"A liberdade é um luxo a que nem todos se podem permitir." (Otto Bismark)

"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons." (M. Luther King)

"Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente." (Jiddu Krishnamurti)

"Ninguém está obrigado a cooperar em sua própria perda ou em sua própria escravatura, a Desobediência Civil é um direito imprescindível de todo o cidadão!" (Mahatma Ghandi)

"Alguns homens vêem as coisas como são e dizem "Porquê?". Eu sonho com as coisas que nunca foram e digo "Porque não?" (George Bernard Shaw)

“Não há covardia mais torpe que a covardia da inteligência, a burrice voluntária, a recusa de juntar os pontos e enxergar o sentido geral dos factos.” [Olavo de Carvalho]

Neste Nosso Portugal©2009

Nota:

Este blog não obedece nem obedecerá a qualquer acordo ortográfico que seja um atentado à identidade do País

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Todos os Maus do mundo

Agora que também Khadafi decidiu passar para o mundo dos mais, quais são os autênticos Maus com os quais podemos ainda contar?

Eis uma breve lista, para não esquecer que o Mal tem de ser combatido e derrotado, sempre e em qualquer lugar, mesmo que não seja Mal, não interessa: é o princípio que conta.

Os Maus mais Maus


Mahmud Ahmadinejād

Claro está: em primeiro lugar o Presidente da República Islâmica do Irão.
As culpas dele não têm fim: quer ter energia nuclear e, quem sabe, talvez construir uma bomba atómica, tal como já fez na mesma região Israel. Com a diferença de que Israel é Bom, enquanto o Irão é Mau.
Mas porquê Israel e Bom e o Irão é mau? Porque sim.

A seguir: o Irão tem um sistema bancário que não está baseado sobre os juros, o que é loucura, não pode funcionar e deve ser abatido antes que comece a espalhar-se. Além disso, o banco Central de Teheran é um dos poucos que ainda não caiu nas mãos dos Rothschild, uma situação que deve ser corrigida e depressa também.

O Irão tem petróleo e gás, só que Ahmadinejad não quer vende-los em Dólares: só por isso deveria ser crucificado ou, pelo menos, morto após um razoável período de sofrimento.

Suprema heresia, Ahmadinejad várias vezes indicou os Estados Unidos como principal fonte dos problemas do Mundo.

Como se tudo isso não bastasse, Ahmadinejad é muçulmano, coisa já por si bastante grave, sendo todos os Muçulmanos maus e terroristas.


Bashār al-Asad

Este homem tem os dias contados. E porquê? Porque é Mau.

Chefe de Estado da Síria, não deu problemas ao longo de muitos anos.
Mas um dia, alguém lembrou-se: "al-Asad é Mau!".
E de facto é muito, muito mau.

Principal culpa dele é aquela de massacrar o próprio povo, que deseja apenas uma coisa: liberdade. Ou melhor: democracia. Não é bem a mesma coisa.
A melhor explicação é que, após ter trabalhado anos em paz, al-Asad acordou um dia assim, já todo mau, e começou a matar pessoas.

Os Sírios não têm medo e continuam a travessar a fronteira com o Iraque para manifestar em Damasco, contra o tirano. Na verdade nem são Sírios e estão armados também, mas não importa, a sede de democracia não conhece fronteiras.

Para mostrar a abismal maldade do regime, os media ocidentais até criam vídeos falsos, o que é correcto pois todo o Mundo tem que perceber qual o sofrimento dos Sírios inocentes.

Hillary Clinton, a paladina da Paz, já ofereceu o fim das hostilidades, sendo suficiente por isso assinar um tratado de paz com Israel (que é Bom); mas al-Asad é casmurro além de Mau, e recusou.
Por isso irá morrer em breve: o justo fim de todos os Maus.


ʿAlī ʿAbd Allāh āleh

Outra pessoa com uma esperança de vida bastante reduzida.
Presidente do Yemen, segundo os media ocidentais tem como passatempo o assassinato de civis indefesos, o que demonstra bem o grau de Maldade.

Cúmplice a distância, as coisas no Yemen não são muito claras: Washington acusa o Yemen de ter bases de Al-Qaeda, pelo que Saleh daria apoio a estes ex-Maus; mas, ao mesmo tempo, Saleh é atingido por um disparo de lança-foguetes, arma que, admitimos, é difícil pertencer a cidadãos indefesos.

Sendo o Yemen um produtor de petróleo (na prática, o único recurso do País), é provável que seja alvo duma próxima intervenção humanitária ocidental. No qual caso, Saleh teria os dias contados.

Dito entre nós: tem uma cara bem pouco simpática. 


Qābūs bin Sa
ʿīd Āl Saʿīd e Hamad bin Isa Al Khalifa


Estes ainda não são Maus, sendo fieis aliados dos Estados Unidos.

E que sejam fiéis não há dúvida: têm petróleo que é explorado por companhias ocidentais. O que é a melhor prova de amor.

Só que os tempos mudam e um fiel aliado hoje pode tornar-se um bom Mau amanhã: Tunísia e Egipto ensinam.



Por enquanto Al-Said (Oman) e Al-Khalifa (Bahrain) passam o tempo matando cidadãos em desacordo com as políticas dos regimes, no futuro podem ficar atropelados pelo vento de mudanças que sopra na região deles.

Muito depende do papel dos media. Estes, não tendo recebido ordens em contrário, têm ignorado bastante os acontecimentos destes dois longínquos Países, deixando que as pessoas morram na máxima descontracção, massacradas pelos próprios exércitos.

Mas, como já lembrado, as coisas podem mudar.

Nas imagens: As-Khalifa em cima, Al-Said em baixo.



Vladimir Putin

Putin, Rei da Rússia, é um pouco Mau e um pouco Bom. Depende dos dias.
Herdeiro da inglória União Soviética, trabalha para alcançar o antigo esplendor. Mas, não sendo Comunista, tenta encontrar uma nova via, que ainda não está bem definida.

Claro está: a nova via pode tornar-se uma "má" via, e Putin com ela.
Por exemplo: a Rússia tem gás, muito gás que, cedo, irá tornar-se o principal substituto do petróleo. Putin estará disposto a demonstrar o próprio amor à América? Isso é: criará problemas nas exportações ou deixará as companhias ocidentais ditarem as regras do jogo?

E este é apenas um dos exemplos possíveis, pois a Rússia arrisca tornar-se um sério quebra-cabeça por Washington. Mas não já, só com o tempo.

Muito dependerá da habilidade do simpático Vladimir que, é bom lembrar, pode contar com os restos do KGB e do Exercito Vermelho. O que não é pouco.


Hu Jintao

Por enquanto não é mesmo "Mau". É mais "Irritante". Bastante irritante.

Mas o destino dele está escrito nas estrelas da bandeira dos Estados Unidos: será Mau. Aliás, é provável que na altura certa Hu Jintao se torne o Mau mais Mau de todos os Maus da História dos Maus.

Naquele dia começará uma Grande Festa, a maior alguma vez mais vista, e, finalmente, o Mundo conhecerá a Verdadeira Paz. Possível apenas com a extinção do Homem.


Kim Jong-il, Fidel Castro, Hugo Chavez

Este três são Maus de longa data e já bastante esgotados. Aliás, a função deles é mais folclórica do que real.

Kim Jong-iI é o mais divertido, e quando os Estados Unidos não têm outros inimigos no horizonte vão provoca-lo para entreter os povos da Terra.

De saúde precária, Kim será substituído pelo filho, outro Kim: em qualquer caso, a proximidade territorial da China marca o futuro deste regime, que provavelmente será absorvido por Pequim.

Fidel Castro mais do que um "mau" é uma relíquia vivente.

Amigo de Che Guevara, que tantos corações ainda faz palpitar, promoveu o Comunismo na Ilha de Cuba que, como todos os regimes comunistas, torno-se uma "coisa de família".

De facto, Fidel deixou o poder para Raúl, o irmão.

É provável que com a morte de Fidel (que já agora terá mais ou menos uns 120 anos) a Ilha conheça uma lenta abertura aos Sagrados Valores Democráticos do Ocidente.

Hugo Chavez representa o melhor Mau da região sul-americana e, contrariamente aos dois Países anteriores, a Venezuela pode no futuro tornar-se alvo duma qualquer operação humanitária, basicamente porque tem petróleo.

Para encontrar problemas, pode sempre contar com a vizinha Colômbia, feudo de Washington.

Mas por enquanto as atenções mundiais estão concentradas em outros cantos do Mundo, pelo que Chavez é deixado relativamente tranquilo, com os proclamas dele.

Mais do que um Mau ao 100%, Chavez é um "mau" em fase de espera. Mas pode sempre tornar-se útil.
Na última imagem, Chavez fica à esquerda.


Haverá outros Maus?
Há, sem dúvida. Mas são Maus pouco sérios que, por enquanto, não representam ameaças.

Se o nosso desejo for encontrar a provável causa duma futura intervenção humanitária ou até da próxima guerra, aquelas acima são as pessoas que fornecem as melhores garantias de qualidade.


Ipse dixit.

in: http://informacaoincorrecta.blogspot.com

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Recordar…

 Convém recordar: António Lobo Xavier

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Administrador não executivo da Sonaecom, da Mota-Engil e do BPI, António Lobo Xavier auferiu 83 mil euros no ano passado
(não está contemplado o salário na operadora de telecomunicações, já que não consta do relatório da empresa). Tendo estado
presente em 22 encontros dos conselhos de administração destas empresas, o advogado ganhou, por reunião, mais de 3700 euros.

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Estes é um dos indivíduos que vai rotineiramente à televisão explicar aos portugueses a necessidade de

sacrifícios e de redução de salários...

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Sábado, 30 de Julho de 2011
 
Convém recordar: José Pedro Aguiar-Branco
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O ex-vice presidente do PSD José Pedro Aguiar-Branco e agora ministro da defesa é outro dos "campeões"
dos cargos nas cotadas nacionais. O advogado é presidente da mesa da Semapa (que não divulga o salário do advogado),
da Portucel e da Impresa, entre vários outros cargos. Por duas AG em 2009, Aguiar-Branco recebeu 8 080 euros, ou seja, 4 040 por reunião.

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Estes é um dos indivíduos que vai rotineiramente à televisão explicar aos
portugueses a necessidade de sacrifícios e de redução de salários...

E agora é Ministro da Defesa.

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Convém recordar: António Nogueira Leite clip_image003 

Segue-se António Nogueira Leite, que é administrador não executivo na Brisa, EDP Renováveis e Reditus, entre outros cargos. O economista recebeu 193 mil euros, estando presente em 36 encontros destas companhias. O que corresponde a mais de 5 300 euros por reunião.

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Estes é um dos indivíduos que vai rotineiramente à televisão explicar aos portugueses a necessidade de sacrifícios e de redução de salários...

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Quinta-feira, 28 de Julho de 2011
 
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Convém recordar: João Vieira Castro

O segundo mais bem pago por reunião é João Vieira Castro (na infografia, a ordem é pelo total de salário). O advogado recebeu, em 2009, 45 mil euros por apenas quatro reuniões, já que é presidente da mesa da assembleia geral do BPI, da Jerónimo Martins, da Sonaecom e da Sonae Indústria.

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Quarta-feira, 27 de Julho de 2011
 

Convém recordar: Daniel Proença de Carvalho clip_image005

Proença de Carvalho é o responsável com mais cargos entre os administradores não executivos das companhias do PSI-20, e também o mais bem pago. O advogado é presidente do conselho de administração da Zon, é membro da comissão de remunerações do BES, vice-presidente da mesa da assembleia geral da CGD e presidente da mesa na Galp Energia. E estes são apenas os cargos em empresas cotadas, já que Proença de Carvalho desempenha funções semelhantes em mais de 30 empresas. Considerando apenas estas quatro empresas (já que só é possível saber a remuneração em empresas cotadas em bolsa), o advogado recebeu 252 mil euros. Tendo em conta que esteve presente em 16 reuniões, Proença de Carvalho recebeu, em média e em 2009, 15,8 mil euros por reunião.

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Estes é um dos indivíduos que vai rotineiramente à televisão explicar aos portugueses a necessidade de sacrifícios e de redução de salários...

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Terça-feira, 26 de Julho de 2011
 

Convém recordar: Gestores não executivos recebem 7 400 euros por reunião!!!

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Embora não desempenhem cargos de gestão, administradores são bem pagos.Por cada reunião do conselho de administração das cotadas do PSI--20, os administradores não executivos - ou seja, sem funções de gestão - receberam 7427 euros. Segundo contas feitas pelo DN, tendo em conta os responsáveis que ocupam mais cargos deste tipo, esta foi a média de salário obtido em 2009. Daniel Proença de Carvalho, António Nogueira Leite, José Pedro Aguiar-Branco, António Lobo Xavier e João Vieira Castro são os "campeões" deste tipo de funções nas cotadas, sendo que o salário varia conforme as empresas em que trabalham.

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Estes são alguns dos indivíduos que vão rotineiramente à televisão explicar aos portugueses a necessidade de sacrifícios e de redução de salários...


POR ESTAS E POR OUTRAS ESTE " SÍTIO " NUNCA MAIS É UM PAÍS.

Vencimentos com valores médios em termos de carreira...

G.N.R...............€ 800,00 - Para arriscar a vida.

Bombeiro...........€ 960,00 - Para salvar vidas.

Professor...........€ 930,00 - Para preparar para a vida.

Médico...........€ 2.260,00 - Para manter a vida.

Deputado...... € 6.700,00 - Para nos lixar a vida.

Cá vai um importante contributo,  que o Ministro das Finanças não continue a fazer de nós parvos, dizendo com ar sonso que não sabe em que mais cortar.

Acabou o recreio e o receio!

A guerra contra a chulisse, está a começar. Não subestimem o povo que começa a ter conhecimento do que nos têm andado a fazer, do porquê de chegar ao ponto de ter de cortar na comida dos filhos! Estamos de olhos bem abertos e dispostos a fazer -quase-tudo, para mudar o rumo deste abuso.

Todos os ''governantes'' [a saber, os que se governam...] de Portugal falam em cortes de despesas - mas não dizem quais - e aumentos de impostos a pagar.

Nenhum governante fala em:

1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, etc.) dos três ex-Presidentes da República.

2. Redução do número de deputados da Assembleia da República para 80, profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do pagode.

3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego.

4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de euro/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.

5. Por exemplo as empresas de estacionamento não são verificadas porquê? E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns têm de cumprir porque não cumprem os outros? e se não são verificados como podem ser auditados?

6. Redução drástica das Câmaras Municipais e Assembleias Municipais, numa reconversão mais feroz que a da Reforma do Mouzinho da Silveira, em 1821.

7. Redução drástica das Juntas de Freguesia. Acabar com o pagamento de 200 euros por presença de cada pessoa nas reuniões das Câmaras e 75 euros nas Juntas de Freguesia.

8. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas actividades.

9. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc, das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País;.

10. Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e famílias e até, os filhos das amantes...

11. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado e entes públicos menores, mas maiores nos dispêndios públicos.

12. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc.

13. Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e Madeira e respectivas estadias em Lisboa em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes que vivem em tugúrios inabitáveis.

14. Controlar o pessoal da Função Pública (todos os funcionários pagos por nós) que nunca está no local de trabalho. Então em Lisboa é o regabofe total. HÁ QUADROS (directores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES, QUE NÃO NOS DÁ COISA PÚBLICA.

15. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir tachos aos apaniguados do poder - há hospitais de província com mais administradores que pessoal administrativo. Só o de PENAFIEL TEM SETE ADMINISTRADORES PRINCIPESCAMENTE PAGOS... pertencentes ás oligarquias locais do partido no poder.

16. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar.

17. Acabar com as várias reformas por pessoa, de entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Estado.

18. Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos dos contribuintes ao BPN e BPP.

19. Perseguir os milhões desviados por Rendeiros, Loureiros e Quejandos, onde quer que estejam e por aí fora.

20. Acabar com os salários milionários da RTP e os milhões que a mesma recebe todos os anos.

21. Acabar com os lugares de amigos e de partidos na RTP que custam milhões ao erário público.

22. Acabar com os ordenados de milionários da TAP, com milhares de funcionários e empresas fantasmas que cobram milhares e que pertencem a quadros do Partido Único (PS + PSD).

23. Assim e desta forma, Sr. Ministro das Finanças, recuperaremos depressa a nossa posição e sobretudo, a credibilidade tão abalada pela corrupção que grassa e pelo desvario dos dinheiros do Estado.

24. Acabar com o regabofe da pantomina das PPP (Parcerias Público Privado), que mais não são do que formas habilidosas de uns poucos patifes se locupletarem com fortunas à custa dos papalvos dos contribuintes, fugindo ao controle seja de que organismo independente for e fazendo a "obra" pelo preço que "entendem".

25. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os biltres que fizeram fortunas e adquiriram patrimónios de forma indevida e à custa do País, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controlo, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efectivamente dela precisam;

26. Controlar rigorosamente toda a actividade bancária por forma a que, daqui a mais uns anitos, não tenhamos que estar, novamente, a pagar "outra crise".

27. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efectivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida.

28. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.

29. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu património antes e depois.

30. Pôr os Bancos a pagar impostos.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Quino, desiludido com a educação do século...

Quino, o cartoonista argentino autor da Mafalda, desiludido com o rumo deste século no que diz respeito a valores e educação, deixou impresso no cartoon o seu sentimento:

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    A genialidade do artista faz uma das melhores críticas sobre a criação de filhos (e educação) nos tempos actuais.

     

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Estratégias de manipulação

Estratégias e técnicas para a manipulação da opinião pública e da sociedade 

1- A estratégia da diversão

Elemento primordial do controle social, a estratégia da diversão consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e da mutações decididas pelas elites políticas e económicas, graças a um dilúvio contínuo de distracções e informações insignificantes.

A estratégia da diversão é igualmente indispensável para impedir o público de se interessar pelos conhecimentos essenciais, nos domínios da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética.

"Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por assuntos sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar, voltado para a manjedoura com os outros animais"

2- Criar problemas, depois oferecer soluções

Este método também é denominado "problema-reacção-solução". Primeiro cria-se um problema, uma "situação" destinada a suscitar uma certa reacção do público, a fim de que seja ele próprio a exigir as medidas que se deseja fazê-lo aceitar. Exemplo: deixar desenvolver-se a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público passe a reivindicar leis securitárias em detrimento da liberdade. Ou ainda: criar uma crise económica para fazer como um mal necessário o recuo dos direitos sociais e desmantelamento dos serviços públicos.

3- A estratégia do esbatimento

Para fazer aceitar uma medida inaceitável, basta aplicá-la progressivamente, de forma gradual, ao longo de 10 anos. Foi deste modo que condições sócio-económicas radicalmente novas foram impostas durante os anos 1980 e 1990. Desemprego maciço, precariedade, flexibilidade, deslocalizações, salários que já não asseguram um rendimento decente, tantas mudanças que teriam provocado uma revolução se houvessem sido aplicadas brutalmente.


4- A estratégia do diferimento

Outro modo de fazer aceitar uma decisão impopular é apresentá-la como "dolorosa mas necessária", obtendo o acordo do público no presente para uma aplicação no futuro. É sempre mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro porque a dor não será sofrida de repente. A seguir, porque o público tem sempre a tendência de esperar ingenuamente que "tudo irá melhor amanhã" e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Finalmente, porque isto dá tempo ao público para se habituar à ideia da mudança e aceitá-la com resignação quando chegar o momento.

Exemplo recente: a passagem ao Euro e a perda da soberania monetária e económica foram aceites pelos países europeus em 1994-95 para uma aplicação em 2001. Outro exemplo: os acordos multilaterais do FTAA (Free Trade Agreement of the Americas) que os EUA impuseram em 2001 aos países do continente americano ainda reticentes, concedendo uma aplicação diferida para 2005.

5- Dirigir-se ao público como se fossem crianças pequenas

A maior parte das publicidades destinadas ao grande público utilizam um discurso, argumentos, personagens e um tom particularmente infantilizadores, muitas vezes próximos do debilitante, como se o espectador fosse uma criança pequena ou um débil mental. Exemplo típico: a campanha da TV francesa pela passagem ao Euro ("os dias euro"). Quanto mais se procura enganar o espectador, mais se adopta um tom infantilizante. Por que?

"Se se dirige a uma pessoa como ela tivesse 12 anos de idade, então, devido à sugestibilidade, ela terá, com uma certa probabilidade, uma resposta ou uma reacção tão destituída de sentido crítico como aquela de uma pessoa de 12 anos".

6- Apelar antes ao emocional do que à reflexão

Apelar ao emocional é uma técnica clássica para curtocircuitar a análise racional e, portanto, o sentido crítico dos indivíduos. Além disso, a utilização do registo emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para ali implantar ideias, desejos, medos, pulsões ou comportamentos...


7- Manter o público na ignorância e no disparate

Actuar de modo a que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para o seu controle e a sua escravidão.

"A qualidade da educação dada às classes inferiores deve ser da espécie mais pobre, de tal modo que o fosso da ignorância que isola as classes inferiores das classes superiores seja e permaneça incompreensível pelas classes inferiores"

8- Encorajar o público a comprazer-se na mediocridade

Encorajar o público a considerar "fixe" o facto de ser idiota, vulgar e inculto...

9- Substituir a revolta pela culpabilidade

Fazer crer ao indivíduo que ele é o único responsável pela sua infelicidade, devido à insuficiência da sua inteligência, das suas capacidades ou dos seus esforços. Assim, ao invés de se revoltar contra o sistema económico, o indivíduo se auto-desvaloriza e auto-culpabiliza, o que engendra um estado depressivo que tem como um dos efeitos a inibição da acção. E sem acção, não há revolução!...

10- Conhecer os indivíduos melhor do que eles se conhecem a si próprios

No decurso dos últimos 50 anos, os progressos fulgurantes da ciência cavaram um fosso crescente entre os conhecimentos do público e aqueles possuídos e utilizados pelas elites dirigentes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o "sistema" chegou a um conhecimento avançado do ser humano, tanto física como psicologicamente. O sistema chegou a conhecer melhor o indivíduo médio do que este se conhece a si próprio. Isto significa que na maioria dos casos o sistema detém um maior controle e um maior poder sobre os indivíduos do que os próprios indivíduos.

in http://www.resistir.info/varios/manipulacao.html

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Os Donos do Mundo

Quando, em 1975, foi feito um levantamento a nível mundial, e este mostrou que uma única família era dona de 55% do Mundo, isso não surpreendeu ninguém.

Também não surpreendeu ninguém o facto de essa notícia não ter saído nos jornais.

Não estamos a falar da arraia miúda, tipo Bill Gates, mas sim daqueles que realmente são os nossos donos: os banqueiros internacionais.

Talvez não saiba que a maior parte dos bancos emissores dos países ocidentais são privados. Sabendo isso, no entanto, poderá deduzir facilmente que os bancos emissores privados se foram expandindo lentamente até cobrirem o mundo todo.

Talvez não saiba que o Bank of England é um banco privado, assim como a Federal Reserve americana. Tal como o Banco de Portugal o era até ao 25 de Abril, mas de qualquer maneira isso agora é completamente irrelevante, desde que aderimos à moeda única europeia.


Se considerarmos que uma meia dúzia de famílias é dona de três quartos do mundo, deveremos prever que essas mesmas famílias são as que mandam. E temos razão.
E, enquanto nos intoxicamos com frases totalmente desprovidas de sentido, como "mercado livre" e "igualdade de oportunidades", desprezamos este conhecimento.

"Mercado Livre" significa hoje apenas colocar os lobos no mesmo redil que os cordeiros, e esperar "que o melhor vença". Ridículo!

Consideramos as acelerações e desacelerações da economia como um "fenómeno natural", sinal de que algo não funciona tão bem. Desconhecemos que isso faz parte daquilo a que os banqueiros chamam de "business cicle", e que TUDO o que acontece na economia é proposital e cuidadosamente planeado, com o único objectivo de gerar mais lucros para os banqueiros.

A lógica ensina-nos que quem nos possui decide o nosso destino. No entanto, recusamo-nos a estabelecer uma relação directa entre o que nos acontece e a acção directa dos nossos donos. Preferimos assim. Preferimos manter a ilusão de que somos livres e capazes de decidir o nosso destino.

Fazemos bons ou maus negócios, sentimo-nos livres de nos movimentarmos dentro de um sistema, sem admitirmos que o sistema existe e está perfeitamente desenhado e controlado para maximizar o fluxo de lucros numa única direcção, a dos nossos donos.

Votamos, convencidos que somos nós a escolher o nosso destino. E achamos que os políticos que elegemos têm, realmente, possibilidade de alterar seja o que for.

Aplaudimos as medidas por eles decididas e por eles tomadas sem percebermos que essas medidas nos foram impostas e fazem parte de um plano geral levando cada vez mais ao poder total.

Seríamos estúpidos se pensássemos que quem detém o poder se absteria de o usar. No entanto, agimos como se assim fosse.

Também nos recusamos a admitir que o melhor negócio de todos é e sempre foi a Guerra. Sempre que há uma guerra, os ricos ficam mais ricos e os pobres mais pobres. Mas continuamos a achar que a culpa da guerra é sempre dos "maus" que combatemos.

Desconhecemos que os banqueiros internacionais financiaram a revolução russa, durante uma guerra em que financiavam ingleses e alemães.

E não se esqueça nunca do seguinte: Numa recessão, a riqueza não é destruída. É simplesmente transferida. E sempre num único sentido: dos pobres para os ricos.

Os banqueiros internacionais são, realmente, apátridas e geridos por uma única lei, a lei do lucro.

E olham-nos com um desprezo total.

in http://www.verdadeoculta.pt.vu/

sábado, 25 de junho de 2011

O que acontece aos Portugueses e a Portugal quando cá chegar o FMI?

imf_prepares_portugal_for_meal_1145015A bancarrota de Portugal foi intencionalmente arquitectada, preparada e executada pelos políticos dos principais partidos e banqueiros do país, durante as últimas décadas. A situação calamitosa de endividamento de Portugal e da maioria dos portugueses, assim como a actual situação dos “geração à rasca” são apenas uma consequência disto.

(Autor – Gustavo Cudell)

Quando na conversa com amigos e colegas se fala da situação política em Portugal, tenho ouvido, frequentemente, expressões como:

  -        “Estes tipos da política não se entendem, por isso é preciso vir para cá o FMI por ordem nesta coisa!”

-        “Até gostava que para cá viesse o FMI para mostrar a esta gente como é que as coisas devem ser feitas”.

-        “Ao menos quando vier o FMI, eles põem cá ordem, em Portugal, e somos todos tratados por igual!”


Este tipo de afirmações entristecem-me, porque revelam, no meu entender, que as pessoas não sabem ou não querem ver o que é o FMI e pensam, que o FMI é um clube de filantropos. Isso não é verdade de forma alguma. É essa situação confusa que me leva a escrever estas linhas.

O facto de as pessoas negarem ou minimizarem a existência de algo muito perigoso e que elas não podem influenciar, nem querem admitir, é uma reacção, que na psicologia social tem o nome de dissonância cognitiva. ( ver Wikipédia).

Esta reacção das pessoas em nada contribui para a compreensão, nem para a resolução do problema.

E agora como é que aqui chegamos e o que vai acontecer?

Como introdução a este texto veja o vídeo Colapso Económico de Alex Jones. Veja este vídeo, até ao fim, 12 minutos (com legendas em português), porque aqui se fala de Portugal e o que vai acontecer aos Portugueses

Conheço o Alex Jones há muitos anos, que, juntamente com o Jim Tucker são repórteres da American Free Press !

 
1.   Historial

A bancarrota de Portugal foi intencionalmente arquitectada, preparada e executada pelos políticos dos principais partidos e banqueiros do país, durante as últimas décadas. A situação calamitosa de endividamento de Portugal e da maioria dos portugueses, assim como a actual situação dos “geração à rasca” são apenas uma consequência disto. O país e os portugueses tiveram que se endividar e hipotecar, de forma que ficaram nas mãos dos chamados “investidores” e dos “mercados”, e parece, hoje, que tudo aquilo (as dívidas), que foi fabricado ao longo das últimas décadas, tem que decidir-se em poucos dias!

Com a entrada de Portugal no EURO baixaram as taxas de juro em Portugal, o que baixou imenso (no papel!) o défice do país. Também as famílias consumidoras foram incitadas pelos bancos a contraírem mais empréstimos (maiores casas com mobília, automóveis, viagens e outros). Numa segunda fase, mais recente, as finanças públicas começaram a financiar-se para prazos de maturidade de dívida pública mais curta, para baixar os custos financeiros, com a devastadora consequência de grande parte da dívida se vencer agora, no 1º semestre de 2011, ao mesmo tempo! (Um plano maquiavélico!).


E agora há que tranquilizar os “investidores” e os “mercados”!

Pergunto: Quem são os “investidores”? Quais são os “mercados”?

De nós, os cidadãos (quase nus e transparentes) querem saber tudo: contas bancárias, impostos, bens imóveis, censos públicos, gravação de telemóveis e emails, até as crianças já têm que ter número de contribuinte. Mas, por outro lado, dos “investidores” e dos “mercados” o cidadão (humano) comum nada ou pouco sabe.

Obs. do autor: As piores “descobertas / invenções” da humanidade são:

-        O dinheiro
-        A cisão nuclear
-        A sociedade anónima (SA), como forma jurídica para empresas e os fundos de investimento anónimos.


2. “Recursos” necessários para aqui ter chegado

a)      Políticos* (governo central, deputados e autarcas) corruptos, ávidos pelo poder e dinheiro, sem escrúpulos nem consciência.

Estes políticos não são democratas, mas sim CLEPTOCRATAS. Eles governam-se, pois recebem dinheiro em nome deles, das suas famílias ou por Fundações, controladas por estes políticos CLEPTOCRATAS (sem pagarem impostos), em outros países, p.e. no Estado de Delaware  (EUA), British Virgin Islands (UK) ou outros paraísos fiscais (seguros) da elite de poder anglo-americana.


Muitos fazem parte do grupo Bilderberg. Ver link http://cidadaniaproactiva.blogspot.com/2010/12/participantes-portugueses-as.html

* Isto não se aplica a todos os políticos, porque também existem aqueles (poucos!) que são honestos e bons cidadãos. Normalmente estes políticos honestos não chegam ou não se aguentam em altos cargos durante muito tempo ou são “acidentados” ou “suícidados”.

Exemplos: John F. Kennedy, Aldo Moro, Olof Palme, Anna Lindh, Adelino Amaro da Costa, Jörg Haider, Jürgen Möllemann e muitos outros!

 

b)      Banqueiros* (ávidos pelo poder e dinheiro, sem escrúpulos e sem consciência).

Executam as ordens que recebem dos Bancos Centrais (privados!) FED (EUA), BCE (Banco Central Europeu), Bank of England e outros.

Os bancos são os retalhistas dos bancos centrais, e essa é a razão porque os bancos ganham SEMPRE dinheiro! Só “saem de cena” os bancos que não cumprem as ordens de “cima”, por ex. aqui, em Portugal, o BCP!

Na regra, os banqueiros recebem vencimentos / prémios multi-milionários, todos declarados, por razões de “compliance”, pois os bancos estão cotados em bolsa. (Não precisam de ser corruptos).

Alguns destes banqueiros fazem parte do grupo Bilderberg. Ver link http://cidadaniaproactiva.blogspot.com/2010/12/participantes-portugueses-as.html

* Isto não se aplica a todos os banqueiros, porque também existem aqueles (poucos!) que são honestos e bons cidadãos.


c)      Advogados* (ávidos pelo dinheiro, sem escrúpulos e sem consciência).

Eles ocupam-se dos contratos entre o FMI / Bancos Centrais e o Estado para que tudo esteja “compliant” e “politicamente correcto”. Também, se não estiver, fabricam-se leis no parlamento à medida. Se estas leis forem inconstitucionais, existem constitucionalistas que dão pareceres “inteligentes” e favoráveis.

Em muitos países (ex. EUA) os tribunais constitucionais já estão maioritariamente subvertidos pelas forças “obscuras” e não há possibilidade de mudar estas leis através de recursos judiciais!

Alguns destes advogados também fazem parte do grupo Bilderberg. Ver link http://cidadaniaproactiva.blogspot.com/2010/12/participantes-portugueses-as.html

* Isto não se aplica a todos os advogados, porque a grande maioria deles são cidadãos honestos e também sofrem com a situação.
 

d)     Média e jornalistas*

A maior parte dos média Mainstream é controlada por forças não transparentes e obscuras e os repórteres / jornalistas de topo “vendem-se” para comunicarem e manipularem os portugueses e lhes venderem a nova solução para que os portugueses creiam que finalmente chegou o alívio (o FMI)

Agora, em Portugal, até vai haver novas eleições! Em “democracia” tudo se resolve. Eleições são uma “nova corrida, nova viagem”, como nos carroceis das romarias!

Alguns destes “patrões” dos média e jornalistas também fazem parte do grupo Bilderberg. Ver link

 http://cidadaniaproactiva.blogspot.com/2010/12/participantes-portugueses-as.html

* Muitos dos jornalistas são cidadãos honestos e também sofrem com a situação
                       

3. O que vai acontecer quando chegar o FMI a Portugal?

a)      O FMI irá injectar capitais, a crédito, nas contas públicas e irá cobrar juros sobre esse capital.

b)      Irá aumentar os impostos e taxas sobre os cidadãos e empresas (as receitas) e irá ordenar mais austeridade ainda (redução das despesas), para o país e os portugueses poderem pagar os juros ao FMI e, claro, para as forças “obscuras” que o controlam!

c)       Como hipoteca e garantia do empréstimo irá exigir, por ex.:

-        Hipoteca sobre (parte) das futuras receitas dos impostos e taxas, a pagar pelos portugueses.
-        Hipoteca sobre (parte) das futuras pensões pertencente aos portugueses.
-        Hipoteca sobre as Golden Shares da PT e EDP.
-        Hipoteca sobre as estradas portuguesas (que não pertencem à Brisa) e sobre as taxas de ocupação da via pública e subterrâneas.
-        Hipoteca e privatização dos recursos hídricos (a ÁGUA) e suas redes / sistemas de distribuição.
-        Hipoteca sobre edifícios estatais, camarários e cemitérios.
-        Hipoteca e privatização de aeroportos, portos marítimos e rede ferroviária.
-        Hipoteca sobre Arquipélago da Madeira (turismo), o Arquipélago dos Açores (fins militares e turismo) e o Algarve (turismo e golfe).
-        Privatização e hipoteca dos institutos prisionais (cadeias) e privatização da justiça.
-        E muito, muito mais !

Todos estes contratos entre o FMI e o Estado, em regra, são feitos em língua inglesa, segundo a lei americana, que é a aplicável, dos quais

não há mais possibilidade de saída, e foro americano. São contratos leoninos, irrevogáveis, tipo colete-de-forças. Esperemos que os nossos

políticos sejam transparentes e nos esclareçam sobre as contrapartidas que Portugal irá dar e / ou já deu ao FMI!

Quem vai pagar tudo isto somos todos nós, os portugueses, principalmente os mais pobres e desfavorecidos, mas isto diz respeito a todos nós! Todos vamos ficar mais pobres e mais escravos ainda! Não tenham ilusões!

Obs. do autor: De certo lembra-se, se já jogou o jogo “Monopólio” quando era criança ou com os seus filhos. Se se joga o jogo Monopólio o tempo suficiente, só sobra um jogador … que fica com tudo! Isto aqui não é diferente!
  

4. Quem vem dar a cara em Portugal pelo FMI?

     De certo que serão cidadãos / cidadãs “modelo”, com uma vida privada e profissional realizada, exemplar, para poderem servir de exemplo a nós, os portugueses  que cá estão (!) (pelo menos assim é de esperar)!

Acordem Portugueses!!!

 

in: http://acordem.com/blog/22137//

quinta-feira, 16 de junho de 2011

EMPRENHAR PELOS OUVIDOS COM A AGRICULTURA NACIONAL

“Portugal importa hoje cerca de 6 mil milhões de euros de bens agrícolas para consumo, sendo que as nossas exportações chegam apenas aos 3 mil milhões de euros.Um défice alimentar destas dimensões não tem razão de ser num país como o nosso. Esta situação não pode continuar. Temos de desenvolver um programa de repovoamento agrário do interior, criando oportunidades de sucesso para jovens agricultores.”

(Cavaco Silva, Presidente da República no discurso do 10 de Junho)

pac1992

Em 1992, quando Cavaco Silva era primeiro ministro e agricultores portugueses e galegos reclamavam contra a reforma da PAC e tinham como palavra de ordem "Nós queremos produzir", o governo do PSD soltou a GNR.

Como será possível ainda dar votos a toda esta corja? Como é possível legitimar “políticos” nos dias de hoje, que ontem deram cabo deste País?

 

 

 

 

 

 

 

 

in http://airadosmansos.blogspot.com/2011/06/emprenhar-pelos-ouvidos-com-agricultura.html

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Memorando da Troika em Português


Temos neste momento o memorando completamente traduzido. É uma leitura obrigatória para qualquer português que se preocupe minimamente com o que o rodeia e com o que vai acontecer nos próximos 3 anos em Portugal.

Se ler este documento vai verificar que as instruções do CE, BCE e FMI são muito mais profundas e abrangentes do que à primeira vista possa parecer.

Índice:
1. Política orçamental
2. Regulação e supervisão do sector financeiro
3. Medidas Fiscais Estruturais
4. Educação e formação
5. Mercados de bens e serviços
6. Mercado habitacional
7. Condições de enquadramento
8. Concorrência, compras públicas e ambiente de negócios

A. Créditos

Formatos para download:

Disponibilizamos este documento em formato PDF:
http://tretas.org/moin_static/aventar/memorando_troika-pt_PT.pdf (255.8kB)

Também temos em formato ePub (este formato é apropriado para os leitores de livros electrónicos e para alguns “smart phones”):
http://tretas.org/moin_static/aventar/memorando_troika-pt_PT.epub (71.4kB)

 

Fonte: http://aventar.eu/2011/05/04/memorando-da-troika-em-portugues/

terça-feira, 5 de abril de 2011

Porque silenciam a ISLÂNDIA?

 

Estamos neste estado lamentável por causa da corrupção interna - pública e privada com incidência no sector bancário - e pelos juros usurários que a Banca Europeia nos cobra.

Sócrates foi dizer à Sra. Merkle - a chanceler do Euro - que já tínhamos tapado os buracos das fraudes e que, se fosse preciso, nos punha a pão e água para pagar os juros ao valor que ela quisesse.


Por isso, acho que era altura de falar na Islândia, na forma como este país deu a volta à bancarrota, e porque não interessa a certa gente que se fale dele.
Não é impunemente que não se fala da Islândia (o primeiro país a ir à bancarrota com a crise financeira) e na forma como este pequeno país perdido no meio do mar, deu a volta à crise.

Ao poder económico mundial, e especialmente o Europeu, tão proteccionista do sector bancário, não interessa dar notícias de quem lhes bateu o pé e não alinhou nas imposições usurárias que o FMI lhe impôs para a ajudar.


Em 2007 a Islândia entrou na bancarrota por causa do seu endividamento excessivo e pela falência do seu maior Banco que, como todos os outros, se afogou num oceano de crédito mal parado. Exactamente os mesmo motivos que tombaram com a Grécia, a Irlanda e Portugal.


A Islândia é uma ilha isolada com cerca de 320 mil habitantes, e que durante muitos anos viveu acima das suas possibilidades graças a estas "macaquices" bancárias, e que a guindaram falaciosamente ao 13º no ranking dos países com melhor nível de vida (numa altura em que Portugal detinha o 40º lugar).


País novo, ainda não integrado na UE, independente desde 1944, foi desde então governado pelo Partido Progressista (PP), que se perpetuou no Poder até levar o país à miséria.


Aflito pelas consequências da corrupção com que durante muitos anos conviveu, o PP tratou de correr ao FMI em busca de ajuda. Claro que a usura deste organismo não teve comiseração, e a tal "ajuda" ir-se-ia traduzir em empréstimos a juros elevadíssimos (começariam nos 5,5% e daí para cima), que, feitas as contas por alto, se traduziam num empenhamento das famílias islandesas por 30 anos, durante os quais teriam de pagar uma média de 350 Euros / mês ao FMI. Parte desta ajuda seria para "tapar" o buraco do principal Banco islandês.


Perante tal situação, o país mexeu-se, apareceram movimentos cívicos despojados dos velhos políticos corruptos, com uma ideia base muito simples: os custos das falências bancárias não poderiam ser pagos pelos cidadãos, mas sim pelos accionistas dos Bancos e seus credores. E todos aqueles que assumiram investimentos financeiros de risco, deviam agora aguentar com os seus próprios prejuízos.


O descontentamento foi tal que o Governo foi obrigado a efectuar um referendo, tendo os islandeses, com uma maioria de 93%, recusado a assumir os custos da má gestão bancária e a pactuar com as imposições avaras do FMI.


Num instante, os movimentos cívicos forçaram a queda do Governo e a realização de novas eleições.


Foi assim que em 25 de Abril (esta data tem mística) de 2009, a Islândia foi a eleições e recusou votar em partidos que albergassem a velha, caduca e corrupta classe política que os tinha levado àquele estado de penúria. Um partido renovado (Aliança Social Democrata) ganhou as eleições, e conjuntamente com o Movimento Verde de Esquerda, formaram uma coligação que lhes garantiu 34 dos 63 deputados da Assembleia). O partido do poder (PP) perdeu em toda a linha.


Daqui saiu um Governo totalmente renovado, com um programa muito objectivo: aprovar uma nova Constituição, acabar com a economia especulativa em favor de outra produtiva e exportadora, e tratar de ingressar na UE e no Euro logo que o país estivesse em condições de o fazer, pois numa fase daquelas, ter moeda própria (coroa finlandesa) e ter o poder de a desvalorizar para implementar as exportações, era fundamental.


Foi assim que se iniciaram as reformas de fundo no país, com o inevitável aumento de impostos, amparado por uma reforma fiscal severa. Os cortes na despesa foram inevitáveis, mas houve o cuidado de não "estragar" os serviços públicos tendo-se o cuidado de separar o que o era de facto, de outro tipo de serviços que haviam sido criados ao longo dos anos apenas para serem amamentados pelo Estado.

As negociações com o FMI foram duras, mas os islandeses não cederam, e conseguiram os tais empréstimos que necessitavam a um juro máximo de 3,3% a pagar nos tais 30 anos. O FMI não tugiu nem mugiu. Sabia que teria de ser assim, ou então a Islândia seguiria sozinha e, atendendo às suas características, poderia transformar-se num exemplo mundial de como sair da crise sem estender a mão à Banca internacional. Um exemplo perigoso demais.


Graças a esta política de não pactuar com os interesses descabidos do neo-liberalismo instalado na Banca, e de não pactuar com o formato do actual capitalismo (estado de selvajaria pura) a Islândia conseguiu, aliada a uma política interna onde os islandeses faziam sacrifícios, mas sabiam porque os faziam e onde ia parar o dinheiro dos seus sacrifícios, sair da recessão já no 3º Trimestre de 2010.

O Governo islandês (comandado por uma senhora de 66 anos) prossegue a sua caminhada, tendo conseguido sair da bancarrota e preparando-se para dias melhores. Os cidadãos estão com o Governo porque este não lhes mentiu, cumpriu com o que o referendo dos 93% lhe tinha ordenado, e os islandeses hoje sabem que não estão a sustentar os corruptos banqueiros do seu país nem a cobrir as fraudes com que durante anos acumularam fortunas monstruosas. Sabem também que deram uma lição à máfia bancária europeia e mundial, pagando-lhes o juro justo pelo que pediram, e não alinhando em especulações. Sabem ainda que o Governo está a trabalhar para eles, cidadãos, e aquilo que é sector público necessário à manutenção de uma assistência e segurança social básica, não foi tocado.

Os islandeses sabem para onde vai cada cêntimo dos seus impostos.

Não tardarão meia dúzia de anos, que a Islândia retome o seu lugar nos países mais desenvolvidos do mundo.

O actual Governo Islandês, não faz jogadas nas costas dos seus cidadãos. Está a cumprir, de A a Z, com as promessas que fez.
Se isto servir para esclarecer uma única pessoa que seja deste pobre país aqui plantado no fundo da Europa, que por cá anda sem eira nem beira ao sabor dos acordos milionários que os seus governantes acertam com o capital internacional, e onde os seus cidadãos passam fome para que as contas dos corruptos se encham até abarrotar, já posso dar por bem empregue o tempo que levei a escrever este artigo. 

Francisco Gouveia, Eng.º

sábado, 12 de março de 2011

A ditadura da necessidade

Aqueles que agora invocam a necessidade foram os mesmos que a provocaram

por António Pedro Barbas Homem

Um velho provérbio lembra: a necessidade não precisa de lei. Foi em torno desta ideia fundamental, formulada inicialmente por teólogos e canonistas medievais, que se veio a estruturar a teorização de regimes autoritários e ditaduras. Os argumentos utilizados pela retórica política autoritária assentam no binómio necessidade e urgência. Actos administrativos ilegais e leis inconstitucionais sempre foram apresentados e justificados debaixo da ideia de que eram urgentes e necessários.

Outra máxima política dos tempos da monarquia absoluta era que as loucuras dos reis pagam os povos. Hoje, mesmo sem reis, continuam a ser os povos a pagar as loucuras dos governantes. Quando ainda ecoam as comemorações da República e a invocação da ética e do ethos republicano, fica claro que a retórica dos discursos comemorativos nada tem que ver com a prática política, nomeadamente a expropriação sem justa causa ou a nacionalização arbitrária dos rendimentos de tantos portugueses.

Estão em causa três exigências fundamentais da política e da ética democráticas: representação, diálogo, publicidade. Se os deputados representam o povo é debaixo da condição de respeitarem as promessas políticas que determinaram a sua eleição. Se os deputados não respeitam esse compromisso não são dignos desse nome. Como escreveu Norberto Bobbio, as promessas não cumpridas matam a democracia. A democracia é também diálogo. Contraposta à ideia de razão de Estado, que não pode ser negociada, a ideia de razão pública é que tem de existir debate, consenso social alargado nas questões fundamentais da coisa pública. Hoje regressa a política do segredo e da razão de Estado. Mas precisamente o que a opinião pública quer saber, precisa de saber e numa democracia tem o direito de saber é a razão de ser das medidas decretadas pelos políticos, em que estudos preparatórios se baseiam, que consequências foram medidas. O segredo domina, quando não sabemos o que levou o governo a mudar de ideias, dias passados sobre promessas e compromissos com negócios. A opinião pública gostaria de ter acesso às actas do Conselho de Ministros e aos documentos preparatórios do Orçamento do Estado.

A opinião pública gostaria que existisse um relatório público com os gastos com a nacionalização do BPN: se os contribuintes têm de pagar milhares de milhões de euros dos seus impostos e salários, isto significa que outras pessoas beneficiaram com esses milhões. Os representantes dos contribuintes têm o dever de se interessar por saber para que bolsos foram transferidos esses dinheiros. Ou os dinheiros das parcerias público-privadas. Ou dos estádios do Euro, entre tantos gastos sumptuários e desnecessários.

Os escândalos financeiros da Primeira República foram uma das principais causas do seu descrédito. E os da Terceira República? Denunciados por muitos, demonstrados pelo Tribunal de Contas em muitos casos não pode passar-se uma esponja sobre eles.

Ao mesmo tempo, uma imensa oligarquia beneficia da desestruturação do Estado. Aqueles que agora invocam a necessidade foram os mesmos que a provocaram. A ética republicana apregoada ontem deveria recordar que em nenhum caso pode um funcionário do Estado receber mais que o chefe de Estado. A redução dos salários excessivos é imperiosa, por uma questão de princípio e de justiça.

Chegamos assim a um ambiente geral de fim da República, assente nos escândalos financeiros, na falta de moralidade com os gastos públicos, na ausência de uma política de coesão social e regional, mas também na ausência de representação democrática. Quanto ao argumento invocado é o de que a ditadura da necessidade impõe estas soluções - e não quaisquer outras, a estudar e negociáveis - e, quando os políticos estão comprometidos com anos de governação que não evitaram chegar à solução da necessidade, o regime é afinal o da ditadura da necessidade.

Se não existe representação nem publicidade não vivemos numa democracia. Quando muito, recorrendo a uma velha intuição de Platão, vive-se numa teatrocracia, que utiliza a televisão e outros meios de comunicação para representar um papel - como no teatro os actores declamam e repetem um texto anterior. Ou numa oligarquia, em que um grupo restrito monopoliza o poder para seu benefício. Não se ouviu, aliás, proclamar que o povo tem de sofrer as dores dos seus governantes? Nem mesmo um nobre numa monarquia seria capaz de dizer semelhante absurdo.

A ditadura da necessidade é apenas um argumento utilizado para justificar a suspensão da democracia e do que ela implica: valores e princípios, discussão na esfera pública acerca das decisões políticas, consenso sobre os aspectos fundamentais da vida social.

Em democracia há sempre alternativas.

Catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

in “i” online

sexta-feira, 11 de março de 2011

Census 2011 vs Constituição da República–A ler

    Em toda a Europa haverá este ano o Census.

    Pelo que tenho lido, parece que será "obrigatório" em Potugal e quem não responder poderá sofrer uma coima entre 250 e 3.740,98 Euros (acho hilariante o valor máximo aplicado).

    Multar alguém por não querer fornecer dados privados é inconstitucional. O Estado, no fundo sabe que é uma multa ilegal, tanto que no Website no INE podemos ler: "O Instituto Nacional de Estatística convida toda a população a participar activamente na realização dos Censos 2011". Em que é que ficamos? É um simpático convite ou uma obrigação? Pelo que diz o decreto-lei criado especialmente para este Census, é "obrigatório":

    Decreto-Lei n.º 226/2009

    de 14 de Setembro

    CAPÍTULO I

    Disposições gerais

    Artigo 4.º

    Execução

    1 — Os Censos 2011 são executados através de instrumentos de notação nominais, simultâneos, de resposta obrigatória e gratuita, que são objecto de registo no âmbito do Sistema Estatístico Nacional, nos termos dos artigos 4.º e 13.º da Lei n.º 22/2008, de 13 de Maio

    No site do INE podemos ler mais: "Recorde-se que ao responder aos Censos está a exercer simultaneamente um direito e um dever de cidadania." A constituição diz que todos os portugueses possuem direito ao ensino, emprego, privacidade, segurança, liberdade e no entanto nem sempre isso se verifica. Agora será um Dever? Devemos é tratar o Census como um Census para que exista uma base de dados que diga quantos somos, em que trabalhamos e onde moramos. Quanto a perguntas de foro privado não é um dever mas sim uma opção, a de responder ou não.

    Já lá vai o tempo em que os Census serviam unicamente para saber quantos somos, onde moramos e o que fazemos. Agora a UE quer constituir uma base de dados mais completa e violadora de direitos e liberdades. Querem saber as nossas tendências sexuais e o perfil do nosso/a parceiro/a bem como outras perguntas do foro privado e pessoal.

    Este Census não é nacional, os dados depois de tratados serão partilhados com Bruxelas. As perguntas constantes deste Census possuem, além da função de contabilizar a população, um objectivo fiscal e de seguro de saúde. Já existem propostas a nível Europeu para extinção dos impostos e criação de um imposto único. Esse imposto será baseado não só no que se ganha mas também no que possuímos (casas, carros, etc). Tem efeitos relacionados com seguro de saúde para estabelecer casos pré-existentes assim que o seguro de Saúde Europeu for instaurado. Se viam mal antes da criação do seguro, não poderão obter ajudas do Estado Europeu para óculos ou tratamentos. A utilização deste Census será abrangente demais e a promessa de protecção de dados é uma  flagrante mentira.

    CAPÍTULO VI

    Das infracções e sanções

    Artigo 24.º

    Contra -ordenações

    1 — Constitui contra -ordenação qualquer um dos seguintes comportamentos:

    a) O não fornecimento das informações no prazo devido;

    b) O fornecimento de informações inexactas, insuficientes ou susceptíveis de induzir em erro;

    Não existe definição do que é ou não insuficiente e portanto este decreto lei é insuficiente para definir que é insuficiente nas respostas que optarmos por não dar.

    O questionário família pergunta o sexo do/a parceiro/a em caso de união de facto e isto é um dado irrelevante visto que não perguntam o sexo do cônjuge. Sendo o casamento homossexual legal em Portugal, a união de facto goza dos mesmo direitos independentemente do sexo do/a parceiro/a. Além disso ninguém é obrigado a assumir-se perante o estado como homossexual, independentemente da legislação existente. O que faria, caso se vivesse em união de facto, seria responder sem responder tudo e ao mesmo tempo impedir que me fosse aplicada uma coima por prestar dados insuficientes. Faria isto usando a Constituição da Republica Portuguesa:

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    Artigo 36.º

    (Família, casamento e filiação)

    1. Todos têm o direito de constituir família e de contrair casamento em condições de plena igualdade.

    Constituir família é também a união de facto e a constituição não dá relevância ao sexo de quem forma essa família. A homossexualidade não é ilegal. O casamento homossexual é legal. A pergunta é um abuso de direitos e liberdades constitucionais.

    No caso de insistência, por estupidez ou pura teimosia, de ameaça de coima, temos mais uma vez a ajuda da Constituição da Republica:

    Artigo 13.º

    (Princípio da igualdade)

    2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.

    Uma coima aplicada por não indicarmos se somos ou não homossexuais, viola o principio da igualdade, pois a aplicação de uma coima com base na não divulgação da nossa orientação sexual é estar a prejudicar um cidadão. É portanto, inconstitucional.

    Questionário individual:

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    Esta questão é irrelevante e hilariante. Não são obrigados a responder, pelo simples facto de que não são obrigados a lembrarem-se ou sequer a dizer onde estiveram em certo dia a certa hora, excepto se estiverem a ser acusados de um crime. Só falta perguntar se alguém poderá confirmar que a resposta é verdadeira.

    Por não serem obrigados a lembrarem-se podem negar-se a responder ao abrigo da lei que vos obriga a responder:

    CAPÍTULO VI

    Das infracções e sanções

    Artigo 24.º

    Contra -ordenações

    1 — Constitui contra -ordenação qualquer um dos seguintes comportamentos:

    a) O não fornecimento das informações no prazo devido;

    b) O fornecimento de informações inexactas, insuficientes ou susceptíveis de induzir em erro;

    É proibido fornecer informações inexactas ou susceptíveis de induzir em erro. Uma coima por insuficiência de dados não é aplicável pois ao não responderem e posteriormente, se questionados, alegarem que não se lembram, estão a cumprir a lei não dando informações que possam estar erradas ou que possam induzir em erro.

    Esta pergunta é uma armadinha:

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    Ah sim? É estudante e trabalhou? Onde está a declaração fiscal de rendimentos? Os descontos?

    Lembrem-se que tudo em Portugal está sujeito a impostos!

    Outra armadilha:

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    Reparo numa insistência nas datas. Acima perguntavam se estávamos em casa no dia 21 e agora; se trabalharíamos de 14 a 20 de Março ou nas duas semanas posteriores, se encontrássemos ou se nos oferecessem trabalho. A pergunta é sem dúvida uma armadilha, por isso: Se estão empregados legalmente devem responder "não", o motivo é que se possuem um emprego legal não teriam disponibilidade. Se estão desempregados inscritos num centro de emprego ou a receber subsidio de desemprego, rendimento mínimo, etc, etc, devem responder "sim", pois é a vossa obrigação procurar trabalho. Se estão desempregados mas a trabalhar a preto sem descontos, o que vos impediria de trabalhar num outro emprego nesses dias, respondam "sim", pois um desempregado sem disponibilidade para trabalhar é uma alerta vermelho a irregularidades. Se estão desempregados mas não estão inscritos num centro de emprego ou a receber qualquer ajuda do Estado, respondam o que vos apetecer, pois é indiferente.

    Aqui está a prova de que a Constituição prevalece em todos os casos:

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    Esta pergunta é facultativa mas não por o Decreto-Lei n° 226/2009 o dizer, pois seria irrelevante se dissesse o contrario, pois é a Constituição que o diz no ponto 3 do artigo 41.°:

    Artigo 41.º

    (Liberdade de consciência, de religião e de culto)

    1. A liberdade de consciência, de religião e de culto é inviolável.

    2. Ninguém pode ser perseguido, privado de direitos ou isento de obrigações ou deveres cívicos por causa das suas convicções ou prática religiosa.

    3. Ninguém pode ser perguntado por qualquer autoridade acerca das suas convicções ou prática religiosa, salvo para recolha de dados estatísticos não individualmente identificáveis, nem ser prejudicado por se recusar a responder.

    Não tenham dúvidas de que a Constituição tal como vos protege neste caso, vos protege no caso da sexualidade que referi anteriormente. Responder sob o argumento: "Não tenho nada a esconder", é pura ignorância. Antes de responder perguntem a vós próprios: "Confio a 100% que o Estado existe para garantir a minha segurança e bem estar?". Ao responderem a esta pergunta perceberão se devem indicar ou não as vossas crenças religiosas.

    Como posso não responder ao Census e cumprir a lei?

    Ora ainda bem que me pergunto isto. Não participar no Census sem violar a lei que torna o Census obrigatório é mais fácil do que se pode pensar.

    1- De acordo como Decreto-Lei n.º 226/2009 de 14 de Setembro que torna as respostas a este Census obrigatórias limita essa obrigatoriedade durante o tempo de duração do Census. Quem se puder dar ao luxo de sair do país e expandir horizontes, não estará no momento do Census alojado em Portugal e portanto não poderá responder.

    2- Perguntem-se o seguinte:

    a) Somos obrigados por lei a verificar ou abrir correspondência?

    b) Somos obrigados por lei a atender o telefone sempre que ele tocar?

    c) Somos obrigados a abrir a porta só porque tocam à campainha?

    As respostas são: Não, não e não.

    Nenhuma coima vos poderá ser imposta pois a Decreto-Lei refere:

    Artigo 28.º

    Ausência de encargos dos respondentes

    A distribuição, o preenchimento e a recolha dos questionários

    dos Censos 2011 não implicam quaisquer encargos

    pecuniários para os respondentes.

    Se não abrem correspondência, não atendem o telefone e não abrem a porta, não são obrigados a responder pois a lei iliba-vos de encargos e por isso não podem argumentar que vocês poderiam, deveriam ou teriam de vos deslocar por forma a obter esses questionários, pois isso iria causar-vos encargos.

    Uma das primeiras coisas que se aprende em direito é que a lei é para ser interpretada. A lei não é não é perfeita, não é directa e o julgamento dela depende da sua interpretação correcta e uma interpretação correcta varia de pessoa para pessoa e das suas intenções. Se o Estado cria as leis para obter vantagem, temos de as interpretar para lhes retirar essa vantagem.

in http://so-me-apetece-cobrir.blogspot.com/

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