (Júlio Araújo Monteiro) que lhe deixa "uma pequena fortuna, de cujos rendimentos em parte vive hoje" (24H).

Por que neste momento, aufere do Instituto Financeiro da Segurança Social (organismo público que faz a gestão do orçamento da Segurança Social) uma pensão superior a 3.000 € (CM), seria lícito deduzir - caso não tivesse tido outro emprego a partir dos 65 anos - que, considerando a idade normal para a pensão de 65 anos, a mesma lhe teria sido concedida em 1996 (1931+ 65).  Só que, por que em 1998 a dita pensão não consta dos seus rendimentos, forçoso será considerar que a partir desse mesmo ano,   1998 desempenhou um lugar que lhe acabou por garantir uma pensão de  (vamos por baixo): 3.000 €.

Abstraindo a aplicação da esdrúxula forma de cálculo actual, a pensão teria sido calculada sobre os 10 melhores anos de 15 anos de contribuições, com um valor de 2% /ano e uma taxa global de pensão de 80%.

Por que a "pequena fortuna " não conta para a pensão; por que o I.F.S.S. não funciona como entidade bancária que, paga dividendos face a investimentos ali feitos (depósitos); por que em 1998 o seu rendimento foi de 250 €; para poder usufruir em 2008 uma pensão de 3.000 €, será por que (ainda que considerando que já descontava para a Segurança Social como empregada doméstica e perfez os 15 anos para  poder ter direito a pensão), durante o período (pós 1998), nos ditos melhores 10 anos, a remuneração mensal foi tal que deu uma média de 3.750 €/mês para efeitos do cálculo da pensão final. (3.750 x 80% = 3.000).

Ora, como uma pensão de 3.000 €, não se identifica com os "rendimentos " provenientes da pequena fortuna do pai, a senhora tem uma pensão acrescida de outros rendimentos.

Como em nenhum dos jornais se fala em habilitações que a senhora tenha adquirido, que lhe permitisse ultrapassar o tal serviço doméstico remunerado, parece poder depreender-se que as habilitações que tinha nos anos 60 eram as mesmas que tinha quando ocupou o tal lugar que lhe rendeu os ditos 3.750 €/mês.

Pode-se saber qual foram as funções desempenhadas que lhe permitiram poder receber tal pensão?

E há mais...

A Adelaide comprou um apartamento na Rua Braamcamp, em Lisboa, a uma sociedade off-shore com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, apurou o Correio da Manhã.

Em Novembro de 1998, nove meses depois de José Sócrates se ter mudado para o terceiro andar do prédio Heron Castilho, a mãe do primeiro-ministro adquiria o quarto piso, letra E, com um valor tributável de 44 923 000 escudos - cerca de 224 mil euros -, sem recurso a qualquer empréstimo bancário e auferindo um rendimento anual declarado nas Finanças que foi inferior a 250 euros (50 contos).

Ora vejam lá como a senhora deve ter sido poupadinha durante toda a vida.

Com um rendimento anual de 50 contos, que nem dá para comprar um mínimo de alimentação mensal, ainda conseguiu juntar 224.000 euros para comprar um apartamento de luxo, não em Oeiras ou Almada, na Picheleira ou no Bairro Santos, mas no fabuloso edifício Heron, no nº40, da rua Braamcamp, a escassos metros do Marquês de Pombal e numa das mais nobres e caras zonas de Lisboa.

Notável exemplo de vida espartana que permitiu juntar uns dinheiritos largos para comprar casa no inverno da velhice.

Vocês lembram-se daquela ideia genial do Teixeira dos Santos, que queria que pagássemos imposto se dessemos 500 euros aos filhos? Quem terá ajudado, com algum cacau, para que uma cidadã, que declarou às Finanças um RENDIMENTO ANUAL de 50 contos, pudesse pagar A PRONTO, a uma sociedade OFFSHORE, os tais 224.000 euros?

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O Otelo… (se calhar) é que tinha razão…

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Carta de um cliente ao seu Banco

 (Esta carta foi direccionada ao banco BES, porém devido à criatividade com que foi redigida, deveria ser direccionada a todas as instituições financeiras.) 

      Exmos. Senhores Administradores do BES 

Gostaria de saber se os senhores aceitariam pagar uma taxa, uma pequena taxa mensal, pela existência da padaria na esquina da v/. Rua, ou pela existência do posto de gasolina ou da farmácia ou da tabacaria, ou de qualquer outro desses serviços indispensáveis ao nosso dia-a-dia.  

Funcionaria desta forma: todos os senhores e todos os usuários pagariam uma pequena taxa para a manutenção dos serviços (padaria, farmácia, mecânico, tabacaria, frutaria, etc.). Uma taxa que não garantiria nenhum direito extraordinário ao utilizador. Serviria apenas para enriquecer os proprietários sob a alegação de que serviria para manter um serviço de alta qualidade ou para amortizar investimentos. Por qualquer outro produto adquirido (um pão, um remédio, uns litro de combustível, etc.) o usuário pagaria os preços de mercado ou, dependendo do produto, até ligeiramente acima do preço de mercado.  

Que tal? 

Pois, ontem saí do BES com a certeza que os senhores concordariam com tais taxas. Por uma questão de equidade e honestidade. A minha certeza deriva de um raciocínio simples.  

Vamos imaginar a seguinte situação: eu vou à padaria para comprar um pão. O padeiro atende-me muito gentilmente, vende o pão e cobra o serviço de embrulhar ou ensacar o pão, assim como todo e qualquer outro serviço. Além disso impõe-se taxas de. Uma 'taxa de acesso ao pão', outra 'taxa por guardar pão quente' e ainda uma 'taxa de abertura da padaria'. Tudo com muita cordialidade e muito profissionalismo, claro.  

Fazendo uma comparação que talvez os padeiros não concordem, foi o que ocorreu comigo no meu Banco. 

Financiei um carro, ou seja, comprei um produto do negócio bancário. Os senhores cobram-me preços de mercado, assim como o padeiro cobra-me o preço de mercado pelo pão.  

Entretanto, de forma diferente do padeiro, os senhores não se satisfazem cobrando-me apenas pelo produto que adquiri. 

Para ter acesso ao produto do v/. negócio, os senhores cobram-me uma 'taxa de abertura de crédito'-equivalente àquela hipotética 'taxa de acesso ao pão', que os senhores certamente achariam um absurdo e se negariam a pagar  

Não satisfeitos, para ter acesso ao pão, digo, ao financiamento, fui obrigado a abrir uma conta corrente no v/. Banco. Para que isso fosse possível, os senhores cobram-me uma  'taxa de abertura de conta'.  

Como só é possível fazer negócios  com os senhores depois de abrir uma conta, essa 'taxa de abertura de conta' se assemelharia a uma 'taxa de abertura de padaria', pois só é possível fazer negócios com o padeiro, depois de abrir a padaria.  

Antigamente os empréstimos bancários eram popularmente conhecidos como 'Papagaios'. Para gerir o 'papagaio', alguns gerentes sem escrúpulos cobravam 'por fora', o que era devido. Fiquei com a impressão que o Banco resolveu antecipar-se aos gerentes sem escrúpulos. Agora, ao contrário de 'por fora' temos muitos 'por dentro'.  

Pedi um extracto da minha conta - um único extracto no mês - os senhores cobram-me uma taxa de 1 EUR. Olhando o extracto, descobri uma outra taxa de 5 EUR 'para manutenção da conta' - semelhante àquela 'taxa de existência da padaria na esquina da rua'.  

A surpresa não acabou. Descobri outra taxa de 25 EUR a cada trimestre - uma taxa para manter um limite especial que não me dá nenhum direito. Se eu utilizar o limite especial vou pagar os juros mais altos do mundo. Semelhante àquela 'taxa por guardar o pão quente'.  

Mas os senhores são insaciáveis. 

A prestável funcionária que me atendeu, entregou-me um desdobrável onde  sou informado que me cobrarão taxas por todo e qualquer movimento que eu fizer. 

Cordialmente, retribuindo tanta gentileza, gostaria de alertar que os senhores se devem ter esquecido de cobrar o ar que respirei enquanto estive nas instalações de v/. Banco.  

Por favor, esclareçam-me uma dúvida: até agora não sei se comprei um financiamento ou se vendi a alma? 

Depois de eu pagar as taxas correspondentes talvez os senhores me respondam informando, muito cordial e profissionalmente, que um serviço bancário é muito diferente de uma padaria. Que a v/. responsabilidade é muito grande, que existem inúmeras exigências legais, que os riscos do negócio são muito elevados, etc., etc., etc. e que apesar de lamentarem muito e de nada poderem fazer, tudo o que estão a cobrar está devidamente coberto pela lei, regulamentado e autorizado pelo Banco de Portugal. Sei disso, como sei também que existem seguros e garantias legais que protegem o v/. negócio de todo e qualquer risco. Presumo que os riscos de uma padaria, que não conta com o poder de influência dos senhores, talvez sejam muito mais elevados.  

Sei que são legais, mas também sei que são imorais. Por mais que  estejam protegidos pelas leis, tais taxas são uma imoralidade. O cartel algum dia vai acabar e cá estaremos depois para cobrar da mesma forma.  

 

 

A REVOLUÇÃO APROXIMA-SE!!!

 

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Quanto ganham os “boys” do PS

 

Quanto ganham os "boys" do PS(clique para artigo completo)

In Sábado - 07-10-2010

Há ex-ministros, ex-secretários de Estado, ex-assessores políticos e até quem tenha passado directamente da gestão da Federação Portuguesa de Rugby para a gestão dos aeroportos de Portugal.

 Ana Taborda/ Maria Henrique Espada/ Patrícia Silva Alves

Na semana passada, o Governo anunciou as medidas de austeridade mais duras dos últimos anos: cortes de 5% nos salários da função pública, redução dos apoios sociais, como o abono de família, congelamento das pensões na função pública e aumentos de impostos, entre os quais 2% no IVA.

 No dia 23 de Julho passado, o Governo anunciou mais uma nomeação para uma empresa pública: trata-se de Ana Tomaz, 35 anos, administradora da Estradas de Portugal, com um salário anual bruto de 151.200 euros, mais carro de serviço, combustível e telemóvel. Na véspera da sua nomeação, esta engenheira civil sem qualquer experiência de gestão era adjunta do secretário de Estado das Obras Públicas, Paulo Campos, no Governo.
Este é só um dos exemplos de figuras próximas do PS colocadas pelo Governo em institutos públicos, fundações, entidades reguladoras ou empresas do Estado, mesmo durante a crise. A SÁBADO foi ver onde estão, quanto ganham, que regalias têm e qual o seu currículo na área.

 Os cortes agora anunciados nos salários da função pública afectarão algumas destas remunerações, até um máximo de 10% (o escalonamento ainda não foi anunciado), com excepção da Galp e da Cimpor, que são empresas privadas com capitais públicos minoritários, onde estão Fernando Gomes e António Castro Guerra, e da FIAD, que é uma fundação de direito privado, onde foi colocada Maria de Lurdes Rodrigues.

 ADMINISTRADOR DA ANACOM - FILIPE BAPTISTA €198.772

Filipe Baptista foi durante muitos anos um dos colaboradores mais próximos de José Sócrates: primeiro como seu chefe de gabinete ainda no Ministério do Ambiente (1999 a 2002), depois como seu secretário de Estado adjunto (até 26 Outubro de 2009). No dia 12 de Novembro do mesmo ano, foi nomeado vogal do Conselho de Administração da Anacom, a entidade reguladora para a área das comunicações. Passou apenas 17 dias desempregado. Triplicou o ordenado que recebia como membro do Governo — de cerca de 644oo euros anuais, mais despesas de representação, para 198.772 euros por ano. Tem ainda direito a viatura de serviço, sem motorista.
Durante os últimos anos, foi o único membro do Governo com gabinete na residência oficial do primeiro-ministro e teve sempre assento no Conselho de Ministros. Fazia parte da equipa restrita que preparava os debates de Sócrates no Parlamento. Antes, na oposição, nunca deixou de ter influência junto de José Sócrates: era uma das quatro pessoas que ajudavam o actual líder do PS a preparar os frente-a-frente com Santana Lopes na RTP.
O que lhe sobra em experiência política falta-lhe em currículo na área das comunicações - para a qual foi nomeado. O seu currículo oficial praticamente só tem referências a cargos no sector público e a uma experiência como professor de Direito. O próprio defende: “Não acredito que para alguém de boa fé eu tenha passado a ‘incapacitado’ pelo facto de ter pertencido — com muita honra e orgulho - ao XVII Governo Constitucional.”

ADMINISTRADORA DA ESTRADAS DE PORTUGAL - ANA TOMAZ €151.200

Há três anos, Ana Sofia Côrte-Real Tomaz era um quadro médio da Estradas de Portugal, coordenadora de Estudos e Projectos. Hoje, aos 35 anos, é vogal do Conselho de Administração da empresa pública, responsável, entre outras, pela importante direcção de concessões, e com um salário bruto mensal de 10.800 euros (151.zoo por ano), mais viatura de serviço, combustível e telemóvel. Pelo meio, há um detalhe importante no seu currículo: foi assessora do secretário de Estado adjunto das Obras Públicas e Comunicações Paulo Campos, durante três anos. “Faz parte do círculo estrito de confiança dele”, conta uma fonte do sector.
Ana Tomar foi nomeada para a administração da Estradas de Portugal (EP) no dia 23 de Julho deste ano, já depois do aumento de impostos anunciado no PEC 11 e pouco antes das novas medidas de austeridade previstas no orçamento. “A nomeação causou enorme surpresa na EP, quase constrangimento, porque Ana Tomaz não tem experiência de gestão e não é normal uma antiga técnica passar assim para o Conselho de Administração”, admite uma fonte do próprio Ministério das Obras Públicas.

Em Setembro de 2008, foi ainda nomeada para administradora da Fundação para as Comunicações Móveis (FCM), gestora dos programas e.escola, que incluem os contratos e encomendas dos computadores Magalhães. Mas na primeira reunião demitiu-se.

No Conselho de Administração da FCM está agora Daniel Adrião, ex-jornalista, também ele membro do gabinete de Paulo Campos. Adrião explica assim o seu percurso até lá: “Fui jornalista 10 anos. No Semanário e depois como colaborador da Visão. Fiz assessoria de comunicação em vários sítios. Em 2006 surgiu o convite para trabalhar com o secretário de Estado Paulo Campos e foi em função do meu trabalho no gabinete que fui para a FCM.” Adrião, que iniciou a militância política na JS (chegou a candidatar-se a líder), foi alguns anos responsável pela organização do Carnaval de Alcobaça e candidato à câmara local pelo PS. Na FCM, garante que não tem vencimento — receberá apenas senhas de presença, de 100 euros cada. Jorge Costa. deputado do PSD que esteve na comissão parlamentar que investigou a FCM, põe em causa a ausência de regalias: “O anterior presidente do Conselho de Administração reconheceu à comissão que houve pagamentos aos administradores.” A SÁBADO tentou voltara falar com Adrião para confirmara informação, mas o militante do PS não atendeu o telefone nem respondeu a mensagens.

O gabinete de Paulo Campos limitou-se a explicar à SÁBADO que as nomeações se “baseiam no escrupuloso cumprimento da lei e recaem na escolha de pessoas com o perfil mais adequado para cada cargo.”

PRESIDENTE E ADMINISTRADOR DA NAV  - AUGUSTO JOSÉ PEREIRA LUÍS €109.531 e CARLOS BEJA € 99.710

Em Julho de 2007, Augusto José Pereira Luís era um dos nomes de destaque na comissão de honra da candidatura do socialista António Costa à Câmara Municipal de Lisboa. Em Outubro de 2007, Augusto José Pereira Luís foi nomeado presidente da empresa pública NAV (Navegação Aérea de Portugal) pelo ministério do socialista Paulo Campos. Segundo o seu currículo oficial, Pereira Luís não conhece o sector da gestão do tráfego aéreo — mas conhece o secretário de Estado das Obras Públicas. Entre 1999 e 2002, Pereira Luís foi administrador da EPAL enquanto Paulo Campos foi administrador da holding Águas de Portugal. Antes da EPAL, esteve ligado ao sector mineiro. Recebe, na NAV, 7.500 euros por mês. mais carro com motorista, combustível (1.755 euros). telefone (604 euros) e despesas de representação (2.172 euros), num total anual de 109.531 euros. É ainda reformado pelo Centro Nacional de Pensões (reforma flexível).

Na mesma empresa está ainda Carlos Beja, 6i anos, formado em Direito, um ex-deputado do PS (1995- 1999) de segunda linha, discreto, mais conhecido em São Bento pela boa disposição do que pela intervenção política. Profissionalmente, passou pela Sociedade Grande Hotel do Luso e pela companhia de seguros Sagres. Hoje, recebe 6.750 euros por mês, mais carro com motorista, combustível (3.129 euros em 2009), telefone (881 euros) e despesas de representação (1.200 euros), num total anual de 99.710.

 PRESIDENTE DO TURISMO DE PORTUGAL - LUÍS PATRÃO €83.170

Luís Patrão, 55 anos, preside ao Turismo de Portugal desde Maio de 2006. Saiu directamente de São Bento, onde era chefe de gabinete de José Sócrates. depois de já ter desempenhado o mesmo cargo com António Guterres (de 1995 a 1999). Durante os governos de Guterres, foi ainda deputado e secretário de Estado da Administração Interna, mas saiu envolvido em polémica, juntamente com Armando Vara, por causa da criação da Fundação para a Prevenção e Segurança. Natural da Covilhã. Luís Patrão e, com o irmão, Jorge, amigo de Sócrates desde a juventude. A sua carreira foi praticamente só política. Profissionalmente, foi chefe de divisão e director de serviços do Instituto do Consumidor (1986-1989 e 2001-2004).

Até 2009, Patrão acumulou o salário do Turismo com o de membro do Conselho Geral e de Supervisão da TAP, onde, segundo dados de 2008, recebeu 7 mil euros mensais. Este salário tinha uma componente fixa, de 4 mil euros, a que acrescia uma parcela complementar de 3 mil euros por ser membro da comissão de sustentabilidade e governo societário. Em 2008, a comissão realizou 10 reuniões. Só a revelação pública desta acumulação de funções nos jornais o levou a abdicar em 2009 do ordenado na TAP, mantendo o do Turismo de Portugal.

 COMITÉ DE ESTRATÉGIA DOS CTT - LUÍS NAZARÉ €49.000

O primeiro cargo próximo do poder que Luís Nazaré desempenhou foi em 1995 como assessor de António Guterres para as áreas da indústria, comércio e turismo. Antes, estivera seis anos em França na Eutelsat, uma organização intergovernamental europeia de gestão de satélites. De 1998 a 2002, foi presidente da Anacom, por nomeação do PS. Nesse ano pertenceu à direcção de Ferro Rodrigues no partido. E em 2005 foi escolhido por Sócrates para liderara administração dos CTT, mas só quis fazer um mandato: “Quando sal, o Estado fez muita questão de criar um novo órgão que eu acompanhasse, por uma questão de continuidade”, explica. Chama-se Comité de Estratégia e foi formado propositadamente depois da saída de Nazaré. No último ano teve como actividades 23 reuniões, menos de duas por mês. E por essas reuniões, Luís Nazaré recebeu 3.500 euros vezes 14 meses. Ao mesmo tempo, é consultor da Deloitte, uma multinacional à qual os CTT encomendaram um plano de reestruturação da empresa. Apesar da sua ligação ao PS, do seu currículo no Estado, de o Governo ter criado um órgão nos CTT para que ele pudesse ocupar depois de deixara presidência da empresa, recusa ser considerado um boy: “Não andei nas JS [Juventude Socialista] da vida. Nunca vivida política. Sou do PS. mas tenho tido a minha vida prejudicada por isso.”

ADMINISTRADOR DA ERSE - ASCENSO SIMÕES € 188.839

Quem andou pela JS foi o ex-secretário de Estado da Administração Interna e da Agricultura. Ascenso Simões foi nomeado pelo Governo para vogal do Conselho de Administração da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) a 7 de Maio último. A ligação ao PS é antiga - aos 22 anos concorreu a deputado e aos 25 era secretário nacional da Juventude Socialista.
Licenciado em Ciências Empresariais, foi vereador da Câmara de Vila Real e presidente da distrital do PS entre 2000 e 2004. A sua distrital apoiou a candidatura interna de José Sócrates. A ligação à energia ocupa menos espaço no seu currículo: foi administrador de duas pequeníssimas empresas, a Luzfisa (Caldas da Rainha) e a Tecaprod (Vila Real) — como exemplo, a primeira teve em 2009 proveitos de 49 mil euros. Ascenso ganha hoje, na ERSE, 13.488 euros por mês. Foi acusado, quando tomou posse, de não ter distanciamento para poder ser independente do Governo, o que uma entidade reguladora exige. O próprio contesta: “O melhor remédio para qualquer suspeição é o exercício cabal das funções no respeito pela ética republicana e pela lei.”

 CHAIRMAN DA CIMPOR - ANTÓNIO CASTRO GUERRA  €285.384

VALOR GANHO PELO SEU ANTECESSOR

Ex-secretário de Estado da Economia, está como presidente da Cimpor por indicação Caixa Geral de Depósitos, que tem 9,6% da empresa. Castro Guerra é professor de Economia no ISEG e foi presidente do IAPMEI no governo de António Guterres. Esteve no IPIPE — Investimentos e Participações. Passou ainda pela Brisa e pelo Taguspark. A Cimpor recusou divulgar o valor da sua remuneração, só admitindo fazê-lo no fim do ano, no Relatório e Contas, como a lei obriga. Mas, em 2009, o antecessor de Castro Guerra, Bayão Horta, recebeu 285.384 euros anuais, cerca de 20 mil euros por mês.

 PRESIDENTE DA FLAD  - MARIA DE LURDES RODRIGUES € Não revela

José Sócrates não reconduziu Mana de Lurdes Rodrigues no Ministério da Educação, mas nomeou-a para a presidência da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento(FLAD). Pelo meio, a ex-ministra só precisou de fazer um curso de inglês para se preparar para as novas funções. Até então, a fundação (que apesar de ser privada vê o seu presidente ser nomeado pelo primeiro-ministro) tivera apenas um presidente, Rui Machete. A carreira de Maria de Lurdes Rodrigues resume-se em poucas linhas: começou a dar aulas no ISCTE em 1986 e foi ministra da Educação durante quatro anos. A sua nomeação foi criticada até por nomes do PS. O ex-ministro Medeiros Ferreira escreveu no seu blogue que “por um simples critério de precedência e mérito, muito mérito”, Mário Mesquita, que já pertencia à anterior administração, devia ser o sucessor de Machete. A FLAD não revela a remuneração dos membros da direcção.

 CONSELHO FISCAL DA CAIXA SEGUROS - MÁRIO LINO €26.821 VALOR GANHO PELO SEU ANTECESSOR

Vai apenas a algumas reuniões por ano e nem tem gabinete na Caixa Geral de Depósitos. Em compensação, Mario Lino recebe 26.821 euros por ano (este foi o valor recebido pelo seu antecessor, dado que, apesar de ser um banco público, a CGD recusa divulgar a remuneração do ex-ministro do PS). Lino não tem qualquer currículo na banca nem nos seguros, mas preside aos Conselhos Fiscais da Caixa Seguros, Fidelidade e Império (todas do grupo Caixa Geral de Depósitos). A CGD argumenta que é difícil encontrar candidatos para o Conselho Fiscal, porque isso impede qualquer outra ligação ao grupo CGD.

 ADMINISTRADOR DA GALP  - FERNANDO GOMES €529.000

Foi presidente da Câmara do Porto, foi ministro da Administração Interna, foi deputado e, de repente, tornou-se administrador de empresas. Fernando Comes passou directamente do Parlamento para o Conselho de Administração da Galp, com um salário base de 349 mil euros, mais 30 mil euros de prémios, 88 mil euros em PPR e 62 mil euros em subsídios de renda de casa e deslocação, num total de 529 mil euros anuais. Foi nomeado já por José Sócrates e a proximidade entre os dois parece manter-se. De acordo com o Correio da Manhã, jantaram juntos em Agosto, ao lado de Joaquim Oliveira (dono da Controlinveste), no restaurante Veneza, em Paderne, Algarve. Sócrates escolheu uma mesa reservada e deu ordens para que as mesas ao lado não Fossem ocupadas.

 PRESIDENTE E ADMINISTRADORA DA ANA  - GUILHERMINO RODRIGUES €184.877 e ALDA BORGES COELHO € 109.486

Chama-se Alda Borges Coelho e passou automaticamente de directora da Federação Portuguesa de Rugby para vogal do Conselho de Administração da ANA, Aeroportos de Portugal. No currículo, tem uma particularidade: foi colega do secretário de Estado das Obras Públicas Paulo Campos na Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa. Além do râguebi, Alda Coelho tem experiência em supermercados (Feira Nova e Jerónimo Martins) e na área do retalho (Gestiretalho) — mas não em Conselhos de Administração.

Na ANA, não é a única administradora sem carreira na área dos aeroportos. António Guilhermino Rodrigues é militante socialista, amigo de Jorge Coelho, passou pela Carris, pelo Metro de Lisboa e foi secretário de Estado dos Transportes entre 1996 e 200i, nos Governos de António Guterres. Mas nunca trabalhou no sector da aviação. Até 2005. Quando o PS chegou ao poder, Guilhermino chegou a presidente da ANA. Hoje é ainda presidente da ANAM (aeroportos da Madeira), presidente não executivo da NAER (novo aeroporto) e administrador da ADA (administração de aeroportos). Na ANA, recebe salário, carro e telemóvel. Na ANAM, tem cartão de crédito (253 euros) e subsídio de deslocação (633 euros em 2009).

 ADMINISTRADOR DA REN  - FERNANDO ROCHA ANDRADE €48.000

Fernando Rocha Andrade tem 39 anos, é assistente da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, administrador não executivo e membro da Comissão de Auditoria da REN - Rede Eléctrica Nacional. Os cargos que ocupa na empresa do Estado implicam a deslocação aos escritórios duas vezes por més para participar noutras tantas reuniões fixas e a disponibilidade para participar em eventuais encontros que a Comissão de Auditoria marque com entidades com ou sem ligação à empresa. Não é uma função a tempo inteiro, mas implica urna remuneração de 48 mil euros brutos anuais.

Rocha Andrade foi subsecretário de Estado da Administração Interna (2005-2007) e militou activamente na IS durante a liderança de Sérgio Sousa Pinto, onde também se tomou próximo de Marcos Perestrello, actual secretário de Estado da Defesa. Não tem currículo na área da energia, mas encontra uma justificação para ocupar o cargo que tem: “Na comissão de auditoria alguns conhecimentos de finanças públicas [cadeira de que é assistente] são úteis.”
De resto, não vê que a sua militância no PS tenha ajudado à nomeação. “Não partilho da opinião de que quem desempenhou cargos políticos seja incompetente, anormal ou sujeito a especiais medidas de segurança. Acho que ninguém fica diminuído por ter desempenhado essas funções. Se o primeiro-ministro entende que uma pessoa tem capacidades para integrar o governo é porque não fará mau juízo dela. É normal que também não faça mau juízo dela para outras funções.”

 PROFESSOR NA COLUMBIA UNIVERSITY - MANUEL PINHO € Não revela

Na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, Manuel Pinho dá a cadeira de Politica de Energia Internacional num mestrado patrocinado pela EDP, empresa de que o Estado é accionista, O ex-ministro da Economia é responsável por quatro horas semanais de aulas. No entanto, tem direito a um gabinete no oitavo andar do edifício, com vista para a parte norte de Manhattan, e a urna remuneração que recusa revelar. Pinho assegura que o convite de Columbia foi anterior ao patrocínio da EDP ao mestrado, contudo a sua relação com a empresa sempre foi especial: em Fevereiro de 2009, quando ainda era ministro da Economia, anunciou no fim de um jogo de futebol do Mineiro Aljustrense: “Arranjámos um patrocínio para compra de equipamentos para apoiar a equipa.” O patrocínio era da EDP.

 ADMINISTRADOR DOS ENVC - JOSÉ LUÍS SERRA € Não revela

Quando José Luís Serra, de 43 anos, surgiu como hipótese para a administração dos Estaleiros Navais de Viana de Castelo (ENVC), em Maio, foi um outro socialista, Defensor Moura, a dizer-se “seriamente preocupado”, já que não lhe era “conhecida qualquer experiência no sector da grande indústria naval”. Defensor Moura, ex-presidente da Câmara de Viana do Castelo e deputado, dirigiu mesmo um requerimento ao ministro da Defesa, Augusto Santos Silva, que tem a tutela da empresa (detida a 100% pelo Estado), em que se lia: “Especialmente neste período tão complexo da empresa e do País, não me parece conveniente afundar ainda mais o prestígio dos ENVC nem, por outro lado, sujeitar desnecessariamente a tutela e o Governo à acusação de nomear mais um boy para um cargo de tanta responsabilidade.” Serra foi presidente da Câmara de Valença de 2002 a 2009. Perdeu a autarquia em 2009 para o PSD. Não tem qualquer experiência profissional na área. Recusou, apesar de inúmeras insistências, revelar o seu ordenado.

 ALEXANDRE ROSA €79.140

Começou a carreira como funcionário do Ministério da Educação, foi investigador no Instituto de Ciências Sociais, chefe de gabinete da secretária de Estado da Educação e Inovação (1995-1996) e de Jorge Coelho quando este foi ministro adjunto de Guterres. Chegou ao Governo como secretário de Estado da Administração Pública e da Modernização Administrativa. Quando o PS deixou o poder, tornou-se chefe de gabinete do grupo parlamentar. E quando o PS voltou ao poder foi colocado no Instituto do Emprego e Formação Profissional. Não tinha experiência anterior na área do emprego. “Estes lugares são de nomeação política, é normal que se escolham pessoas em quem se tem confiança política! Eu executo políticas do Governo. Não nasci ontem, comecei a trabalhar aos 15 anos e fiz muita coisa.” Recebe 79.140 euros por ano e tem carro de serviço com motorista.
As ligações dos boys

 Podem ser nomeados por José Sócrates ou vir do aparelho ou da Juventude Socialista. Veja quem são e quanto ganham

 Filipe Baptista

Administrador da Anacom

• 198.772 euros anuais

• Carro sem motorista

 António Castro Guerra

• Presidente do Conselho de Administração da Cimpor

• 285.384 euros - valor ganho pelo antecessor

• Não disponibilizado

 Luís Nazaré

• Presidente do Comité de Estratégia dos CTT

• 49.000 euros anuais

• Acesso a um telefone

 Luís Patrão

• Presidente do Turismo de Portugal e membro do conselho geral da TAP

• 83.170 euros anuais no Turismo de Portugal. Até Maio de 2009 acumulou com mais 98.000 euros anuais na TAP

• No Turismo de Portugal tem direito a telemóvel, carro de serviço com motorista, despesas de representação e de refeição

 Maria de Lurdes Rodrigues

• Presidente da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento

• Não disponibilizado

• Não disponibilizado

 Manuel Pinho

• Professor convidado da Universidade de Columbia

• Não disponibilizado

• Não disponibilirado

 Ascenso Simões

• Administrador da ERSE

• 188.839 euros anuais

• Tem carro de serviço, mas não tem motorista atribuído

 Daniel Adrião

• Administração da Fundação para as Comunicações Moveis

• Cargo não remunerado

• Senhas de presença de 100 euros cada

 Ana Tomaz

• Administradora da Estradas de Portugal

• 151.200 euros anuais

• Carro de serviço, combustível e telemóvel

 Alda Borges Coelho

• Administradora da ANA e da ANAM

• 109.485 euros anuais

• Despesas de deslocação, remuneração variável, carro e telemóvel

 Augusto José Pereira Luis

• Presidente da NAV

• 109.531 euros por ano

• Cairo com motorista, combustível, telefones e despesas de representação

 António Guilhermino Radrigues

• Presidente da ANA, da ANAM e da NAER e administrador da ADA

• 184.887 euros anuais (ANA), nas Outras não recebe

• Cartão de crédito, subsídio de deslocação e remuneração variável

 Fernando Gomes

• Administrador da Galp

• 529 mil euros anuais

• Prémios, PPR, subsídios de renda de casa e deslocação

 Fernando Rocha Andrade

• Administrador não executivo da REN e vogal da Comissão de Auditoria

• 48 mil euros anuais em 2009

• Não tem regalias

 José Luís Serra

• Membro do Conselho de Administração dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo

• Não disponibilizado

• Não disponibilizado

 Carlos Beja

• Administrador da Nav

• 99.710 euros anuais

• Telefone, combustível, carro com motorista e despesas de representação

 Alexandre Rosa

• Vice-presidente do IEFP

• 79.140 euro

• Despesas de representação, carro com motorista e telefone

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