Numa pequena vila e estância balnear na costa sul de França chove e nada de especial acontece.
A crise sente-se.
Toda a gente está carregada de dívidas e deve a toda a gente.
Subitamente, um rico turista russo chega ao foyer do pequeno hotel local. Pede um quarto e coloca uma nota de 100 Euros sobre o balcão, pede uma chave de quarto e sobe ao 3º andar para inspeccionar o quarto que lhe indicaram, na condição de desistir se lhe não agradar.
O dono do hotel pega na nota de 100 Euros e corre ao fornecedor de carne a quem deve 100 Euros, o talhante pega no dinheiro e corre ao fornecedor de leitões a pagar 100 Euros que lhe devia há algum tempo. Este, por sua vez, corre ao criador de gado que lhe vendera os leitões e este por sua vez corre a entregar os 100 Euros a uma prostituta que lhe cedera serviços a crédito. Esta recebe os 100 Euros e corre ao hotel a quem devia 100 Euros pela utilização casual de quartos à hora para atender clientes.
Neste momento o russo rico desce à recepção e informa o dono do hotel que o quarto proposto não lhe agrada, pretende desistir e pede a devolução dos 100 Euros. Recebe o dinheiro e sai.
Não houve neste movimento de dinheiro qualquer lucro ou valor acrescentado.
Contudo, todos liquidaram as suas dívidas e estes elementos da pequena vila costeira encaram agora com optimismo o futuro.
Só por si, não resolve, mas ajuda...
ResponderEliminarO dinheiro deve circular. E em tempos de crise, a velocidade a que o faz até tende a diminuir!
Divida é dinheiro e dinheiro é diviada. A lógica de funcionamento dos mercados a nivel global é a mesma que a desta pequena aldeia! è o que fz circular capital, divida, divida, divida, sem dividas não ha dinheiro a circular e os percursores deste sistema são os bancos, obvio que depois se alastra ao resto da sociedade, o problema é quando "alguem" deixa de pagar a divida, e depois é uma bola de neve, ha sempre alguem que vai ficar de fora do sistema é so uma questap de tempo...
ResponderEliminarPena é que actualmente "receber" o que devem não e o suficiente, tem que existir sempre um lucro para os senhores enviarem para um paraíso chamado suíça...
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