"A liberdade é um luxo a que nem todos se podem permitir." (Otto Bismark)

"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons." (M. Luther King)

"Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente." (Jiddu Krishnamurti)

"Ninguém está obrigado a cooperar em sua própria perda ou em sua própria escravatura, a Desobediência Civil é um direito imprescindível de todo o cidadão!" (Mahatma Ghandi)

"Alguns homens vêem as coisas como são e dizem "Porquê?". Eu sonho com as coisas que nunca foram e digo "Porque não?" (George Bernard Shaw)

“Não há covardia mais torpe que a covardia da inteligência, a burrice voluntária, a recusa de juntar os pontos e enxergar o sentido geral dos factos.” [Olavo de Carvalho]

Neste Nosso Portugal©2009

Nota:

Este blog não obedece nem obedecerá a qualquer acordo ortográfico que seja um atentado à identidade do País

terça-feira, 28 de abril de 2009

Abril inacabado

Passado Sábado 25 de Abril, jantava em familia, enquanto a televisão sintonizada na RTP1, passava no ar o programa "As Vozes que Abril Abriu". Nesse tempo pensava para comigo mesmo, passados 35 anos da Revolução dos Cravos já não era tempo de fazer uma retrospectiva profunda, analisar o que foi feito e o que devia ter sido feito, o que mudou para melhor o que se manteve inalterado e o que retrocedeu a partir dessa data tão importante para o povo português. 35 anos, não é tão pouco tempo quanto isso, e mesmo tendo nascido após Abril de 74, não vislumbro a mundança essencial que devia ter sido feita, a verdadeira revolução (além da alteração do sistema politico-social), aquela que é feita dentro da consciencia do Homem enquanto ser.
Ora pois, a conclusão que retiro é que o 25 de Abril é ainda um assunto tabú, as pessoas aceitam as coisas tal como lhes são apresentadas e não refeltem por si mesmas. Em lugar da comunicação social rodar programas sempre iguais nesta data que a ninguem ja interessam desprovidos de conteúdo já, porque não promover este debate? Até porque, é um se não o mais importante legado do 25 de Abril, o debate aberto no seio da sociedade. Se não vejamos, tal como antes de 25 de Abril a corrupção continua impune e alastra... o sistema de justiça não funciona e não é acessivel as classes baixas (sem sistema de justiça não ha democracia)... o sistema de educação é podre (sem educação as pessoas não podem usufruir da democracia)... um serviço nacional de saúde para alguns... quem ocupa o poder politico são sempre os mesmos...
Desde ja peço desculpa pelo meu "português corridinho", todavia com este desabafo a minha pretenssão é que se discuta este tema, ouvindo-se varias vozes, favoraveis ou contrárias por forma a melhor ficarmos cientes do que realmente mudou nestes 35 anos.

PS usou em tempo de antena imagens de crianças com o Magalhães pedidas pelo Ministério da Educação

Pais pedem explicações

O Ministério da Educação pediu a uma escola do primeiro ciclo de Castelo de Vide autorização para filmar crianças a utilizar o Magalhães. Mas, segundo conta hoje o Rádio Clube e o jornal “24 Horas”, as imagens acabaram por passar num tempo de antena do Partido Socialista, na RTP, no passado dia 22.

Os pais pediram já uma reunião na escola, a exigir uma explicação e a escola por sua vez, pediu explicações ao ministério, como adiantou ao Rádio Clube Ana Travassos, presidente do Conselho Executivo do agrupamento de escolas de Castelo de Vide.

“Não foi feito pelo Partido Socialista não. Nós tivemos um contacto da tutela, dos representantes do Ministério da Educação aqui no Distrito de Portalegre e na região de Évora, que é onde está a Direcção Regional, com a intenção de consultar crianças e pais”, disse a responsável.

Mas o produto final da consulta acabou por ser emitido num tempo de antena do PS na RTP, na passada quarta-feira. Os encarregados de educação já pediram explicações à escola.

Ao Rádio Clube, o gabinete de imprensa do PS explicou, através de um comunicado, que tudo foi autorizado, sem contudo esclarecer de onde partiu o pedido, se do ministério, se do partido.

Em reacção, O PSD considera a situação grave. Cristovão Crespo, presidente da distrital do PSD de Portalegre, exige também explicações ao Ministério da Educação e ao PS.

Ao PÚBLICO, Joaquim Vieira, provedor do leitor do PÚBLICO, comentou o uso de crianças em campanhas políticas, frisando que é comum recorrer à imagem de menores, com consentimento dos pais ou responsáveis, especialmente recorrendo a filhos de filiados dos partidos, mas que a utilização de imagem sem um consentimento informado e claro, é de recriminar.

"Se foi assim como se diz é altamente condenável. Trata-se de enganar as pessoas e usar a imagem de crianças para propaganda política. A propaganda política não tem limites e o PS tem usado frequentemente imagens de crianças em campanha. Mas os pais das crianças têm de saber o fim das imagens. De forma enviezada não".
in 28.04.2009 - 09h35 PÚBLICO
Sem comentarios...

segunda-feira, 27 de abril de 2009

A nossa classe politica



È o que da vontade de ir para a rua gritar bem alto!!!

Humor – Novas Oportunidades

PSP impõe número de detenções mínimo por esquadra

Direcção diz que objectivo é baixar criminalidade
Há muitas esquadras no país que têm tabelas com números mínimos de detenções a efectuar até ao final deste ano, noticia o “Jornal de Notícias” na sua edição de hoje. A medida está a gerar mal-estar entre os polícias, que dizem não querer trabalhar para as estatísticas. Contudo, a direcção da PSP diz que o objectivo é prevenir e reduzir os números da criminalidade.“Maior actividade operacional. Objectivo: 250 detenções”, lê-se num papel, citado pelo JN, afixado da 2ª Esquadra de Investigação Criminal da PSP do Porto. O documento, datado de Fevereiro, estabelece as metas a cumprir nos restantes dez meses de 2009.Uma medida que deixa os profissionais preocupados, por acharem que se está a apostar na “repressão” e não num policiamento de “prevenção”. Por outro lado, têm medo de, se não cumprirem os objectivos traçados, sofrerem consequências na avaliação e progressão na carreira.No caso da referida esquadra do Porto, as "missões" são distribuídas por brigadas: a do Património (investiga sobretudo furtos e roubos) e a da Droga estão incumbidas de fazer, cada uma, quatro detenções por mês, ou seja, 40 no total, entre Março e o fim do ano. Há também um total de 14 detenções/mês (140 no total) atribuídas às designadas brigadas de prevenção criminal, que estão direccionadas para situações de flagrante delito, e três detenções mensais às unidades que investigam crimes contra pessoas e financeiros. Além disso, são também determinadas equipas diárias e mensais de actividade operacional. Ainda de acordo com o mesmo jornal, a Direcção Nacional da PSP admite que há "objectivos", mas no bom sentido . "No limite, o objectivo estratégico da PSP é diminuir a criminalidade na sua área de jurisdição, logo é expectável que os responsáveis policiais encontrem mecanismos localmente para prevenir o aumento da criminalidade", argumentou o comissário Paulo Flor, porta-voz da PSP.
in 27.04.2009 - 10h21 PÚBLICO
È ASSIM QUE SE VAI COMBATER A CRIMINALIDADE NESTE PAIS?????

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Saída da crise: Tudo ao contrário?


João Cantiga Esteves, Professor de Finanças do ISEG-Instituto Superior de Economia e Gestão:

Após as medidas iniciais de combate à Crise, instala-se a convicção de que a solução passa por políticas diametralmente opostas às adoptadas, no que respeita à taxa de juro e inflação.

Governos e Bancos Centrais decidiram combater a Crise através da descida abrupta das taxas de juro e, consequentemente, da inflação, criando até o espectro da deflação.

Ora, é perfeitamente consensual de que o grande problema, talvez o maior, da Crise é a falta de liquidez no Sistema Financeiro, em geral, e no Bancário, em particular.

Aqui convém lembrar que o Sistema Financeiro, em geral, e o Bancário, em particular, são compostos por duas grandes funções. De um lado, o Sistema (os bancos) capta dinheiros (poupanças) através de todo o tipo de depósitos e, do outro lado, com esses dinheiros, concede empréstimos (créditos) aos agentes económicos (empresas e famílias).

A ordem das duas funções não é arbitrária, isto é, primeiro o Sistema precisa de captar os depósitos e só depois é que pode conceder empréstimos.

O que verificamos é que Bancos Centrais e Governos baixaram a taxa de juro, de forma rápida, mas assistimos às queixas continuadas de que os Bancos não disponibilizam créditos às empresas e, quando concedem esses empréstimos, fazem-no de forma cara, a taxas muito elevadas.

Contraditório? Nem por isso. Os Bancos não emprestam porque não têm dinheiro e, quando emprestam, dado que o dinheiro é escasso, a procura por parte das empresas e famílias é fortíssima e o risco presente nas empresas e na economia real é muito elevado e crescente, aplicando taxas cada vez mais altas. Óbvio!

A terapia actual não funciona! E não funciona porque não se está a resolver o problema original da falta de liquidez. É preciso começar por "trazer" liquidez para os Sistemas Financeiro e Bancário e a liquidez só se atrai, só se consegue captando dinheiros com a subida das taxas de juro. Sem isso, o Sistema não recomeça a funcionar e, sem ele, não há solução. Governos e Bancos Centrais pensaram que, através das suas injecções de dinheiro no sistema, a situação se resolvia. Errado! Por muitíssimo dinheiro que Bancos Centrais e Governos criem e injectem no Sistema, não deixará de ser sempre uma "gota de água" no enorme Oceano que representa hoje o mercado financeiro actual, mesmo em crise.

Observa-se que os Bancos não emprestam uns aos outros e, muito menos, aos agentes da economia real (empresas e famílias). Ora, a descida das taxas de juro só piorou, isto é, os Bancos não emprestavam quando as taxas de juro estavam a 4 e 5% e vão emprestar agora com as taxas a 1 e 2%? Absurdo! Claro que não.

E assistimos a malabarismos perigosos. A taxa do BCE baixou abruptamente e, neste momento, a taxa EURIBOR também acompanha essa descida rápida, o que é uma má notícia pois isso acontece porque o mercado interbancário não está a funcionar. A EURIBOR desce porque o actual mercado se limita ao BCE a "falar sozinho", ou com as instituições bancárias, porque entre estas continua a não haver transacções e, quando existem, aplicam-se "spreads" bem elevados, como os bancos portugueses bem têm sentido.

Conclui-se que a taxa EURIBOR passou a ser uma taxa "fantasma" determinada por Bancos Centrais e Governos e não pelo mercado interbancário na sua plenitude, actualmente inexistente, limitando-se a vincar a política deliberada de descida da taxa de juro formulada pelos Bancos Centrais e Governos, sendo depois contrariada, na prática, com a sua subida através do aumento dos "spreads", por parte dos bancos!

Novamente, sem o mercado interbancário a funcionar, não há solução. E este só voltará a funcionar quando as taxas de juro forem atractivas.

Assim, passando a solução da Crise pela subida das taxas de juro, o problema será o do ressurgimento da inflação. Sendo verdade, importa dizer que, face à dimensão da Crise e da gravidade e profundidade dos diversos problemas, impõe-se definir prioridades e, neste momento, uma subida de inflação, que possa ir até aos 5-6%, será, seguramente, o mal menor que o mundo pode enfrentar.

Aqui, importa relembrar outro factor determinante da actual Crise, que se encontra por resolver, os elevados e insustentáveis preços do imobiliário, um pouco por todo o mundo e que precisam de ser corrigidos. Repare-se que os designados activos financeiros clássicos já fizeram um ajustamento substancial dos seus preços, em 2008, com as Bolsas, incluindo a Portuguesa, a cairem cerca de 50%. Ora, no imobiliário nada semelhante aconteceu e, possivelmente, não pode acontecer mas um ajustamento significativo tem de ser feito. A história económica das Crises mostra-nos a solução. Como é insuportável para famílias, empresas e bancos a descida substancial dos preços do imobiliário, o aparecimento de inflação será a forma menos dolorosa para todos de fazer depreciar o valor real dos activos imobiliários, sem o recurso à queda abrupta dos preços que poderá ter de acontecer, caso não haja inflação.

Claro que, para as empresas e famílias, a subida do custo do dinheiro não é uma boa notícia porém, neste momento, a opção não é, infelizmente, entre ter acesso a dinheiro mais caro ou mais barato, mas entre ter ou não acesso a dinheiro!

in Expresso ; acedido em 20-04-2009
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